sexta-feira, 21 de junho de 2013

Ocupar as ruas não é crime!


POR CLÓVIS GRUNER

Diverti-me nestes dias de ruas ocupadas a imaginar o que diriam nossa mídia e formadores de opinião dos 150 colonos que, numa noite de dezembro de 1773, disfarçados de índios, lançaram ao mar quilos de chá trazidos da Inglaterra, depois que um decreto real tornou obrigatório seu consumo e proibiu a produção interna. A maioria os acusaria de vândalos: nossos veículos reclamariam os privilégios da coroa inglesa, e como fazem mal jornalismo, acusariam logo os índios; Arnaldo Jabor enfatizaria, teatralmente, que se tratavam apenas de “saquinhos de chá”, para depois pedir desculpas pelo erro: os baderneiros, afinal, não eram índios. E não faltariam os comentários anônimos no Chuva Ácida, a defender furiosamente que os militares britânicos acertassem tiros na testa dos bárbaros, fossem índios ou colonos.

Claro, pouco importa se aqueles poucos insurgentes estivessem dando, se não o primeiro, mas um passo decisivo no processo que culminaria, dali a três anos, com a independência dos Estados Unidos. Querem proclamar a independência? Proclamem-na, mas em fila indiana, mantendo a ordem e com respeito à propriedade. “Peraí!”, reclamarão logo os defensores da História com “H” maiúsculo, “então justo você, historiador, está a comparar Thomas Jeferson com estudantes levando vinagre na mochila, a independência americana com as manifestações de rua no Brasil?”. Sim e não. Não porque os contextos são outros e uma análise madura precisaria levar em conta suas especificidades. Além disso, ainda não sabemos o que será e esperar da movimentação das últimas semanas, ao passo que conhecemos o fim da história da Revolução Americana.

Por outro lado, se incorro no pecado do anacronismo, o faço movido por uma boa razão. Há um elemento comum entre o Boston Tea Party e a movimentação das últimas semanas: os colonos americanos não sabiam (assim como os insurgentes da Primavera dos Povos, em 1848; os operários do ABC, no final dos anos 1970; ou os jovens tunisianos em 2010, entre outros exemplos), e não podiam saber, que suas ações teriam repercussões para além do imaginado e desejado. Eles desconheciam que em parte graças ao seu gesto, a história trilharia outros e imprevisíveis itinerários. Já se falou muito sobre as mobilizações. Do que li, uma das mais lúcidas análises foi publicada pelo jornal espanhol El País. Não pretendo retomá-la aqui ipsis litteris, mas esboçar algumas considerações, certamente provisórias, a partir de inquietações surgidas na esteira das manifestações.

O passe livre é possível? – Não estou inteiramente seguro disso, embora me incline a achar que sim. Há estudos e experiências, inclusive em cidades brasileiras, que respondem positivamente a pergunta. Há outros a afirmar o contrário. Na segunda-feira, dois líderes do MPL paulistano compareceram ao programa Roda Viva. Além de expor a fragilidade intelectual e política de nossos jornalistas, a entrevista serviu para desfazer alguns mal entendidos e reforçar o caráter engajado e lúcido da movimentação: mesmo que, pontualmente, a reivindicação seja pela revogação dos aumentos nas tarifas do transporte público (o que já foi feito, de maneira oportunista, em Joinville, e nesta semana em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba), a luta é mais ampla. Porque em jogo estão alguns direitos fundamentais, entre eles a humanização das cidades, a mobilidade urbana e a ocupação do espaço público. E garantir o acesso ao transporte público é condição fundamental ao exercício destes direitos.

O gigante acordou? – Não, porque nunca estivemos adormecidos. A estratégia de descaracterizar e despolitizar a movimentação foi o coringa dos grupos conservadores – e eu falo dos governos, da mídia, seus colunistas e muitos de seus leitores – quando a estratégia de criminalização não funcionou. Trocando em miúdos: depois que a violência policial, elogiada pelo governador Geraldo Alckmin, negligenciada pelo prefeito Fernando Haddad e incentivada por editoriais, colunistas e blogueiros, mostrou-se um tiro no pé, os mesmos que autorizaram e legitimaram o uso da força trataram rapidamente de tentar pautar o movimento, atribuindo-lhe outros sentidos e significados. E como se não bastasse ver gente como Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Arnaldo Jabor e Felipe Pondé ridiculamente tentando tornar-se os porta vozes da indignação, eles o fazem ignorando nossa história, mesmo a mais recente. Nunca fomos um “povo pacífico” – e a lista de revoltas, rebeliões e movimentos insurgentes, desde os tempos de colônia portuguesa, estão aí a atestar isso –, e não deixamos de ocupar as ruas e os campos do país. Mesmo o MPL não apareceu do nada: ele foi criado em 2005, e somou forças a outras movimentações sociais, urbanas e rurais, tais como os Sem Terra e Sem Teto, as marchas das vadias, os movimentos LGBT e negro, etc... Tampouco é novidade a violência policial: ela é rotina nas periferias do país, principalmente. Somos nós que não a vemos.

