quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A "justiça" desportiva!

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje o que mais se comenta no Campeonato Brasileiro de Futebol nada tem a ver com o jogo em si, mas sim com ocorrências extracampo.

A maior tônica tem sido a arbitragem, que ganhou proporções maiores no lance ocorrido no jogo Internacional 2 x 1 Palmeiras.

O gol de empate do Palmeiras, feito pelo atacante Barcos, foi anulado pelo árbitro principal. No entanto, ficando com a informação do toque de mão do atleta chegou a arbitragem.

Diante de supostas irregularidades perqueridas pelo Palmeiras, por meio de impugnação junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o resultado do jogo está suspenso até julgamento da denúncia.

A "justiça" desportiva está sendo torpedeada por esse ato, que não passa da mera aplicação da lei, ante a impugnação ofertada pelo Palmeiras.

O que vem sendo discutido, e com muita propriedade, é até onde o extracampo. Nesse caso o STJD pode influenciar no resultado de uma partida de futebol? Não estaria se distorcendo o real sentido deste esporte? Permitir que resultados sejam alterados no "tapetão" não prejudicaria a lisura do espetáculo?

A questão é que a "justiça" desportiva não é uma justiceira, mas fiscalizadora do que ocorre em campo para que se faça cumprir a legislação vigente.

O que vale destacar não é a atuação dos tribunais de Justiça Desportiva, que estão aplicando a lei positivada, mas sim o que aqueles que participam ativamente do espetáculo e, no caso em tela, os árbitros estarem mais atentos ao seu ofício e o fazê-lo da melhor maneira e com a maior discrição possível.

A frase "árbitro bom é aquele que não é notado" é uma grande verdade, haja vista que toda vez que a arbitragem quer aparecer mais que o próprio jogo, a coisa desanda. E aí, inevitavelmente, a "justiça" desportiva tem obrigação de atuar para, sim, garantir a lisura do jogo.

De outra ponta, sou da premissa que a justiça desportiva deva atuar tão somente nos casos de acintosos e agir de maneira silenciosa, sendo noticiado o fato apenas quando já estiver julgado e sacramentado para não prejudicar nem o campeonato em curso e, tampouco, o trabalho dos aplicadores da lei.

Há de se ter muito cuidado, pois as figurinhas extras estão querendo aparecer mais do que os jogadores, que fazem o espetáculo. Capice?????

NO CHUVEIRINHO - Dá-lhe JEC, deu a virada no Guará e, depois da vitória acachapante em pleno Heriberto Hulse, garantiu mais uma, agora dentro de casa.

Parabéns Tricolor, mostrando que, mesmo com chances pequenas, se fortaleceu e continua a sua luta.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Um bebê ninja

POR ET BARTHES
Crianças e bichos sempre dão bons filmes virais. E se juntarmos um pouco de artes marciais, melhor ainda. É um vídeo com mais de 7 milhões de visualizações no Youtube.


As profecias da “Mãe Dinah do Cachoeira”

POR JORDI CASTAN

Passada a emoção da eleição, fica o rescaldo. Há vencedores e há vencidos. No meio de tantas expectativas, pesquisas, vaticínios e comentários devemos destacar a feita na coluna semanal do prestigioso e prestigiado radialista e formador de opinião Beto Gebaili, na edição do dia 26 de outubro do Jornal da Cidade, que reproduzimos no final do texto e está disponível na internet no link Jornal da Cidade.

Uma surpresa para mim - e imagino que para a maioria dos leitores -  foi a sua capacidade para a adivinhação. As suas profecias exigem uma equiparação aos gênios da quiromancia, da astrologia e, me atrevo a dizer, a alguns dos nossos maiores economistas.  Beto Gebaili profetizou, dois dias antes o resultado das eleições municipais de Joinville, que o grande derrotado seria o candidato Udo Dohler. Não andou com meias palavras (aliás, nunca foi homem de meias palavras). Me permito colocar entre aspas algumas das frases pinçadas do seu texto, inclusive com o objetivo de poupar os leitores do Chuva Ácida de terem que enfrentar a leitura do texto original na sua totalidade.

- “Chega a ser um acinte a inteligência dos joinvilenses querer achar que com a renuncia do próprio salário, conseguirão mudar alguma coisa no resultado da eleição que acontecerá neste domingo 28 de outubro, revertendo o quadro, hoje, totalmente favorável ao candidato Kennedy Nunes (PSD)”

- “Foi o ato de menor inteligência estratégica- eleitoral que já tive oportunidade de ver na minha vida como radialista e formador de opinião.”

- “Cleonir Branco... não conseguia disfarçar o nervosismo e a tensão após um anuncio com grande teor de falta de massa cerebral, dado por quem, justamente é tido como grande líder empresarial!!!”

- “Os assessores do candidato do PMDB (Udo Dohler)...totalmente despreparados em como conseguirem resolver os problemas de rejeição aqui na região...em um ato de completa, temida e eminente derrota nas urnas...”

Aproveito o espaço e o momento para pedir adicional de insalubridade, porque ter que ler determinados textos, por dever de ofício e em prol dos nossos leitores, representa um risco elevado a saúde física e mental deste blogueiro.

