POR JORDI CASTAN
Chapecó e toda Santa Catarina foram sacudidos pela
brutalidade do acidente que vitimou jogadores, comissão técnica e
jornalistas. A dor se espalhou primeiro pelo pais e depois por toda a América Latina. Nestes dias, tive oportunidade de acompanhar como a imprensa
colombiana e equatoriana têm noticiado a tragédia. O respeito pelas vítimas, a
dor multiplicada por cada um dos corações arrasados pela tristeza. A imprensa
catarinense e nacional tem sido tomada pela dor multiplicada pela proximidade
de alguns dos seus companheiros vitimados no acidente.
Tenho uma relação de apreço, respeito e carinho por Colômbia
e os colombianos. Mas mais que isso tenho admiração pela sua seriedade e os
seus princípios e valores. Não é uma relação recente, tampouco tem a ver com a
onda pro colombiana resultado da tragédia que acabamos de viver. Minha relação
com Colômbia não é nova. Por motivo de trabalho viajei à Colômbia mais de
30 vezes nos últimos anos.
Se hoje é o pais que é se deve unicamente à qualidade da sua
gente. Em menos de 24 horas resgatou os sobreviventes, recuperou os corpos das
vítimas, conduziu a investigação do acidente e das suas causas, com
transparência e diligência, e deu respostas claras em pouco mais de 48 horas. Deu
uma mostra de generosidade e grandiosidade, organizando uma homenagem que levou
mais de 40.000 pessoas ao estádio do Nacional de Medellin. Nada disso foi por acaso.
Se Bogotá é hoje uma referência em planejamento urbano, mobilidade, preservação de áreas verdes e em priorização do pedestre e do ciclista, é pela sua teimosa defesa de princípios e valores.
Se Medellin é a referência em trabalho, organização e desenvolvimento econômico, é pelo jeito “paisa” de ser. Pela sua seriedade e organização.
Se Cartagena é um dos principais destinos turísticos no Caribe, é porque soube preservar a sua história e oferecer opções de lazer e segurança a turistas dos quatro cantos do mundo. Mas também porque investiu em infraestrutura turística e tem feito da hospitalidade “costenha” a sua bandeira e o seu diferencial.
Se Bogotá é hoje uma referência em planejamento urbano, mobilidade, preservação de áreas verdes e em priorização do pedestre e do ciclista, é pela sua teimosa defesa de princípios e valores.
Se Medellin é a referência em trabalho, organização e desenvolvimento econômico, é pelo jeito “paisa” de ser. Pela sua seriedade e organização.
Se Cartagena é um dos principais destinos turísticos no Caribe, é porque soube preservar a sua história e oferecer opções de lazer e segurança a turistas dos quatro cantos do mundo. Mas também porque investiu em infraestrutura turística e tem feito da hospitalidade “costenha” a sua bandeira e o seu diferencial.
É nos momentos excepcionais que se exige mais de cada um
de nos. É nestes momentos, quando somos postos à prova, que surgem, ou não,
os valores que caracterizam um povo e uma sociedade.
Não sou fanático por futebol, mas neste momento o mundo tem
se convertido, graças ao futebol num espaço mais humano e solidário.