quarta-feira, 23 de abril de 2014

Manifesto pelo parlamentarismo-viajandão

Traduzindo: next stop

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Bom dia, leitor-eleitor. Hoje tenho uma proposta política a fazer: quero o seu voto. Eu explico.

Tenho pensado em voltar a viver no Brasil. É uma mudança que, claro, traria perdas e ganhos. A maior perda, com toda a certeza, seria deixar de viajar pela Europa com certa frequência. Porque aqui as viagens para os países vizinhos são muito comuns. E com o surgimento das empresas aéreas low-cost, até pobres como eu podem andar por aí.

E nem é preciso ser de avião. Imagine, leitor-eleitor, que se neste momento eu decidir pegar no meu carro e andar 160 quilômetros, vou a Espanha tomar uma cerveja e comer gambas. Atenção, eu disse gambas e não gambás. Fique ligado, porque gambas por estas bandas são inocentes camarões. 


O fato é que, depois de muito refletir, encontrei a solução para o meu problema. Volto para o Brasil e entro para a política. Se conseguir me eleger deputado, governador ou o escambau, tenho a certeza de que continuarei a viajar à grande e à francesa. Os políticos brasileiros são os campeões mundiais de viagens aéreas, os paladinos dos programas de milhas.


Só não decidi o cargo a que vou concorrer e nem o partido. O cargo pode ser qualquer um, porque os políticos brasileiros ganham muito bem em qualquer nível (hummm… palavra mal escolhida, porque a falta de nível é evidente). E só não aceito ir para o DEMo, porque não estou disposto a vender a minha alma ao diabo. Se bem que os caras devem precisar de mim. Um partido que decide se chamar DEM de livre vontade está mesmo a precisar de uns conselhos publicitários. Porque se você tem que afirmar que é democrata, então é porque há dúvidas.


Mas voltemos às viagens, a descoberta mais genial dos nossos políticos. Os caras andam aí pelo mundo feito saltimbancos com o dinheiro público… e muitos eleitores acreditam que eles estão a trabalhar a sério. É uma teta. E é para isso que eu conto com essa forcinha do leitor-eleitor: você vota, eu viajo.


PARLAMENTARISMO-VIAJANDÃO - Mas não se pense que parto para essa candidatura sem um programa de governo. Bem… na verdade é mais um programa de viagens, o que vai dar no mesmo. Para começar, proponho a mudança na forma de governo. A idéia é implantar um novo sistema: o parlamentarismo-viajandão.


Traduzindo. É um sistema onde há os chefes de governo e os chefes de estado. Os chefes de governo ficam no país a governar. O chefe de estado viaja (é aqui que eu entro). E vou abrir escritórios de trabalho em alguns pontos estratégicos do planeta. Na Côte D’Azur, nas Seichelles e nas Bahamas.


Ahá… o leitor-eleitor mais antenado já percebeu a diferença. É que os nossos políticos tradicionais, em especial em Joinville, são breguésimos e têm um péssimo gosto. Só viajam para lugares chatos, cinzentões e sem charme como a China, a Rússia e todos os cus-de-mundo dos EUA. Morons!


Ah… e a grande inovação. Não vou fazer como fazem os políticos tradicionais, que convidam certos “jornalistas” amigalhaços do poder para as viagens. Eu explico. É que esses caras tornam a viagem um desassossego, porque a gente precisa estar sempre de olho na carteira. Aliás, leitor-eleitor, não parece estranho levar para os EUA um “jornalista” que não fala inglês? E nem o português… Pior é que já aconteceu.


A boa notícia, caro leitor-eleitor, é que todos os meses eu pretendo sortear uma viagem entre os meus eleitores e eleitoras, com direito a todas as mordomias com o dinheiro público. Isso é corrupção? Perfeito. Quer dizer que já estou pegando o jeito.


Cruzcampo, olé!

terça-feira, 22 de abril de 2014

O mundinho de Joinville

POR CHARLES HENRIQUE VOOS 

Há alguns anos, durante minha adolescência, eu acreditava ser (e era mesmo) um bairrista. Um jovem que aplaudia várias situações locais, discutia pelo JEC, e defendia cegamente o indefensável. Após alguns anos, vejo que muita coisa mudou para mim, mas para minha cidade num geral nem tanto. Existem milhares de pessoas em Joinville que não gostam de se abrir para o diferente, para o novo, e até mesmo para o correto.

Creio que existam muitas coisas boas na cidade em que nasci e moro, mas os absurdos diários me fazem ficar doente, por quase sempre. O mundo em que Joinville vive - e principalmente os joinvilenses - chega a ser tão frágil e lunático que dá pena. A sociedade joinvilense quer conservar algo, mas não sabe o quê. Quer enaltecer seu DNA quando falta vida. Quer se sobressair perante o nada. É uma sociedade sem alma, presa em um mundinho só dela. Quem se arrisca a sair, dificilmente volta por reconhecer o suplício que o espera na volta. Sem contar os rótulos postos por aqueles que ficam e vivem em um cabresto pré-moldado por uma mídia parcial, empresários catalisadores de plutocracias e gestores públicos que pouco abrem as portas da cidade para o estrangeiro.

Viver em Joinville é um martírio quando se sabe o que existe fora dela. As outras cidades onde a democracia é respeitada, e os cidadãos colocados em primeiro lugar, são sinônimos de um sonho que jamais será vivido. É percorrer caminhos cíclicos, onde as mentes andam por ruas que terminam na mesma praça, no mesmo banco, e no mesmo jardim. Digo, na mesma fábrica, na mesma recreativa, e no mesmo concreto.

