POR JORDI CASTAN
Num rompante de
lucidez e de bom senso, o eleitor escolheu votar com a cabeça. Sem se deixar
levar pelos cantos das sereias, pela fantasia e pelo discurso fácil. Depois de
10 anos de péssimas administrações e de ver Joinville diminuída e quase
convertida numa caricatura da cidade que foi - e deve ser -, o eleitor deu um sonoro
“basta”.
A maioria do
eleitorado sinalizou que é a hora de arregaçar as mangas e trabalhar por
Joinville. As últimas experiências não tem dado bons resultados e o velho
bom senso recomenda não continuar apostando em propostas arriscadas,
especialmente estas que tem se mostrado tão desastradas. A resposta do
eleitorado segue a lógica do pêndulo. Ir passando de um extremo ao outro, na
esperança que o equilíbrio se encontre localizado em algum ponto indefinido. O resultado desta sucessão de decisões faz que o eleitor se
encontre sempre numa voragem.
Na eleição passada, talvez o voto que elegeu Carlito fosse muito mais um voto contra a continuidade do
modelo de gestão tebaldiana. O eleitor escolheu entre uma gestão competente, ao seu modo,
mas que cheirava a peixe podre, e outra que se apresentava casta e virginal mas
sem nenhuma experiência. Deu no que deu. Agora a opção foi escolher alguém que
entenda de administração, mesmo que o preço a pagar seja uma boa dose de
autoritarismo e de inexperiência política.
Joinville escolheu de
novo trilhar um caminho desconhecido, mas desta vez o eleitor escolheu a opção
mais conservadora, alguém com mais experiência administrativa, mais maduro, que
não tem idade para fazer do seu cargo um trampolim para novas aventuras. A favor desta
escolha o fato que o Udo Dohler tem muito mais a perder que a ganhar. Sempre
é perigoso quando entra em cena alguém que não tem nada a perder, pode ser
capaz dos maiores desatinos.
Vamos tomar assento, a viagem que temos pela frente nos próximos quatro anos não deverá ser vertiginosa. Deverá ter poucos solavancos e no máximo permitirá corrigir alguns os erros do passado. É bom não esperar muito, um parque aqui, um asfalto lá, pagar as contas, melhorar a saúde e pouco mais, porque quem muito espera se desespera. Se esta nova gestão conseguir colocar de volta a máquina nos trilhos, acho que já poderíamos nos dar por satisfeitos. Seria até um grande avanço.
Sejamos realistas, o candidato que prometia milagres não se elegeu.
Vamos tomar assento, a viagem que temos pela frente nos próximos quatro anos não deverá ser vertiginosa. Deverá ter poucos solavancos e no máximo permitirá corrigir alguns os erros do passado. É bom não esperar muito, um parque aqui, um asfalto lá, pagar as contas, melhorar a saúde e pouco mais, porque quem muito espera se desespera. Se esta nova gestão conseguir colocar de volta a máquina nos trilhos, acho que já poderíamos nos dar por satisfeitos. Seria até um grande avanço.
Sejamos realistas, o candidato que prometia milagres não se elegeu.