segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Joinville e o mar

POR JORDI CASTAN

Não falha. Ano após ano, no calor do verão voltam alguns temas, como cometas que seguem um curso regular e fixo: não faltam ao seu encontro com Joinville e com os titulares. Por citar alguns: o aumento da tarifa de ônibus, o calor sufocante e úmido, a ligação entre Joinville e São Francisco do Sul e por aí vai.

Permitam escolher, aproveitando o calor, a época do ano e o aumento da tarifa de onibus, para tratar neste espaço a importância da ligação, via barco, entre Joinville e São Francisco do Sul, este ano acrescida ainda da ligação entre Joinville e Itapoá.

Confesso que minha memória não é mais a mesma, mas pelas minhas contas a empresa que agora oferece esse serviço é a quarta. Não sei por quê, mas algo me diz que não durará muito além das "aguas de março, fechando o verão".

É bom lembrar que o governo do Estado, por tanto com recursos públicos, investiu na construção do terminal de passageiros no cais Conde d'Eu. E a construção esta lá, ainda em pé, para não nos deixar esquecer do investimento. Também foram destinados recursos públicos para a dragagem do Rio Cachoeira, com um detalhe importante: o material dragado não pode ser retirado do rio e a obra exigiria dragagens periódicas para manter a hidrovia navegável. Portanto, além do custo da dragagem serão necessários novos recursos periodicamente. Para atender a legislação brasileira foi necessário ainda investir na sinalização de toda a hidrovia, desde o terminal próximo ao mercado até à Lagoa de Saguaçu e há que incluir no custo o valor do projeto e a implantação de bóias e material de sinalização.

O serviço de transporte de passageiros pela Baía da Babitonga hoje é oferecido com saída do trapiche do Espinheiros, num percorrido mais curto e que naã utiliza nenhuma outra infraestrutura que o próprio trapiche.

Os horários e as freqüências do serviço público ainda não foram informados, porque dependem do quadro de marés. Não deixa de ser um fato curioso, porque tabelas de marés são disponibilizadas e amplamente divulgadas com no mínimo um ano de antecedência. Tanto assim é que a Defesa Civil informa, com tempo, os dias horários com maior risco de enchentes o alagamentos em Joinville - caso coincidam chuvas intensas com maré alta, a chamada maré de lua.

A impressão que fica é a de não haver demanda suficiente para que serviço seja rentável durante todos os meses do ano. E ainda que não há um compromisso de oferecer um serviço que atenda a demanda que venha a existir. E assim, sem certeza da oferta regular e confiável do serviço entre as dois cidades, há menos possibilidades que o serviço se firme e se consolide.






6 comentários:

  1. Os horários já foram divulgados,Jordi. Saiu no AN.

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    1. Sandro o serviço foi lançado SEM os horarios. Que bom que agora ja foram divulgados.

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  2. para o Jordi nada ta bom ...só critica o bicho chato meu ...publica essa meu

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    1. Publicado.
      Em tempo, você é dos que acha certo gastar R$ 2.000.000 no terminal hidroviario de Joinville la no centro e na dragagem e sinalização da hidrovia. E o chato sou eu. Entendi.

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  3. Sou um dos que torcem para que o empreendimento dê certo. Está difícil, mas tenho esperanças de que um dia o modal seja usado consistentemente pela população.
    Mas penso também que a responsabilidade por todo o dinheiro jogado fora até agora, deve ser cobrada dos responsáveis. Ou não?
    Em tempo: ontem o sistema parou por causa de problemas no trapiche em São Chico.
    Os passageiros do lado de cá ficaram esperando no sol e nenhuma explicação foi dada.
    Ainda falta muita coisa para chegarmos lá, com certeza.
    Sugiro que o pessoal envolvido faça um estágio nas barcas Rio-Niterói. Ao menos para aprender como os usuários devem ser tratados.

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    1. Nelson seria otimo que desse certo. Tem tanta coisa que não da certo por estes lados que eu tambén gostaria que fosse possivel ir de São Francisco a Joinville de barco e voltar, com comodidade e em horarios compativeis. Vamos torcer para que desta vez funcione.

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