segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Somos todos Colômbia


POR JORDI CASTAN


Chapecó e toda Santa Catarina foram sacudidos pela brutalidade do acidente que vitimou  jogadores, comissão técnica e jornalistas. A dor se espalhou primeiro pelo pais e depois por toda a América Latina. Nestes dias, tive oportunidade de acompanhar como a imprensa colombiana e equatoriana têm noticiado a tragédia. O respeito pelas vítimas, a dor multiplicada por cada um dos corações arrasados pela tristeza. A imprensa catarinense e nacional tem sido tomada pela dor multiplicada pela proximidade de alguns dos seus companheiros vitimados no acidente.

Tenho uma relação de apreço, respeito e carinho por Colômbia e os colombianos. Mas mais que isso tenho admiração pela sua seriedade e os seus princípios e valores. Não é uma relação recente, tampouco tem a ver com a onda pro colombiana resultado da tragédia que acabamos de viver. Minha relação com Colômbia não é nova. Por motivo de trabalho viajei à Colômbia mais de 30 vezes nos últimos anos.

Se hoje é o pais que é se deve unicamente à qualidade da sua gente. Em menos de 24 horas resgatou os sobreviventes, recuperou os corpos das vítimas, conduziu a investigação do acidente e das suas causas, com transparência e diligência, e deu respostas claras em pouco mais de 48 horas. Deu uma mostra de generosidade e grandiosidade, organizando uma homenagem que levou mais de 40.000 pessoas ao estádio do Nacional de Medellin. Nada disso foi por acaso.

Se Bogotá é hoje uma referência em planejamento urbano, mobilidade, preservação de áreas verdes e em priorização do pedestre e do ciclista, é pela sua teimosa defesa de princípios e valores.

Se Medellin é a referência em trabalho, organização e desenvolvimento econômico, é pelo jeito “paisa” de ser. Pela sua seriedade e organização.

Se Cartagena é um dos principais destinos turísticos no Caribe, é porque soube preservar a sua história e oferecer opções de lazer e segurança a turistas dos quatro cantos do mundo. Mas também porque investiu em infraestrutura turística e tem feito da hospitalidade “costenha” a sua bandeira e o seu diferencial.    

É nos momentos excepcionais que se exige mais de cada um de nos. É nestes momentos, quando somos postos à prova, que surgem, ou não, os valores que caracterizam um povo e uma sociedade.

Não sou fanático por futebol, mas neste momento o mundo tem se convertido, graças ao futebol num espaço mais humano e solidário.

2 comentários:

  1. Sim, a Colômbia sempre se destacou, junto com o Chile e a Argentina (este último cambaleou com os governos socialistas caudilhos).

    Nas últimas décadas, e graças ao governo de Álvaro Uribe, a Colômbia soube escolher o lado certo da política. Ignorou sumariamente os governos populistas bolivarianos do Brasil, Venezuela e Equador, aproximando-se de Washington. Com a estabilidade política, mesmo contrariando as forças narcotraficantes da FARC financiadas por Ugo Chávez, a Colômbia provou sua estabilidade e buscou investimentos, sobretudo dos EUA. Hoje o Brasil está quebrado, a Venezuela se transformou num caos político e econômico, as FARC não têm mais quem a financie e os colombianos saem vencedores. Isso se chama “história vivida”, fatos históricos irretocáveis que servem para que olhamos para os acontecimentos e aprendamos algo com eles, ao invés de usar adolescentes para invadir escolas, incendiar veículos e depredar bens públicos, com fazem no Brasil, tudo em nome desta mentira de socialismo marxista que professores bem pagos e redatores de banheiro insistem em pregar na sociedade brasileira.

    Espero que o congresso colombiano respeite a vontade do seu bravo povo e vire as costas para os terroristas das FARC. Que o “Ejercito del Pueblo” morra na mingua e que seus integrantes paguem pelas de vítimas colombianas que fizeram durante décadas, tudo em nome do maldito “ideal socialismo”.

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  2. "Qualidade da sua gente"... Disse tudo.... Xau Brazil.

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