Surpreendentemente, a profecia da nossa Mãe Dinah acabou não se cumprindo e o candidato Udo Dohler foi eleito por 55% dos votos válidos, contra todas as previsões. Independente do resultado das urnas contradizer os vaticínios deste "Oráculo do Cachoeira", acho sim que esta capacidade de adivinhação que o Beto Gebaili tem desenvolvido deve ser melhor aproveitada. Quem sabe na próxima semana, na sua coluna no Jornal da Cidade, ele informe os números da Megassena e faça novos milionários em Joinville.

Ou, quem sabe, na condição de adivinhador geral do paço municipal, consegue aumentar significativamente o orçamento municipal. É só fazer com que, a cada semana, o secretário da Fazenda coloque as suas economias na aposta ganhadora no jogo do bicho, na Loto, na Trimania, na Quina, em qualquer um dos jogos de azar a que o brasileiro é tão aficionado. Não faltará dinheiro em caixa para o novo prefeito para tocar obras, reformar prédios públicos e enfrentar os grandes desafios que Joinville tem.

Beto Gebaili uma vez mais, revela um potencial maior que aquele que aparenta. E mostra um desprendimento digno de elogio ao compartir com todos: os seus dotes de adivinhador. Deverá agora estar preparado para ser constantemente confrontado na rua e nos requintados ambientes que frequenta para que informe as dezenas sorteadas, quem ganhará a Sulamericana ou a final da UEFA Champions League, a próxima maratona e qualquer outro evento passível de receber apostas. Deverá com sacrifício conviver com este dom.

Em tempo: Nada me causa mais dor que ver talento desaproveitado. Quando alguém tem capacidade para mais e não consegue aproveitar todo o seu potencial, acho que a sociedade toda está perdendo. Se vemos a sociedade como a soma dos seus indivíduos, quanto melhor sejamos todos, melhor seremos como coletivo. Neste espaço já me manifestei oportunamente no post "Gebaili é o cara", quando defendi que o radialista Beto Gebaili tinha potencial para muito mais que para ser vereador de Joinville: clarividência, sabedoria e principalmente uma verborrágica oratória que o fazem merecedor de enfrentar desafios maiores. E não podemos nos conformar com menos que vê-lo na Assembleia Legislativa, talvez  na Câmara dos Deputados ou, quem sabe, inclusive promovido a ministro de estado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Santo Padim!


Lamber botas é profissão?


JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um dia destes tive uma troca de impressões interessante com um leitor. O argumento era de que eu estava a cometer uma injustiça ao usar a expressão “teta pública”. Porque fica a parecer que todas as pessoas no serviço público só querem ficar à sombra da bananeira. E reiterou: tem muita gente que, apesar de ocupar cargos por indicação política, é competente e trabalha duro.

Ok... para que não restem dúvidas, vou esclarecer o meu ponto de vista. Quando falo em gente que mama na teta pública é uma referência a pessoas que, por indicação política, ocupam cargos para os quais não estão minimamente qualificadas. Ora, se uma pessoa tem as qualificações necessárias, nada a dizer.

Não vou citar nomes, mas o pessoal mais atento provavelmente conhece alguém que ao longo dos tempos tem conseguido viver desse expediente. Entra governo, sai governo e os caras sempre conseguem uma boquinha, mesmo que em cargos menos importantes. E sem qualificação suficiente para a iniciativa privada, acabam virando dependentes de empregos públicos.

Nestas últimas eleições deu para acompanhar alguns casos. Mas em especial o de um tipo que quase sempre conseguiu se manter enquistado na administração pública. Aliás, para que tenham a noção da qualidade profissional do sujeito, é suficiente dizer que é como ter um cego a arbitrar um jogo de futebol.

Eis a história. Ainda só havia pré-candidatos e o cara manifestava publicamente o apoio a um nome. Mas aí a candidatura não evoluiu e, ao mesmo tempo, Marco Tebaldi surgiu como candidato. Foi o que bastou para o tipo declarar o seu apoio incondicional ao deputado que, claro, liderava as pesquisas.

Mas a casa caiu para Tebaldi logo no primeiro turno. O sujeito nem pestanejou. No dia seguinte, para ele Kennedy Nunes, que também aparecia a liderar as pesquisas, era o melhor candidato do mundo. Com a vitória tida como certa, lembro de ter visto o cara bater forte e feio em Udo Dohler, usando uma adjetivação nada simpática.

Diz o ditado que quando neguinho está de azar, urubu de baixo caga no urubu de cima. E não deu outra: a inesperada virada de Udo Dohler deixou o sujeito numa saia justíssima. O que ele fez, então? O de sempre. Passados poucos dias, já tenho visto, aqui e acolá, o tipo a insinuar que, afinal, Udo Dohler não é assim tão mal. Sentiram?

É esse o meu ponto de vista. Há uns sujeitos que sempre conseguem manter um lugarzinho, mesmo que para isso tenham que se humilhar e lamber botas. E não duvido que neste exato momento o tal sujeito já esteja a telefonar para pessoas conhecidas ou a enviar e-mails a pedir emprego. É essa a minha posição:  a administração pública precisa se livrar desses sujeitos.

Há pessoas que não têm espinha dorsal. Porque fica mais fácil se dobrar para lamber botas.