POR JORDI CASTAN
Alguns vereadores tem uma especial habilidade para envolver
seus nomes em projetos “esdrúxulos”. Nunca é casualidade que sejam sempre os
mesmos e é bom que nestes casos a população fique de olhos bem abertos, para
depois não lamentar o impacto e os prejuízos que estes projetos, caso sejam
convertidos em lei causarão a sociedade.
Infelizmente o Vereador Bento e outros pares
estão, novamente, prestando um desserviço à população. Toda essa
movimentação na Câmara, toda essa pressão e especialmente o fato de estar usando
catadores e recicladores, (muitos deles são pessoas simples e sem o mínimo de
instrução, de acordo com o estudo apresentado recentemente pela própria
prefeitura de Joinville) Gente bem
intencionada e que enfrenta problemas por conta da atividade que realiza,
presa fácil de vendedores de ilusões, trambiqueiros, enganadores e vereadores
de qualquer ideologia. Que os tem convertido em massa de manobra para
pressionar pela aprovação de uma lei que precisa ser bem conhecida,
especialmente para todos aqueles moradores que correm o risco de um dia para
outro ter um galpão de reciclagem instalado ao lado do seu imóvel. Faltam como
sempre dados verazes, mapas detalhados e os estudos técnicos pertinentes. Aspectos
estes que os nossos vereadores acham que carecem de importância. Deveriam estar previstas Audiências Públicas sobre esta questão, sob o ponto-de-vista ambiental.
É bom lembrar que um projeto anterior, (PLC 01-2015) com o
mesmo objetivo já foi vetado pelo Prefeito Udo Dohler e mesmo assim um
novo projeto está em tramitação da Câmara com mesma roupagem.
O Vereador Bento e o Vereador João Carlos Gonçalves não
desistem e estão mobilizando catadores e recicladores vendendo a ideia de
que a poderão ser instalados galpões de reciclagem em quase todas as áreas de
Joinville. É bom entender o que é e como funciona um galpão de reciclagem e não
se deixar iludir com as palavras mansas dos nossos legisladores. É importante
entender que são atividade poluidoras e potencialmente poluidoras, que devem
estar restritas a áreas especificas da cidade. Que não podem e não devem ser
instaladas perto de áreas residenciais, que permitir que se instalem nas áreas
previstas nos projeto de lei é um atentado ao futuro de Joinville. É vergonhoso
o que os dois vereadores estão fazendo. No caso do Vereador Bento (PT) poderia
se fosse o caso ser acusado de reincidência, não só pela insistência em aprovar
este projeto, mas pelo perfil e objetivos da maioria dos projetos que tem
liderado, quando o tema é urbanismo. Foi dele a iniciativa de aumentar o
perímetro ..... e foi dele o projeto da Lei Bentinho que já foi objeto de um
post aqui no Chuva Ácida. Chego a conclusão que esse senhor é perigoso para o
futuro de Joinville. Que esta pouco preocupado com Joinville e que só esta
focado nos seus interesses pessoais.
É esse aspecto pessoal e humano o que esta sendo explorado
pelos vereadores e divulgado pela imprensa. Corre-se o risco novamente de não
tratar com a seriedade e a tecnicidade que requer o tema, por conta do enfoque
sentimentaloide e pontual acrescentado a isso a pressão que se faz não só para
que seja aprovado, mas para que não seja discutido adequadamente.
A Câmara de Vereadores tem divulgado este release:
Atualização: No final da sessão de hoje os vereadores
da Comissão de Urbanismo Jaime Evaristo (PSC), João Carlos Gonçalves (PMDB),
Maurício Peixer (PSDB) e Manoel Bento (PT) apresentaram requerimento convocando
reunião extraordinária para amanhã (28) às 16h30.
A Comissão de Urbanismo deve debater no dia 5 de novembro,
em reunião extraordinária, o Projeto de Lei Complementar 46/2015, que tem como
objetivo permitir que galpões de reciclagem possam se instalar em mais áreas da
cidade. O projeto estava na pauta da reunião da Comissão hoje, mas não foi
votado.
A Câmara de Vereadores já havia aprovado projeto de lei com
o mesmo objetivo, o PLC 1/2015, mas ele teve veto do prefeito Udo Döhler. De
acordo com a justificativa do veto, as emendas ao projeto aprovadas pelos
vereadores causaram a “desconfiguração dos seus objetivos exorbitando o âmbito
da matéria”.
O presidente da cooperativa de trabalhadores de material
reciclável Recicla, Anderson Ramalho da Silva, pediu em Plenário que o projeto
seja aprovado com rapidez. “A demanda por material reciclado só aumenta e nós
não podemos trabalhar”, afirmou.
Texto: Marina Bosio
Fazendo uma leitura do mapa elaborado para aprovar o projeto
de lei, pode se ver claramente (em vermelho) que a área destinada a permitir a
instalação de galpões e de empresas de serviços de reciclagem. No caso de
Pirabeiraba a situação será de converter a maior parte da área do distrito em
área para a instalação deste tipo de atividades. Precisa mesmo fazer uma coisa
dessas com a população daquela região? Tampouco é melhor a situação dos Bairros
São Marcos, Boa Vista, Espinheiros e da Zona sul. Vamos assim converter
Joinville numa imensa área de reciclagem.