Neste mundinho não há celeiros de mentes humanas, ao mesmo passo que as universidades públicas e abertas para todos não são de todos, mas somente para aqueles com mentes exatas e que vislumbram empregos exatos. Náo há cidade para pessoas, mas sim para empreiteiros, LOTeadores e lobistas. Não há adensamento, há espraiamento. Não há ônibus, trem, metrô ou VLT decentes, como em qualquer mundo que não se fecha em si mesmo. Entretanto, só encontramos planejadores com a mesma postura de 20 anos atrás.

Mundos abertos se desenvolvem, e não crescem. Joinville parece só querer crescer. Crescer para quem? Para que? Justiça social e urbana parecem não existir. Em outros lugares existe tudo isto, mas é um conceito vendido como ilusão. Joinville é uma cidade com extremo potencial (morros praticamente preservados, rios com água farta, média quantidade de moradores, grandes potenciais em todos os cantos da cidade, gente querendo fazer a diferença...) mas muitos vão embora por faltar uma coisa: a cidade reconhecer que precisa mudar, se abrir, pensar diferente e saber que o atual modelo vai falir mais cedo ou mais tarde. Ou isto acontece, ou Joinville irá se apequenar em sua pequenez.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Semeando odio

POR JORDI CASTAN


Pipoca nas redes sociais um vídeo de filosofa Marilena Chauí, promovido pelo PC do B, em que destila o seu ódio patológico contra a classe média brasileira e é aplaudida por uma corja de ignorantes raivosos, interessados em promover o ódio, o conflito, a divisão da sociedade. Aliás este é, provavelmente, o maior legado dos três mandatos do PT, o seu afã em dividir o país, em promover o ódio de uns contra os outros.

A estupidez dessa política alcança seu ápice no discurso verborrágico e raivoso da professora da USP. O vídeo publicado em youtube A maldição da Classe media - Marilena Chaui [1] não é um ato isolado, é só um a mais dos muitos discursos e  peroradas que esta senhora usa quando tem oportunidade e o público adequado. Marilena Chaui e a classe media [2] , A abominação da classe media - Marilena Chaui [3]. O seu alvo preferido é a classe media, a quem acusa de ser reacionária, conservadora, ignorante, petulante, arrogante e até de ser terrorista. Ao atacar a parcela do Brasil que trabalha, produz e promove o desenvolvimento comete uma asneira supina, ainda que asneira e Marilena Chauí numa mesma frase seja redundância. Seu ódio cego a impede de ver e entender o papel e a importância que a classe media tem no fortalecimento do tecido social, na construção da estabilidade, na distribuição de renda e no desenvolvimento do país.

É a classe média o motor gerador de riqueza e prosperidade. O comunismo, que ela defende com tanta veemência, errou ao destruir sistematicamente essa classe social e aniquilar a sua capacidade de promover e gerar riqueza. Quando se ataca ao empresário explorador, esquece-se que mais de 98% de todas as empresas não só no Brasil, também na maioria de países desenvolvidos são micro, pequenas e medias empresas. Justamente esses empresários de todos os setores econômicos, aos que ataca com raiva furibunda, são que formam o tecido econômico e social que desenvolve um país, são os maiores pagadores de impostos, os que mais empregos geram. Mais importante ainda: são os que junto com os profissionais liberais, os autônomos, os prestadores de serviços das mais variadas categorias garantem a estabilidade da sociedade. É a classe média que, com seu trabalho, seu esforço, sua dedicação e seu espírito de superação, estuda, poupa, melhora o nível do país e movimenta a economia, produz riqueza e contribui a que gire a roda que faz avançar o Brasil.

Tem se instalado no Brasil um grupelho que promove os conflitos sociais. São disseminadores do ódio que buscam dividir a sociedade em grupos antagônicos, que estimulam os conflitos de uns contra os outros. Gente incapaz de administrar uma lojinha de R$ 1,99, que quebraria uma quitanda, uma barbearia, uma marcenaria ou qualquer outra atividade econômica a que se dedicassem. Gente que nunca tem gerado um único emprego, que não seja a indicação de apaniguados e companheiros para ocupar cargos públicos. Incapazes que são de gerar outro capital que não seja o originário dos recursos públicos dos que são dependentes e devoradores famintos. São predadores, parasitas do dinheiro público, saprófitos do esforço e da riqueza alheios que têm tomado de assalto o estado em todos os níveis e que fazem da promoção e disseminação do ódio e do racismo a sua estratégia para manter-se no poder a qualquer custo.

Atacar a mais da metade da sociedade brasileira acusando-a de fascista, de abominação ética é uma prova de que a ignorância e o ódio superam o bom senso. E que vale tudo para quem não tem nenhum escrúpulo. Combinamos aqui e agora, atacou a classe media, sinto-me atacado e nesse caso revidar não será mais que legitima defesa.

A maldição da Classe media - Marilena Chaui [1]
Marilena Chaui e a classe media [2]
A abominação da classe media - Marilena Chaui [3]

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Olha a COSIP aí gente...

POR JORDI CASTAN

Lembram do post em que questionávamos o valor arrecadado pela COSIP em Joinville? Aquele que tinha por titulo "Se o problema não é a falta de dinheiro..."

Pois tem mais gente preocupada com os recursos da COSIP. no A Notícia de hoje, na coluna do jornalista Jefferson Saavedra há a nota seguinte: