POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
sexta-feira, 17 de abril de 2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Impressões sobre Joinville
POR MÁRIO MANCINI

É a maior cidade do
Estado de Santa Catarina, com a maior economia, arborizada, florida (já foi mais) e, podemos até dizer, pacata para os padrões atuais. Está se tornado tão grande
que consegue abranger todos os conceitos já publicados, Nossaville,
Buracoville, Florville, que, por sinal, concordo com todos e acrescentaria Chuville,
Carroville, Multaville, etc.
Mas é a cidade que nos acolheu,
ou que escolhemos para viver, como toda cidade possui virtudes e defeitos, que
serão potencializados pela administração municipal.
No caso atual, os defeitos estão
saltando aos olhos, prefiro pensar que por incompetência, porque descaso seria
imperdoável. A última administração colocou a
cidade em um marasmo progressivo, inúmeras obras não saíram do papel, não foram concluídas
ou ficaram pela metade, a atual só aprimorou o processo, com certo requinte
autoritário, de certa forma, fictício.
Porém, nem tudo é ruim,
principalmente o que não depende do poder público. Nos últimos 20 anos, a cidade
mudou muito, para melhor; hoje conseguimos sair para almoçar após as 14h e
jantar após as 23h, ainda que sejam poucas opções, mas existem, acreditem, tem
que procurar.
Crescemos culturalmente, com o
maior festival de dança do mundo, entramos na rota dos shows, os ingressos nem
vem mais com Joinville/PR, como nos anos 80.
Ou seja, deixamos de ser a primeira chuva à esquerda, para quem vem de Curitiba.
Tudo isto para dizer que
Joinville é merece respeito, elogios, etc., mas também deve saber aceitar as
críticas construtivas, pois quando apontamos problemas não queremos apenas
polemizar, muitas vezes apresentamos soluções, ou algo próximo disso, que,
certamente, não será a ideal, mas serve, ou melhor, serviria para abrir o
debate construtivo, o que raramente acontece.
A administração atual parece
estar fechada em um casulo. Até aceita sugestões, porém de um clube muito
restrito. Sabemos que democracia demais atrapalha e saber dosar é essencial,
porém democratizar é necessário, em alguns casos, pode ajudar a evitar a tal “judicialização”,
um neologismo do atual alcaide. Ou não?
quarta-feira, 15 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
Por que matamos Jesus?
Depois de muito tempo pensando sobre e após uma conversa com um amigo, decidi refletir um pouco sobre algo que sempre me incomodou.
Criado desde a infância na Igreja Católica, não havia período mais tenebroso e angustiante para mim do que a Semana Santa. Não por causa do desfecho trágico da história, mas sim por não entender o motivo de tanto ódio contra uma só pessoa.
Durante toda a minha permanência na igreja sempre quis entender uma coisa: por que mataram Jesus?
Várias teses surgiam e desapareciam. Depois de algumas leituras e um pouco mais de vivência no mundo pude perceber o motivo para matarem uma pessoa que hoje é cultuada e vista como boa, mas que na época causou a ira de muitas pessoas.
Por que causou a ira?
Porque era um revolucionário, mudava a estrutura da sociedade da época, mexia no status quo. Confrontava a tudo e a todos que tinham interesses individuais e não coletivo. Tinha coragem, defendia os mais pobres, lutava por justiça e igualdade.
E isso lhe custou a vida, pois desde aquela época as pessoas não se conformavam em perder privilégios para que outras pessoas tivessem oportunidades e direito de sobreviver. Desde aquela época o que importava era o ter e não o ser.
Após toda essa análise, cheguei a conclusão de que o que matou Jesus Cristo foi a hipocrisia do povo.
A mesma hipocrisia que vemos e vivenciamos hoje e, na maioria das vezes, em “defesa” do Seu santo nome.
Lennon, morto. Zumbi, morto. Luther King, morto. Malcolm X, morto. Amarildo, morto...
Perceba, matamos milhares de Jesus a todo o momento. Todos os que tentaram, de alguma maneira, lutar por paz, igualdade e respeito, tiveram suas vidas ceifadas. Mesma luta que Jesus teve séculos atrás.
Jesus nada mais é do que um socialista. Basta ler a Bíblia para perceber. Mas após a sua morte, conseguiram colocar no imaginário popular que o tal socialismo é utopia, é coisa ruim.
Porém, todos os dias têm missa ou culto para você aprender a desapegar dos bens materiais, amar o próximo e lutar por paz, amor, justiça, igualdade e tudo de melhor para o universo.
