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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

CPI da Saúde: vereadores debocham da população















POR SALVADOR NETO

Um verdadeiro deboche, uma piada de mau gosto, e ainda por cima com muito dinheiro público – meu e seu – investido.

Esse é o verdadeiro resultado da tal Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde em Joinville (SC), que “trabalhou” (!?) durante seis (??!) meses para… defender o governo Udo Döhler (PMDB).

Muitas recomendações, extensa exposição de dados e praticamente nenhuma crítica mais incisiva à administração municipal. Essa é a tônica das matérias que saíram em todos os jornais da cidade e estado. Porque considero isso é um deboche? Já explico.


Porque a saúde na maior cidade de SC está ainda pior que há quatro anos. Porque Udo Döhler prometeu resolver o problema da saúde, que era fácil, porque "não falta dinheiro, falta gestão". E, está claríssimo como as águas límpidas do rio Cubatão, que foi só promessa.

Porque faltam remédios de uso contínuo e outros altamente necessários ao combate de doenças nas UPAs frequentemente.


Porque já cortaram até a entrega de fraldas geriátricas para idosos que necessitam uso em grande quantidade. Porque faltam materiais de higiene no Hospital São José e UPAs.


Porque o prefeito Udo quis cortar, sim, cortar a presença de médicos residentes no querido Zequinha, preocupado em tudo, menos em dar mais qualidade no atendimento à saúde dos joinvilenses.

Porque ele também já quis cortar a insalubridade dos servidores do mesmo Zequinha, sim, os heróicos servidores que atendem nossos doentes, com ou sem mazelas que se perpetuam por lá.


Porque não se resolve a falta de leitos no Zequinha. Porque há problemas sanitários em várias UPAs com infestações das mais diversas já documentadas e divulgadas por servidores.


Porque há filas em várias especialidades, e nada se resolve. Porque o Prefeito diz que gasta quase 40% do orçamento municipal em saúde, e ninguém quer, pede, promove ou age no sentido de uma auditoria séria para saber se isso é ou não verdade!


Porque não uma auditoria, verdadeiramente independente - não de amigos do alcaide, por favor - para se verificar onde está o ralo por onde escoam nossos recursos? Ou para saber se não há desvios, erros, etc, etc. Auditoria gente, urgente!


Porque somente neste governo já passaram pela secretaria da Saúde três nomes, três secretários, a última retirada a dedo da Procuradoria do município, com laços de parentesco com a promotora que pediu o afastamento do Prefeito, e que está ali apenas para ocupar a cadeira. Porque a saúde não é prioridade do governo, tampouco dos vereadores.


E porque, leitores e leitoras, o Ministério Público tem um trabalho imenso de cobranças ao executivo municipal, inclusive com ações propostas até de afastamento do Prefeito diante do caos – lembram da promotora Simone Schultz?


Pois é, a tiraram da promotoria… – e exatamente por isso, os vereadores não precisariam gastar tanto o nosso dinheirinho suado para fazer de conta que estão preocupados com a saúde! Já havia um longo e árduo trabalho do MP, pronto!


Por tudo isso, e muito mais que deixo aos leitores e leitoras completarem a lista, já que sofrem na pele a falta de uma saúde pública digna, é que produzir um relatório deste nível é sim um gigantesco deboche com o povão da cidade que produz dioturnamente os lucros que engordam poucos bolsos na província.


Anotem os nomes dos membros da tal CPI que produziram esse documento deboche, um calhamaço de papel que não serve para nada: João Carlos Gonçalves (PMDB), presidente; Jaime Evaristo (PSC), relator – estes criaram o “belo” relatório final.


Os vereadores Maycon Cesar (PSDB) e Manoel Bento (PT), pediram vistas (ver novamente e propor mudanças) ao relatório, que foi negado por João Carlos e Jaime Evaristo. Roberto Bisoni (PSDB) não compareceu na apresentação do relatório (novidade?), mas é governista.


