POR ET BARTHES
Opa! E no meio do programa, uma expressão pouco católica. O pessoal fez merda e exibiu o filme onde a mulher errou.segunda-feira, 29 de julho de 2013
Quando Colombo irá atender as demandas populares de Joinville?
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
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Fonte da foto: desacato.info |
Infelizmente a pauta do empresariado local não é popular. Ela se resume à segurança pública no centro (querendo claramente uma proteção às lojas de comerciantes da CDL), à duplicação da Santos Dumont e outras questões que dificilmente irão beneficiar as pessoas da periferia, que sofrem com a violência urbana nos bairros, com escolas depredadas, e parentes morrendo esperando um leito de UTI. Os R$ 14 milhões liberadores para o São José (em troca da sede dos jogos abertos), por exemplo, ainda não foram aplicados, enquanto que as obras da Santos Dumont iniciaram-se rapidamente após a pressão dos empresários. Sem contar as próprias promessas de melhoria na saúde estadual. Até a antes referência Darcy Vargas perdeu este título com Colombo.
Sem hospitais de qualidade, escolas com infraestrutura mínima, e segurança nos bairros populares, a cidade de Joinville padece perante uma ordem invertida das prioridades. Suplica atenção de quem não quer dar, principalmente ao que realmente necessita ser feito. Definha com uma classe política que abdicou da oposição e não sabe cobrar, apenas se juntar à camarilha de Colombo e seu reino de maravilhas (onde as OS's são a solução para os hospitais, a vinda de empresas irá transformar toda a realidade social de uma cidade, e tinta na parede das escolas irá transformar alguma coisa) e discursar ao vento na Assembleia Legislativa, em uma omissão jamais vista entre os deputados estaduais da região de Joinville.
Pode ser "apenas" mais uma morte em corredor de hospital, mas significa muita coisa. Mostra tudo o que vem acontecendo de errado na gestão estadual, mesmo com o esforço de alguns para fazer parecer que tudo está certo e funcionando perfeitamente. A gestão Colombo precisa de um banho de povão, mas, se isso acontecer um dia, não envolverá mais a pauta empresarial nas prioridades do governo. É este o ponto que me faz perder todas as esperanças por possíveis mudanças e esperar, infelizmente, a próxima morte em um corredor do Hans Dieter Schmidt.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Imagine a sua marca no meio disto...
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Dizem que uma imagem vale por mil
palavras. Por isso vou ser curto. Essa é a capa da "Advertising Age", uma revista
de referência lida por empresários e marketeers de todo o mundo, mas
também por gente de outras áreas. A pergunta é: “imagine a sua marca no meio
disto”.
Quando falei na Copa do Mundo e das Olimpíadas, há alguns dias, era a isso que me
referia: o risco de o país não ver o dinheiro dessas marcas entrar no país. O
risco de perder a oportunidade de construir uma imagem de marca para o país. O
risco de afugentar o investimentos essenciais em tempos de economia global.
Tem
gente que prefere ficar apegada ao provincianismo, ao ódio político ou à
filosofia da terra queimada. Mas o fato é que o Brasil chamou a atenção do
exterior. E não foi pelas melhores razões. Quem quer dinheiro para a educação e a saúde
não pode rejeitar o dinheiro que vem de fora. Não sou eu a dizer... é o
mundo.
Sim. É a economia global, estúpido.
P.S. – Vou repetir pela enésima vez. Não sou
contra as manifestações, mas isso não faz com que fique cego para a instrumentalização
das massas por gente que só pensa em projetos de poder. Porque hoje em dia nenhum país pode viver "orgulhosamente só".
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Dane-se a Toulon! Cadê o Amarildo?
POR CLÓVIS GRUNER
Uma imagem e uma pergunta circularam intensamente pelas redes sociais nos últimos dias. A imagem é esta ao lado: a de um homem comum, 47 anos, casado, pai de seis filhos, pedreiro e morador da Rocinha, no Rio de Janeiro. No dia 14 de julho, ele foi levado por policiais para averiguações à sede da UPP – Unidade de Polícia Pacificadora – que ocupa a favela desde setembro de 2012. Não voltou para casa e está desaparecido desde então. “Cadê o Amarildo?” é a pergunta que vem sendo feita, repetidamente, desde a semana passada. Mas nem mesmo o humilde Papa Francisco, certamente interessado no destino de Amarildo, um pobre, conseguiu resposta.
O Comando de Polícia
Pacificadora (CPP), disse que ele foi levado à base da unidade por se
parecer com um suspeito procurado e que foi liberado quando se constatou não se
tratar da mesma pessoa. À imprensa – ou ao menos aqueles jornalistas
interessados no desaparecimento de seu marido –, Elizabeth Gomes afirmou não
ter esperanças de encontrá-lo vivo e pede apenas o corpo para enterrá-lo. Nem o comando da UPP, nem a secretaria de Segurança Pública e muito
menos o governador Sérgio Cabral parecem dispostos a lhe dar alguma satisfação.
