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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Os "udoboys" e a Cota 40. De novo...

POR JORDI CASTAN
Acabar com a cota 40 tem se convertido na obsessiva tarefa diária do Executivo municipal. Para atender interesses especulativos e “promover o progresso”, o prefeito municipal encarregou a missão de destruir o mais importante pulmão de Joinville. E para isso um grupo de técnicos tem se dedicado diuturnamente a achar formas de acabar com a Cota 40.

Desconsideram que, para acabar com a Cota 40, é preciso desrespeitar a LOM (Lei Orgânica Municipal), a nossa constituição municipal. Uma lei que considera, de forma explícita, as regras e os pilares do convívio entre os joinvilenses. Ou seja, considera sabiamente que os morros, morrotes e todas as áreas localizadas acima de Cota 40 devem ser preservadas. O prefeito deve ter esquecido que, quando tomou posse, prometeu cumprir a lei que agora insiste teimosamente em ignorar e desvirtuar.

A “genial” proposta que o Executivo encaminhou ao Legislativo é a de permitir a mineração das Áreas acima da cota 40. Assim, todos os morros com cota superior poderão ser explorados para mineração e sua cota rebaixada com a retirada do material mineral, seja ele barro, saibro ou rocha. Ora, depois de não haver mais a cota 40, o imóvel poderá ser ocupado normalmente.

Já escrevi neste espaço que temas complexos não são o forte do prefeito. Há nele uma predisposição a simplificar as coisas de modo que possa compreendê-las. Gente simples não compreende ideias ou propostas complexas. O prefeito acha assim que consegue resolver com soluções simplórias temas que exigem analise, estudos técnicos e conhecimento que ele e sua equipe ou abominam ou não tem competência para compreender.

Por isso, o prefeito trata Joinville como um gigantesco tabuleiro de banco imobiliário em que ruas e bairros mudam de valor de acordo com o seu interesse ou o dos seus amigos e apaniguados. Para o grupo denominado de “udoboys” Joinville é um jogo de Sin City à escala gigante. E a cota 40 é na sua cabeça um empecilho para o “progresso” desta pujante cidade.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Vereador não é profissão. E dinheiro não nasce em árvores...


POR JORDI CASTAN

Novamente os vereadores fazem a farra com o nosso dinheiro. Comportam-se como um bando de adolescentes irresponsáveis que festam com o dinheiro dos pais. Já não há paciência para essa total falta de respeito com o dinheiro público. Essa história do aluguel dos carros da Câmara, por exemplo, já cansou. Ainda bem que há cada vez mais vereadores que renunciam a esta mordomia. É um alento que cinco vereadores não utilizem o carro alugado. Cinco são poucos, muito poucos, mas mostram que ainda resta um mínimo de vergonha entre os legisladores.

Pior é ver esse bando que tem feito da política a sua profissão, que vivem exclusivamente da sua atividade politica. Gente que não ganharia nunca, no mercado de trabalho, o que ganha como vereador. Sem contar todas as outras benesses e vantagens de que usufrui por conta do seu cargo. Há os que ainda acham pouco e cobram caixinha dos seus assessores, para aumentar ainda mais os seus ganhos. A situação há tempo que escapou do controle e, se não fosse por um recente TAC (Termo de Ajuste de Conduta), entre o nosso legislativo e o MPSC, o quadro atual seria ainda mais dramático.

A Câmara de Vereadores recebe uma parcela excessiva do orçamento municipal. E como sobra dinheiro, acaba sendo esbanjado com despesas desnecessárias, excessivas ou injustificáveis. E com a justificativa que há orçamento seguem gastando como se o dinheiro nascesse em árvores. A peroba resiste a tudo e a cada ano, amparados pelo discurso de boa gestão (essa é uma palavra que ultimamente me produz alergia, cada vez que a escuto) da economicidade, da moderação e lisura no trato da coisa pública, devolvem alguns milhões que não conseguiram gastar, apesar de todos os esforços feitos para tal fim. 