Perceba como a hipocrisia nos cerca, a mesma que matou Jesus.
Fico imaginando como Jesus Cristo reagiria a tudo isso se estivesse vivo.
Se Jesus fosse vivo hoje, certamente, entraria no Templo de Salomão e tantas outras igrejas para expulsar os cambistas, como fez no Templo de Jerusalém.
Visitaria cada igreja e aconselharia os pastores pararem de berrar e lhes ensinaria a não fazer como os hipócritas que oram de pé e em voz alta para serem vistos pelos homens. E pediria para não tirarem mais dinheiro dos fiéis, aproveitando para lembrar a todos para dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Se fosse vivo, mandaria os membros do exército de Jesus abaixar “suas espadas”, igual fez com Pedro, advertindo e lembrando-os de que seu reino não é esse.
Se estivesse vivo, Jesus Cristo andaria com os homossexuais, com os negros, com as mulheres e ensinaria a todos a perdoarem os corruptos e a lutarem por justiça.
Mas Jesus não está vivo. E não venha com o seu fanatismo tentar me dizer que ele está, porque NÃO, ele não está. Ele está morto e fazemos questão de matá-lo diariamente.
Ajudamos a matá-lo quando negamos a existência de um problema, quando negamos ajuda, quando vamos contra a mudança para o melhor. Ajudamos a matar com o nosso silêncio diante as atrocidades, com a nossa justiça seletiva, com os nossos falsos profetas, com a vingança, com o ódio, a ganância, a ignorância, a violência e tantas outras maldades que estão presentes em nossa sociedade.
Ajudamos a matá-lo fazendo tudo aquilo que Ele nos orientou a nunca fazer.
Hoje em dia, igreja virou sinônimo de clube de futebol e seus seguidores, fiéis e discípulos, viraram apenas torcedores. E nesse mercado gospel e sacro disputam para ver quem é a melhor e a maior, propagando a intolerância e o ódio de gênero, classe, etnia. Enquanto os interesses de Jesus são descartados.
Acho que alguns socialistas e comunistas continuam lutando pelos mesmos ideias Dele, mesmo alguns não acreditando na Sua existência, mas são condenados e crucificados diariamente. Até mesmo o Papa Francisco assumiu isso.
Se hoje estivesse vivo, Jesus morreria levantando as bandeiras do MST. Ou o espancariam até a morte por andar com homossexuais e prostitutas, ou simplesmente por ser negro. E, certamente, não teria chance de ressuscitar, pois sumiriam com o seu corpo, assim como fizeram com Amarildo.
Jesus está tentando voltar, não fisicamente, mas um pouco em cada pessoa que luta pela igualdade e pelo amor ao próximo. Mas na verdade, aqueles que se dizem seus discípulos estão crucificando milhares Dele diariamente.
Não amamos Jesus, fingimos amar. Amar vai além de palavras. O amor se demonstra com atitudes e nós sabemos que não estamos agindo... Não da maneira correta.
Enfim, apenas uma reflexão para quem está cansado de tanta hipocrisia e de tantos falsos profetas.
Criado desde a infância na Igreja Católica, não havia período mais tenebroso e angustiante para mim do que a Semana Santa. Não por causa do desfecho trágico da história, mas sim por não entender o motivo de tanto ódio contra uma só pessoa.
Durante toda a minha permanência na igreja sempre quis entender uma coisa: por que mataram Jesus?
Várias teses surgiam e desapareciam. Depois de algumas leituras e um pouco mais de vivência no mundo pude perceber o motivo para matarem uma pessoa que hoje é cultuada e vista como boa, mas que na época causou a ira de muitas pessoas.
Por que causou a ira?
Porque era um revolucionário, mudava a estrutura da sociedade da época, mexia no status quo. Confrontava a tudo e a todos que tinham interesses individuais e não coletivo. Tinha coragem, defendia os mais pobres, lutava por justiça e igualdade.
E isso lhe custou a vida, pois desde aquela época as pessoas não se conformavam em perder privilégios para que outras pessoas tivessem oportunidades e direito de sobreviver. Desde aquela época o que importava era o ter e não o ser.
Após toda essa análise, cheguei a conclusão de que o que matou Jesus Cristo foi a hipocrisia do povo.
A mesma hipocrisia que vemos e vivenciamos hoje e, na maioria das vezes, em “defesa” do Seu santo nome.
Lennon, morto. Zumbi, morto. Luther King, morto. Malcolm X, morto. Amarildo, morto...
Perceba, matamos milhares de Jesus a todo o momento. Todos os que tentaram, de alguma maneira, lutar por paz, igualdade e respeito, tiveram suas vidas ceifadas. Mesma luta que Jesus teve séculos atrás.
Jesus nada mais é do que um socialista. Basta ler a Bíblia para perceber. Mas após a sua morte, conseguiram colocar no imaginário popular que o tal socialismo é utopia, é coisa ruim.
Porém, todos os dias têm missa ou culto para você aprender a desapegar dos bens materiais, amar o próximo e lutar por paz, amor, justiça, igualdade e tudo de melhor para o universo.
Perceba como a hipocrisia nos cerca, a mesma que matou Jesus.
Fico imaginando como Jesus Cristo reagiria a tudo isso se estivesse vivo.
Se Jesus fosse vivo hoje, certamente, entraria no Templo de Salomão e tantas outras igrejas para expulsar os cambistas, como fez no Templo de Jerusalém.
Visitaria cada igreja e aconselharia os pastores pararem de berrar e lhes ensinaria a não fazer como os hipócritas que oram de pé e em voz alta para serem vistos pelos homens. E pediria para não tirarem mais dinheiro dos fiéis, aproveitando para lembrar a todos para dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Se fosse vivo, mandaria os membros do exército de Jesus abaixar “suas espadas”, igual fez com Pedro, advertindo e lembrando-os de que seu reino não é esse.
Se estivesse vivo, Jesus Cristo andaria com os homossexuais, com os negros, com as mulheres e ensinaria a todos a perdoarem os corruptos e a lutarem por justiça.
Mas Jesus não está vivo. E não venha com o seu fanatismo tentar me dizer que ele está, porque NÃO, ele não está. Ele está morto e fazemos questão de matá-lo diariamente.
Ajudamos a matá-lo quando negamos a existência de um problema, quando negamos ajuda, quando vamos contra a mudança para o melhor. Ajudamos a matar com o nosso silêncio diante as atrocidades, com a nossa justiça seletiva, com os nossos falsos profetas, com a vingança, com o ódio, a ganância, a ignorância, a violência e tantas outras maldades que estão presentes em nossa sociedade.
Ajudamos a matá-lo fazendo tudo aquilo que Ele nos orientou a nunca fazer.
Hoje em dia, igreja virou sinônimo de clube de futebol e seus seguidores, fiéis e discípulos, viraram apenas torcedores. E nesse mercado gospel e sacro disputam para ver quem é a melhor e a maior, propagando a intolerância e o ódio de gênero, classe, etnia. Enquanto os interesses de Jesus são descartados.
Acho que alguns socialistas e comunistas continuam lutando pelos mesmos ideias Dele, mesmo alguns não acreditando na Sua existência, mas são condenados e crucificados diariamente. Até mesmo o Papa Francisco assumiu isso.
Se hoje estivesse vivo, Jesus morreria levantando as bandeiras do MST. Ou o espancariam até a morte por andar com homossexuais e prostitutas, ou simplesmente por ser negro. E, certamente, não teria chance de ressuscitar, pois sumiriam com o seu corpo, assim como fizeram com Amarildo.
Jesus está tentando voltar, não fisicamente, mas um pouco em cada pessoa que luta pela igualdade e pelo amor ao próximo. Mas na verdade, aqueles que se dizem seus discípulos estão crucificando milhares Dele diariamente.
Não amamos Jesus, fingimos amar. Amar vai além de palavras. O amor se demonstra com atitudes e nós sabemos que não estamos agindo... Não da maneira correta.
Enfim, apenas uma reflexão para quem está cansado de tanta hipocrisia e de tantos falsos profetas.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
O Plan MOB e os almoços grátis
POR JORDI CASTAN
Estranho o silêncio do IPPUJ sobre o Termo de Cooperação firmado entre uma
reconhecida empresa internacional no segmento de mobilidade urbana, a EMBARQ e
a Prefeitura de Joinville. Em março de 2014, a parceria entre a EMBARQ e a PMJ
foi comemorada com festa, discursos e foguetório. Mas o que está difícil de
entender é por que não se divulga o teor deste Termo de Cooperação tão generoso.
Será que em Joinville existe almoço grátis?
Uma entidade responsável por elaborar o Plano de Mobilidade Urbana em Nova York trouxe seu time de técnicos e especialistas para a terra dos sambaquis e trabalhou de graça durante um ano, colhendo dados, realizando análises e prognósticos, orientando a equipe técnica do IPPUJ. Participei da audiência pública sobre o Plano de Mobilidade e na mesa principal estava o representante da EMBARQ junto as autoridades. Quem leia o documento pode ficar com a impressão que o Plano de Mobilidade foi elaborado pela Embarq, com a assessoria do IPPUJ e não o contrário.
Nem a Lei de Acesso à Informação - aquela lei que obriga o agente público a ser integralmente transparente, sob pena de incidir em improbidade administrativa - tem servido para que munícipes obtivessem cópia do misterioso Termo de Cooperação da Embarq. A pesar do vereador Maycon Cesar ter feito dois pedidos de informações sobre o dito termo de cooperação, a informação ainda não chegou ao Legislativo. Claro que em se tratando do IPPUJ o cumprimento de prazos não é o forte.
Voltando à audiência pública. Foi informado - e deve estar registrado - que a Embarq não está cobrando pelo serviço. Depois, de forma rápida e pouca clara, foi acrescentado que seria remunerada com o resultado do seu trabalho. Não sei porque acho esta histária tão estranha. Trabalhar sem cobrar? No mundo da ficção os super heróis acho que não cobram nada por salvar a humanidade dos supervilões. No mundo real a única que de fato tem se dedicado a fazê-lo tem sido a Madre Teresa de Calcutá.
Nenhuma das duas imagens se quadra muito com a da Embarq, uma ONG brasileira com sede em Washington e que pode estar de olho em parte dos R$ 500 milhões que estarão disponíveis para mobilidade, verba carimbada do Ministério das Cidades, o do Ministro Kassab, que esteve por aqui nestes dias. E se fosse verdade esta hipótese, não seria essa una forma de ludibriar a lei das licitações? Porque será que este termo de cooperação técnica não aparece?
Uma entidade responsável por elaborar o Plano de Mobilidade Urbana em Nova York trouxe seu time de técnicos e especialistas para a terra dos sambaquis e trabalhou de graça durante um ano, colhendo dados, realizando análises e prognósticos, orientando a equipe técnica do IPPUJ. Participei da audiência pública sobre o Plano de Mobilidade e na mesa principal estava o representante da EMBARQ junto as autoridades. Quem leia o documento pode ficar com a impressão que o Plano de Mobilidade foi elaborado pela Embarq, com a assessoria do IPPUJ e não o contrário.
Nem a Lei de Acesso à Informação - aquela lei que obriga o agente público a ser integralmente transparente, sob pena de incidir em improbidade administrativa - tem servido para que munícipes obtivessem cópia do misterioso Termo de Cooperação da Embarq. A pesar do vereador Maycon Cesar ter feito dois pedidos de informações sobre o dito termo de cooperação, a informação ainda não chegou ao Legislativo. Claro que em se tratando do IPPUJ o cumprimento de prazos não é o forte.
Voltando à audiência pública. Foi informado - e deve estar registrado - que a Embarq não está cobrando pelo serviço. Depois, de forma rápida e pouca clara, foi acrescentado que seria remunerada com o resultado do seu trabalho. Não sei porque acho esta histária tão estranha. Trabalhar sem cobrar? No mundo da ficção os super heróis acho que não cobram nada por salvar a humanidade dos supervilões. No mundo real a única que de fato tem se dedicado a fazê-lo tem sido a Madre Teresa de Calcutá.
Nenhuma das duas imagens se quadra muito com a da Embarq, uma ONG brasileira com sede em Washington e que pode estar de olho em parte dos R$ 500 milhões que estarão disponíveis para mobilidade, verba carimbada do Ministério das Cidades, o do Ministro Kassab, que esteve por aqui nestes dias. E se fosse verdade esta hipótese, não seria essa una forma de ludibriar a lei das licitações? Porque será que este termo de cooperação técnica não aparece?
Porque o prefeito aprovou por Decreto o Plano de Mobilidade
Urbana e não o enviou para o Legislativo, através de um projeto de lei, como
fizeram inúmeros municípios brasileiros (Belo Horizonte, em MG, é um bom exemplo).
O prefeito de “mãos limpas” tem o dever de abrir esta Caixa-Preta e mostrar o
que diz o Termo de Cooperação firmado com a Embarq. Seria interessante ver se
em Joinville tem “almoço grátis” e se não tiver, qual é o problema em mostrar? Ao
fim das contas documento público tem que ser público.
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