O silêncio contrasta com
a reação do governo quando a loja Toulon, no elitizado Leblon, foi atacada
durante manifestação na noite de 17 de julho. Bastaram apenas seis horas para o
governador convocar a cúpula da segurança pública e instituir uma bizarra Comissão
Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas. A chacina
na Favela da Maré, ocorrida no final de junho, não apenas não mereceu nenhuma comissão
especial de investigação, como foi necessário mais de uma semana até que
Cabral lamentasse a morte de dez pessoas, barbaramente assassinadas por soldados
do BOPE, a tal “Tropa de Elite” da polícia guanabara.
O QUE RESTA DA DITADURA – É claro que a violência policial não é
exclusividade do Rio de Janeiro. Pelo contrário, ela é prática recorrente, especialmente
nas capitais e grandes cidades, onde não apenas o aparato militar é maior, mas também
a demanda por sua presença mais ostensiva, uma coisa alimentando e justificando
a outra. Por paradoxal que pareça, nossa crescente obsessão por proteção e segurança
fez aumentar justamente a sensação de insegurança e o medo, estimulando ações
defensivas que tornam tangíveis e conferem proximidade e credibilidade às
ameaças de violência, mesmo às mais imaginadas e imaginárias.
O resultado é que tornamo-nos
cada vez mais, e com o estímulo estratégico dos grandes meios de comunicação e de uma verdadeira "indústria do medo",
reféns de uma política de segurança baseada, fundamentalmente, no aparato
policial repressivo e na sua crescente necessidade de produzir sempre mais e mais inimigos. Historicamente, este inimigo foi personificado na
figura do pobre, quase sempre negro. Um roteiro típico, em que se nomeia o outro a partir de certos atributos principalmente de classe e etnia – um processo definido por um
sociólogo carioca, já nos anos de 1970, de marginalização
da criminalidade e criminalização da
marginalidade –, permitiu principalmente às camadas médias urbanas uma
indiferença crônica sempre que o assunto era a violência policial. Especialmente
se ela recaía sobre territórios e grupos não apenas periféricos – as favelas e
os favelados, por exemplo –, mas considerados marginais e desviantes, como os oito
menores assassinados na Candelária, os 111 presos massacrados no Carandiru ou as dez vítimas na chacina da Maré.
Nas últimas semanas, no
entanto, algo mudou. A repressão policial recaiu também sobre jovens de classe
média e jornalistas; profissionais foram ameaçados, virtual ou presencialmente,
e pelo menos um sociólogo foi sequestrado por soldados depois de uma entrevista
onde criticava as ações da PM carioca; nas mídias sociais pipocaram denúncias
de infiltração de policiais à paisana nas manifestações, com o propósito de
incitar a violência e justificar a repressão e prisão de manifestantes – tática, aliás, que remonta aos
anos de exceção. Descobrimos, enfim, que o
inimigo nem sempre precisa ser pobre e negro – embora ele continue sendo
preferencialmente pobre e negro.
A polícia militar brasileira é uma das instituições
onde se percebe mais claramente os resquícios da ditadura e o profundo
descompasso entre as políticas de segurança pública e o processo de democratização iniciado há quase três décadas. Discutir seu
papel, sua estrutura e o lugar que deve ocupar na sociedade é uma tarefa
urgente, porque não é tolerável a um país que pretende consolidar sua
democracia conviver com a truculência institucionalizada. Precisamos de uma
política de segurança que não se limite a investimentos vultosos e eleitoreiros
no aparato militar e prisional – duas faces da mesma moeda –, e de uma polícia
que não aja como se estivesse em uma guerra permanente. A rua não é um front e
cidadãos não são inimigos a serem combatidos, independente da idade, posição
social, etnia ou de seus antecedentes.
A desmilitarização da polícia, assunto para um próximo texto, é uma
discussão não apenas necessária como urgente. Mas, neste momento, ainda mais
urgente é saber onde está Amarildo. Embora, desconfie, todos nós saibamos a
resposta.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
JEC sem técnico, de novo!
Arthurzinho não conseguiu se manter no cargo após mais uma derrota do Tricolor.
Os últimos resultados não foram animadores, principalmente o empate contra a Chapecoense, dentro de casa, após estar vencendo por 2 x 0 no primeiro tempo.
E falando sobre este jogo em particular, realmente foi do céu ao inferno, pois no primeiro tempo jogou com velocidade e de maneira coerente, conseguindo a vantagem.
Mas quando retornou para o segundo tempo foi lamentável, não conseguiu ir ao ataque, errando muitas bolas e parecendo perdido em campo.
Após o final da partida, o técnico soltou o verbo contra o presidente do clube e, com um empate em Natal e a derrota para o Icasa, dançou mais um técnico.
Eu não sei aonde essa diretoria pretende chegar com este samba do crioulo doido, trocando de técnico a todo instante, vendendo e comprando jogadores como se estivesse na feira.
Assim fica difícil chegar à elite do futebol.
Aguardemos cenas dos próximos capítulos!
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