quarta-feira, 23 de maio de 2012
Propaganda antecipada?
Leitor do Chuva Ácida pede para mostrar e insiste que é propaganda eleitoral antecipada. Será? O prefeito é citado, mas não há indícios de que seja o autor da mensagem. De qualquer forma, ser for uma peça publicitária é mal feita. Usa um tipo de letra infantil, que passa a ideia de fragilidade e de improviso. Se for propaganda, melhor repensar.
Eu, cidadã, confio

Em época de eleições todo o cuidado
é pouco. O assédio vem de todos os lados. Como conseguir confiar em um
candidato depois de tanta frustração política acumulada? Como qualificar o
voto? Eis algumas atitudes que me inspiram confiança:
Confio naqueles que desde a tenra
idade são sensíveis às causas sociais. Que atuaram na escola como
representantes de classe, participaram do Diretório Acadêmico, ou com causas do
seu bairro. Confio nas lideranças naturais. Bem mais do que nas fabricadas.
Confio nos que têm vocação para a
política. Nos que têm dedicação apaixonada pela causa. E nos que têm senso de
responsabilidade e proporção.
Confio nos que tomam partido. Nos que
ao serem indagados sobre temas cabeludos, como aborto, pena de morte e eutanásia
assumem a sua opinião. Mesmo que a opinião seja contrária à minha. Confio
naqueles que não escorregam como sabão. Confio nos candidatos que não procuram
agradar a todos, mantém-se firme em suas convicções, mesmo que isso signifique
perder alguns votos.
Confio naquele que não faz crítica
vazia. Naquele que propõe ideias para resolver a situação, e confio mais ainda
naqueles que fazem acontecer.
Confio em quem não fica só a tecer
elogios.
Confio em quem não é onipresente. Confio
naquele que considera mais importante ficar com a família do que participar de várias
feijoadas em um mesmo final de semana, ou marcar presença em cultos religiosos
diversos, e confio mais ainda naquele que, como eu, acredita que ter trânsito
livre de festas a enterros não é a melhor forma de fazer política.
Confio em quem faz, infinitamente
mais, do que em quem fala que vai fazer se for eleito.
Confio no marketing pessoal obtido
com realizações e não com o dinheiro.
Confio em quem pensa que se fazer algo
pelos idosos é mais do que dançar com eles em bailes de terceira idade.
Confio no político de uma palavra só.
Não naquele que tem uma palavra no atacado e outra no varejo. Creio ser a
votação secreta a madrinha da corrupção. Confio nos que não defendem os
interesses públicos com palavras, e os próprios, com o voto.
Confio nos humildes, e que não
costumam se autoproclamar virtuosos.
Nunca voto em alguém que está no
poder por mais de dois mandatos. Pois acredito que as raízes criadas pelo poder
são as mais difíceis de extirpar.
Pesquiso o comportamento pregresso e
valores do candidato.
Confio no candidato que não financia a mídia.
Lembro, que a legislação, tão somente, permite a propaganda eleitoral a partir do dia 06 de julho do ano da eleição. Entrevistas de rádio ou televisão são permitidas pela lei, mesmo as anteriores à esta data. Nessas entrevistas, os candidatos podem falar de propostas, desde que não peçam votos.
Reflito apenas, se, quando ocorre superexposição, esta é por conta da significância das ações do candidato, ou, por causa do seu poder econômico.
Lembro, que a legislação, tão somente, permite a propaganda eleitoral a partir do dia 06 de julho do ano da eleição. Entrevistas de rádio ou televisão são permitidas pela lei, mesmo as anteriores à esta data. Nessas entrevistas, os candidatos podem falar de propostas, desde que não peçam votos.
Ainda, lembro que a lei não
permite propaganda eleitoral em outdoor. Contudo, felicitações ao
dia das mães, pais, ou ao dia do trabalhador são permitidas. Pois são consideradas apenas marketing
pessoal. Confio, como você poderia imaginar, no candidato que não se utiliza desse meio.
É caro (e)leitor. O candidato que possui
essas qualidades conseguiria facilmente me conquistar. É bem provável que o meu
voto vá para alguém assim. Só desconfio de uma coisinha... desconfio que terei
dificuldades para encontrar candidato na próxima eleição. Eu devo ser mesmo
muito exigente.
terça-feira, 22 de maio de 2012
O palco preferido das bizarrices eleitoreiras
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
As luminárias podem iluminar blá-blá-blá, ou dar segurança para a turma da bolha caminhar e dizer que é da geração saúde, mas o grande fato consiste em que a gestão Carlito utiliza-se de artimanhas que os seus antecessores também usaram: criar obras pontuais no Cento com eficiências duvidosas, e as utilizando ideologicamente como essenciais para toda a cidade. E como o Centro é a região da cidade com maior visibilidade da mídia e da população em geral, torna-se o palco preferido das bizarrices ou das conspicuidades.
Wittich Freitag alterou o perfil dos passeios do Centro em uma de suas gestões, e na outra inaugurou a nova Prefeitura; Luiz Gomes (aquele que prometeu limpar o Cachoeira) criou um teatro que quase morreu na casca se não fosse LHS se apoderar dele e transformar na maior ilusão eleitoreira já feita por um prefeito na história dessa cidade (se você ainda não matou a charada, digo que é o Centreventos, aglutinação que assassinou a língua portuguesa e ilude muitos ingênuos, os quais pensam que a cidade é ótima por causa daquilo). Pedro Ivo rasgou o centro para abrir a JK, e Brustlein criou a “companhia de embellezamento” para valorizar as suas terras próximas ao rio Cachoeira. Não foi o suficiente para igualar Carlito aos outros? E a Rua das Palmeiras, aberta para acalmar uma população sofrida e que acreditou na possibilidade de ser comune a uma realeza? E a cobertura de cinza que Tebaldi promoveu nas praças da região central, derrubando árvores, abrindo a Rua do Príncipe e matando a vida do comércio ambulante? E o Flotflux? Agora deu?
O discurso sempre foi o mesmo, pois todos tentaram passar a ideia de que investir no centro era investir na cidade. Ao valorizar o centro, estaria valorizando a cidade. A periferia (termo que teve seu uso proibido durante anos aqui em Joinville) sofre com escolas fechadas, RUAS MAL ILUMINADAS, insegurança, transporte coletivo precário, etc. Tudo jogo. Tudo história pra joinvilense dormir. E o mais delicioso: os críticos de ora, sempre serão os pais das bizarrices de outrora. Por fim, os técnicos que legitimam tudo isso são os de sempre! O ciclo é cíclico, e vice-versa.
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