O tal relatório da CPI da Saúde é um deboche sim, porque a total falta de independência do poder legislativo faz muito mal para a população! 


Nada se investiga, nada se cobra, e pouco se fiscaliza. Seria o medo da Acij, da falta de financiamento das campanhas? Vereador têm sim de fazer valer a força do seu mandato, dos votos concedidos a ele. Entra pelas mãos do povo, e vota de acordo com interesses nada populares?


Por isso que sempre batemos na tecla: o povo deve acompanhar e fiscalizar os seus eleitos, todos os anos, todos os dias, ver como votam, a quem defendem. Senão, em outubro próximo, serão novamente enganados nas eleições.


Esta é mais uma vergonha da atual legislatura da Câmara de Vereadores de Joinville. Um deboche que dói na saúde de cada trabalhador e trabalhadora. 


Um deboche que merece o repúdio da população, a fiscalização, a cobrança, e claro, a resposta no momento do voto. 


É assim nas teias do poder...

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Galpões de reciclagem nos quatro cantos de Joinville?


POR JORDI CASTAN

Alguns vereadores tem uma especial habilidade para envolver seus nomes em projetos “esdrúxulos”. Nunca é casualidade que sejam sempre os mesmos e é bom que nestes casos a população fique de olhos bem abertos, para depois não lamentar o impacto e os prejuízos que estes projetos, caso sejam convertidos em lei causarão a sociedade.

Infelizmente o Vereador Bento e outros pares estão, novamente, prestando um desserviço à população. Toda essa movimentação na Câmara, toda essa pressão e especialmente o fato de estar usando catadores e recicladores, (muitos deles são pessoas simples e sem o mínimo de instrução, de acordo com o estudo apresentado recentemente pela própria prefeitura de Joinville)  Gente bem intencionada e que enfrenta problemas por conta da atividade que realiza, presa fácil de vendedores de ilusões, trambiqueiros, enganadores e vereadores de qualquer ideologia. Que os tem convertido em massa de manobra para pressionar pela aprovação de uma lei que precisa ser bem conhecida, especialmente para todos aqueles moradores que correm o risco de um dia para outro ter um galpão de reciclagem instalado ao lado do seu imóvel. Faltam como sempre dados verazes, mapas detalhados e os estudos técnicos pertinentes. Aspectos estes que os nossos vereadores acham que carecem de importância. Deveriam estar previstas Audiências Públicas sobre esta questão, sob o ponto-de-vista ambiental.

É bom lembrar que um projeto anterior, (PLC 01-2015) com o mesmo objetivo já  foi vetado pelo Prefeito Udo Dohler e mesmo assim um novo projeto está em tramitação da Câmara com mesma roupagem.

O Vereador Bento e o Vereador João Carlos Gonçalves não desistem e estão mobilizando catadores e recicladores vendendo a ideia de que a poderão ser instalados galpões de reciclagem em quase todas as áreas de Joinville. É bom entender o que é e como funciona um galpão de reciclagem e não se deixar iludir com as palavras mansas dos nossos legisladores. É importante entender que são atividade poluidoras e potencialmente poluidoras, que devem estar restritas a áreas especificas da cidade. Que não podem e não devem ser instaladas perto de áreas residenciais, que permitir que se instalem nas áreas previstas nos projeto de lei é um atentado ao futuro de Joinville. É vergonhoso o que os dois vereadores estão fazendo. No caso do Vereador Bento (PT) poderia se fosse o caso ser acusado de reincidência, não só pela insistência em aprovar este projeto, mas pelo perfil e objetivos da maioria dos projetos que tem liderado, quando o tema é urbanismo. Foi dele a iniciativa de aumentar o perímetro ..... e foi dele o projeto da Lei Bentinho que já foi objeto de um post aqui no Chuva Ácida. Chego a conclusão que esse senhor é perigoso para o futuro de Joinville. Que esta pouco preocupado com Joinville e que só esta focado nos seus interesses pessoais.

