POR ET BARTHES
A morte do poeta (José Ribamar) Ferreira Gullar é mais uma nota triste de 2016. Parte o homem, fica a obra. O “Poema Sujo”, poema escrito no exílio (ele foi ligado ao Partido Comunista nos tempos da ditadura) talvez seja a sua peça mais conhecida pelo público, mas Ferreira Gullar também fez a letra para muitas músicas, como este “Trenzinho do Caipira”, parte das Bachianas Brasileiras nº2, de Heitor Villa Lobos. Aqui uma versão mais popular, na voz de Edu Lobo.
“A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produz a riqueza é o trabalhador, e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista.”
ResponderExcluirEis um ex-comunista que pensava.
Que Deus o tenha José Ribamar. Pois é feio falar de morto. Mas comparar um empresário como um poeta, ai complica.
ResponderExcluirNé anônimo? Substituir um idealismo por outro. Não dah.