Região de Pirabeiraba |
Amanha 3ª. Feira (03/11) haverá uma reunião na Comissão de
Urbanismo, a partir das 14h30min na Câmara para a discussão final deste projeto
absurdo.
É de importância vital que os moradores dos bairros
atingidos pelo projeto, individualmente ou através das suas associações de
moradores tomem conhecimento deste projeto, pois será permitido em 5 regiões da
Cidade e próximo às zonas residenciais (No Santo Antônio está prevista nas
proximidades da Avenida Marquês de Olinda e para a divisa do bairro com o Costa
e Silva e Distrito Industrial e no lado da Rua Arno Waldemar Dohler) que os
catadores e recicladores constituam depósitos de reciclagem.
Projeto autoriza a instalação de empresas de reciclagem em quase todos os bairros |
E no caso que sejam autorizados estes depósitos,
infelizmente, como a fiscalização da PMJ é zero, representam um foco permanente
de roedores, insetos, doenças, mal cheiro, poluição ambiental e visual,
problemas de mobilidade urbana, segurança e um convite à desvalorização
imobiliária, muito embora nossos legisladores usem a demagogia do discurso da
renda e dignidade à estas pessoas
Um detalhe que corre abertamente pelos gabinetes da Câmara é
que um dos panos de fundo deste projeto é que empreendedores ligados à área
funerária estão fazendo um lobbie poderoso para aprovar o uso de Crematórios
nestas regiões, já que o atual Crematório está embargado pela Justiça por conta
das trapalhadas cometidas pela administração municipal.
Conhecendo os nomes envolvidos no projeto, o seu empenho e
pertinácia não se deve duvidar de que esse seja também um dos objetivos por
trás de tanta insistência.
a muitos anos a região da estrada da ilha , convive com galpões, seja de pequenas e médias empresas, tanto que estes tempos um jornal de grande circulação publicou matéria a respeito do chororó de empresários com as dificuldades em expandir suas atividades. Outro grave problema é a instalação de um lixão naquela localidade situação vergonhosa para a localidade que se intitula "cinturão verde".
ResponderExcluirCaro Jordi,
ResponderExcluirPerigoso é não darmos atenção a este importante tema e deixar que dezenas de famílias trabalhadoras destes galpões percam investimento por não serem legais. O fato de liberarmos algumas áreas para uso deste setor não desvaloriza nenhum imóvel, tampouco cria insetos e vida insalubre no entorno. Vide o galpão localizado na rua Teresópolis e outro localizado na rua Fernando Nunes Santana, ambos na zona sul. Nenhum deles gera desconforto na vizinhança. Nós vereadores precisamos viabilizar o trabalho de reciclagem, pois trata-se de metas nacionais por meio de uma lei federal de 2010. Além disso, já foram realizadas audiências públicas sobre o tema, debatendo todas as nuances do assunto exaustivamente. Já foi tão debatido que os trabalhadores de reciclagem e até mesmo quem está auxiliando este debate estão cansados de tanto debater e não ver nada de prático. Ser contrário à legalização de galpões de reciclagem, que é um movimento nacional, é um direito de cada um, mas chamar uma pessoa pública de "perigosa" porque defende a qualificação deste setor é no mínimo estranho para alguém como você. Eu e meu gabinete continuamos à sua disposição para uma visita pessoal, para que possamos conversar olho no olho e tirar todas as dúvidas. Já fiz este convite em outra ocasião, mas você prefere atacar apenas no mundo virtual, usar informações adversas do que estamos discutindo aqui na Câmara e divulgar inverdades. Gosto de transparência e prefiro debates pessoais. Abraço!
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ExcluirE estranho que o vereador Bento, queira posar de paladino da moralidade. Sua destacada atuacao em "articular" projetos urbanisticos com empresas e empresarios é notoria. Quando perdeu a Pres. da Comissao de Urbanismo, prometeu " vendetta" nos bastidores. Vereador Bento não engana mais ninguém, nem está história de ajudar " os menos privilegiados" Na reunião na Camara surgiu o comentário que o projeto seria bom para empresas têxteis que compram material reciclável para produzir poliéster e foi até citada o nome da empresa na Camara.Ninguém é ingênuo Vereador Bento.Estamos torcendo para a Gaeco grampea seu telefone"
ExcluirVereador no texto tenho sido bem comedido.
ExcluirOpa, chamou pra laranja!
ExcluirVereador Bento,
ExcluirAgradeceria em nome da comunidade Joinvillense se propusesse regulamentação da coleta seletiva em nossa cidade, onde os resíduos já separados na sua fonte geradora ( residencias, empresas, etc...) fossem acondicionados em contentores exclusivos, recolhidos por veículos apropriados em dias específicos para cada material reciclável. A frequencia de coleta e destino deveriam ser conforme levantamento técnico do volume gerado.
Quanto aos trabalhadores, liberados da improdutiva separação, poderiam obter renda compatível com a importancia da atividade, faturando R$60mil como empreededores individuais ou R$360mil como micro empresários.
O projeto de lei complementar 46/2015 não parece contemplar as reais necessidades de Joinville no século XXI.
O que o Dirk falou faz sentido.
ExcluirE quanto a ampliação de possibilidades de instalações, Desde que se adequem às leis, não vejo porque não ampliar.
Creio que o assunto deve ser aprofundado.
Não ficou muito claro o porque de ser contra.