É esse aspecto pessoal e humano o que esta sendo explorado pelos vereadores e divulgado pela imprensa. Corre-se o risco novamente de não tratar com a seriedade e a tecnicidade que requer o tema, por conta do enfoque sentimentaloide e pontual acrescentado a isso a pressão que se faz não só para que seja aprovado, mas para que não seja discutido adequadamente.


A Câmara de Vereadores tem divulgado este release:

Atualização: No final da sessão de hoje os vereadores da Comissão de Urbanismo Jaime Evaristo (PSC), João Carlos Gonçalves (PMDB), Maurício Peixer (PSDB) e Manoel Bento (PT) apresentaram requerimento convocando reunião extraordinária para amanhã (28) às 16h30.
A Comissão de Urbanismo deve debater no dia 5 de novembro, em reunião extraordinária, o Projeto de Lei Complementar 46/2015, que tem como objetivo permitir que galpões de reciclagem possam se instalar em mais áreas da cidade. O projeto estava na pauta da reunião da Comissão hoje, mas não foi votado.
A Câmara de Vereadores já havia aprovado projeto de lei com o mesmo objetivo, o PLC 1/2015, mas ele teve veto do prefeito Udo Döhler. De acordo com a justificativa do veto, as emendas ao projeto aprovadas pelos vereadores causaram a “desconfiguração dos seus objetivos exorbitando o âmbito da matéria”.
O presidente da cooperativa de trabalhadores de material reciclável Recicla, Anderson Ramalho da Silva, pediu em Plenário que o projeto seja aprovado com rapidez. “A demanda por material reciclado só aumenta e nós não podemos trabalhar”, afirmou.
Texto: Marina Bosio 


Fazendo uma leitura do mapa elaborado para aprovar o projeto de lei, pode se ver claramente (em vermelho) que a área destinada a permitir a instalação de galpões e de empresas de serviços de reciclagem. No caso de Pirabeiraba a situação será de converter a maior parte da área do distrito em área para a instalação deste tipo de atividades. Precisa mesmo fazer uma coisa dessas com a população daquela região? Tampouco é melhor a situação dos Bairros São Marcos, Boa Vista, Espinheiros e da Zona sul. Vamos assim converter Joinville numa imensa área de reciclagem.

Região de Pirabeiraba


Amanha 3ª. Feira (03/11) haverá uma reunião na Comissão de Urbanismo, a partir das 14h30min na Câmara para a discussão final deste projeto absurdo.

É de importância vital que os moradores dos bairros atingidos pelo projeto, individualmente ou através das suas associações de moradores tomem conhecimento deste projeto, pois será permitido em 5 regiões da Cidade e próximo às zonas residenciais (No Santo Antônio está prevista nas proximidades da Avenida Marquês de Olinda e para a divisa do bairro com o Costa e Silva e Distrito Industrial e no lado da Rua Arno Waldemar Dohler) que os catadores e recicladores constituam depósitos de reciclagem.

Projeto autoriza a instalação de empresas de reciclagem em quase todos os bairros


E no caso que sejam autorizados estes depósitos, infelizmente, como a fiscalização da PMJ é zero, representam um foco permanente de roedores, insetos, doenças, mal cheiro, poluição ambiental e visual, problemas de mobilidade urbana, segurança e um convite à desvalorização imobiliária, muito embora nossos legisladores usem a demagogia do discurso da renda e dignidade à estas pessoas

Um detalhe que corre abertamente pelos gabinetes da Câmara é que um dos panos de fundo deste projeto é que empreendedores ligados à área funerária estão fazendo um lobbie poderoso para aprovar o uso de Crematórios nestas regiões, já que o atual Crematório está embargado pela Justiça por conta das trapalhadas cometidas pela administração municipal.

Conhecendo os nomes envolvidos no projeto, o seu empenho e pertinácia não se deve duvidar de que esse seja também um dos objetivos por trás de tanta insistência.