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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

52 semanas de alegria da imprensa marrom

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Em um ano muita coisa acontece. Pode parecer pouco, mas as 52 semanas que compõem um ano carregam o peso necessário para proporcionar acontecimentos e mudanças radicais. Sempre tento evitar falar sobre coisas pessoais aqui no blog, mas desta vez é necessário: há 52 semanas entrava ao ar, pela última vez, o "103 notícias", da rádio Mais FM. Este projeto capitaneado pelo jornalista Marco Aurélio Braga (com produção dos jornalistas Wellington Nardes e Schirlei Alves, e comentários deste que vos escreve) mudou a cara do radiojornalismo local e forçou mudanças na imprensa marrom.



Enquanto crescíamos nos índices de audiência, os "leitores-de-jornal-e-distribuidores-de-brindes" se assustaram e buscaram mudanças. Um deles até contratou jornalista para fazer reportagens e entradas ao vivo, mudando seu estilo de programa após 15 anos no ar. Um outro colocava no ar matérias de redes de notícias especializadas. Ou seja, era um projeto que combatia as entranhas marrons do radiojornalismo joinvilense. Na verdade, até o programa começar, tínhamos tudo em Joinville, menos um radiojornalismo de verdade.

Neste projeto, fazíamos parte de uma redação independente, que buscava a informação e produzia a notícia. Não nos utilizávamos dos colegas jornalistas das mídias impressas para ler as suas matérias sem dar a fonte, como muitos faziam e fazem até hoje. Após um ano do término, tudo voltou a como era antes. Nunca mais tivemos uma redação independente de radiojornalismo (a Joinville Cultural tentou, mas é uma rádio do governo...) e os integrantes da imprensa marrom voltaram a fazer o que sempre fizeram. Até chegaram a demitir os jornalistas que faziam a produção dos seus programas (claro, o "fator novo" havia deixado de existir).

Enquanto a classe empresarial e a publicidade local investirem milhões todos os anos nestes mesmos radialistas joinvilenses, os quais dizem fazer jornalismo, sempre ficaremos com um radiojornalismo chulo, fazendo de conta que temos uma CBN ou outra grande rede de notícias. É chato ter que ouvir os leitores de jornal sorteando brindes (e ainda tirando sarro dos ouvintes). Até quando?

Fico muito feliz de ter feito parte deste projeto. Aprendi muito e conheci pessoas fantásticas. Apesar de refletir rapidamente sobre a situação de nosso radiojornalismo, é também uma singela homenagem para meus ex-companheiros de trabalho, que devido ao profissionalismo e seriedade, se tornaram grandes amigos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Udo acertou onde Carlito mais errou: o primeiro nome confirmado no secretariado

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

As eleições chegaram ao fim, e após a vitória de Udo Dohler as atenções voltam-se para a composição de seu secretariado, bem como a eleição do próximo Presidente da Câmara de Vereadores. Ontem mesmo (7) tivemos a primeira novidade: o secretário de comunicação já está escolhido, e será o jornalista Marco Aurélio Braga. Udo acertou em cheio justamente no lugar em que Carlito Merss mais errou.

Carlito não deu atenção especial a esta secretaria, colocando como secretária uma pessoa que não é da área. Nada contra ela, mas poderia estar ocupando outras funções importantes dentro da gestão. Com isto, as estratégias de comunicação voltaram-se às coisas pequenas, sem darem importância aos grandes anseios da população (leia-se: "quando e como meus problemas serão resolvidos?"). Não nos esqueçamos que, sem uma boa relação com os jornalistas e ou "Gebailis" da vida, as críticas surgem com maior intensidade e sem as devidas respostas. A comunicação de Carlito Merss não fez a conexão necessária com as pessoas, as quais davam audiência a tudo o que vinha da imprensa, sem o contraponto. 

Os papeis foram invertidos: "institucionalizou-se" a informação ao invés da democratização desta. Um problema mais de modus operandi do que propriamente de conteúdo, afinal, a secretaria de comunicação tem ótimos funcionários de carreira. O "Carlito não faz nada" foi uma expressão tão popular quanto o "dá pra fazer", uma consequência deste afastamento do povo e que "manchou" a imagem do Prefeito. Somente outdoors ou informativos não resolvem como estratégia. E, para piorar, a candidatura de Carlito foi cassada por irregularidades na gestão da Secom, com investimentos acima da média em um ano eleitoral. Quando Carlito conseguiu fazer uma comunicação direta com as pessoas (na campanha, com preciosos minutos de TV) a sua rejeição caiu consideravelmente, porém era "tarde demais". Convenhamos que também houve uma ótima ação, principalmente na estruturação da rádio Joinville Cultural, mas isto aconteceu no período final da gestão, e desta maneira não conseguimos mensurar os impactos da referida política pública. 

Ao indicar Marco Aurélio para a sua gestão, Udo dá a devida importância para a pasta, colocando como secretário um profissional que há mais de 15 anos está no mercado joinvilense de comunicação, e é referência pelo profissionalismo. Claro que a Secom também tem funções políticas muito bem definidas, mas, ao indicar o nome de Marco Aurélio, a futura gestão dá sinais claros de reestruturação deste setor. Cabe ao novo Secretário olhar para o passado e não cometer os mesmos erros de seus antecessores, colocando a secretaria ao lado das pessoas e longe dos interesses difusos de alguns "formadores de opinião" ou do centralismo democrático tão presente na Av. Hermann Lepper nos últimos anos.