Não nos enganemos. O dinheiro que a Câmara devolve não é dinheiro economizado. É dinheiro que não conseguiram gastar. Nem com todas as viagens, diárias, reformas, obras e mais criativas invencionices, os vereadores conseguem gastar a fortuna nababesca a que o Legislativo tem direito, de acordo com a LOM (Leio Orgânica do Município). E todos os anos o presidente da Câmara se dirige aos joinvilenses, posando de bom administrador e a devolver uma parcela de dinheiro que não conseguiu gastar.

Está na hora de tirar a cangalha e começar uma mobilização contra todos esses abusos. Nas redes sociais, um grupo de cidadãos se propõe a promover os hashtag:



#semcarroalugado
#vereadorandadeonibus






Ainda não escolheu seu candidato? Aqui vão algumas dicas:
  • Usa carro alugado? Eu não voto. Vai de ônibus.
  • Mais de dois mandatos? Eu não voto. Quero renovação.
  • Tem plano de saúde pago com o meu dinheiro? Eu não voto. Que use o SUS.
  • Viaja para cursos de atualização a cidades turísticas? Tampouco ganha o meu voto.
  • Pula de galho em galho? Motivo a mais para não votar. Ficou fácil
Está mais que na hora de renovar essa Câmara. Vereador não é profissão. E seria interessante ver quantos ganhariam esse salário no mercado de trabalho.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Turismo na Alemanha sem pagar a conta.

POR JORDI CASTAN

Se você é dos que acredita que o dinheiro público de Joinville está sendo bem administrado e que "nenhum centavo será desperdiçado", seria bom pensar duas vezes ou se inteirar melhor de como está sendo gasto o orçamento da cidade.

Entre 29 de agosto e 4 de setembro, o prefeito Udo Dohler e os secretários municipais de Comunicação e Desenvolvimento Econômico do município realizaram viagem à Alemanha, em missão oficial. Afortunadamente para os contribuintes, entre os que o leitor com certeza se encontra, a Lei Orgânica do Município, no seu artigo 63 inciso I, estabelece a obrigatoriedade de apresentar um relato da viagem que a comitiva oficial do município realizou.  O relatório está disponível neste link:

 Relato da Viagem da Comitiva Oficial do Município.

Recomendo a leitura do relato. Não tomará mais de quatro ou cinco minutos do seu tempo e permitirá que tenha conhecimento de como pode ser interessante fazer turismo na Alemanha custeado com recursos públicos. O relato contém oito páginas. Dez, se consideradas a capa e a última página com as assinaturas dos participantes na viagem. Tem 12 fotos e 30 linhas a meia coluna, que se estivessem escritas normalmente não representariam mais de 15 linhas de texto. Linhas que dizem muito pouco ou quase nada do que foi alcançado na viagem. Ou provavelmente mostram a verdade nua e crua.

Se depois de ler o relato ficou com a impressão que tem pouco conteúdo, que  não há objetivos e os possíveis resultados são imprecisos, bem-vindo ao grupo dos que acham que o relato só reforça a impressão que foi uma viagem turística. Fazer-se acompanhar por dois secretários municipais é uma prática comum e evidencia que os nossos prefeitos não gostam de viajar sozinhos. O prefeito Carlito Merss, quando viajou a Europa, com Paris e Barcelona na agenda, tampouco viajou sozinho. O resultado daquela viagem, com desta, foi pífio. Nada de concreto, fora algumas fotos frente a pontos turísticos das cidades visitadas.

Em tempo, o relato anexo a este post foi encaminhado ao Legislativo Municipal, que tem a obrigação constitucional de fiscalizar os atos do Executivo. Tem sorte o prefeito Udo Döhler, porque não há oposição no Legislativo. Se houvesse, com certeza um relato como esse mereceria comentários e duras críticas dos vereadores de oposição. Mas os nossos vereadores são especialistas em olhar para o outro lado quando se trata de fiscalizar o executivo.