E agora? – A mais inquietante e mais difícil das perguntas. Justamente porque é um fenômeno novo, é difícil dizer com clareza para onde ele vai. Não vai mudar o país, não como talvez esperam alguns: no final da passeata, não nos aguarda a revolução. E no momento é isto o que mais me emociona e estimula. Atravessando a movimentação, como alguma coisa incontrolável e certamente não planejada, está um discurso que tensiona não apenas as velhas maneiras de pensar e fazer política, mas também as formas tradicionais de liderança, as velhas mídias, nossa ainda frágil democracia, nosso regime representativo, a crescente neutralização, se não o esvaziamento, do espaço público, etc... É óbvio que um movimento em grande parte espontâneo e difuso, acabaria por atrair gente de interesses e demandas igualmente difusos. É também uma estratégia da direita ampliar as reivindicações para desviar a atenção do que é realmente importante, transformando as manifestações em uma versão inchada da tentativa patética de indignação que foi o “Cansei”. Não me espanta ver os logradouros tomados por reacionários e conservadores. Espanta-me, sim, ver e ler gente de esquerda com medo das ruas. A pluralidade faz parte da democracia e ela é inevitável. Se quisermos ver as ruas ocupadas preferencialmente pelas demandas da esquerda – e de uma esquerda libertária, não alinhada a partidos e governos –, temos de gritar mais alto que eles: não, não se trata de uma luta "contra a corrupção" (só corruptos são a favor da corrupção), ou "contra tudo o que está aí" (quem é contra tudo, acaba por não ser a favor de nada), porque estas bandeiras atendem a um jogo eleitoreiro, partidário e midiático, e não há julgamento do mensalão que mude esta percepção. O crescimento das manifestações não deveria servir de trampolim à atitudes protofascistas, ao oportunismo e ao patriotismo vazio. Mas nelas cabem reivindicações necessárias, tais como denunciar o crescente desrespeito aos direitos humanos pelo alinhamento do Estado aos interesses conservadores e religiosos.

Talvez isso tudo não dê em nada? – Depende do que se entende por “dar em nada” e do que se espera quando milhares vão às ruas. Depende, em suma, do que se entende por e se espera do político. A política, pelo menos a que se vive cotidianamente nas ruas, é imprevisível, e o futuro é indisciplinado. Embora acredite que mudar a posição inicialmente irredutível e autoritária de alguns governantes e, por extensão, a de parte da polícia, e obrigar a mídia a adotar outro discurso seja suficientemente significativo, acredito também que há momentos em que o simples gesto já traz em si seu sentido e justificativa, independente do depois. Acho que vivemos nestes últimos dias um desses raros momentos, em que é preciso gritar, em alto e bom som, que ocupar as ruas não é crime, é um direito. E a isso se chama democracia.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Vereador perdeu? E agora?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Faz alguns dias, escrevi aqui um texto sobre o processo judicial que o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, João Carlos Gonçalves, moveu contra a professora Ana Vavassori. Numa das passagens do texto advertia para o perigo de que ele viesse a perder a causa e sair desmoralizado do episódio: afinal, o vereador é um servidor do cidadão e não é de bom tom sair por aí a processar o patrão-cidadão por dá cá uma palha.

Agora a sentença saiu e a queixa do vereador não teve provimento*. Mas além disso, o juiz Gustavo Marcos de Farias produziu um momento que pode ser considerado uma aula sobre a mais elementar democracia. E também uma chamada de atenção para que homens públicos aprendam a conviver com as críticas. É essa parte da mensagem da decisão que reproduzo aqui ipsis literis:

“In casu, a meu ver, na qualidade de Presidente da Câmara de Vereadores desta Cidade, o requerente assumiu cargo de notoriedade e de cunho político. Assim, entendo ser inerente a tal função maior tolerância a manifestações de pensamento de eleitores. Por certo esta tolerância não significa liberdade irrestrita do eleitor em expor seu pensamento, porquanto o direito de expressão tem limites: mérito da presente ação. No entanto, a pretensão liminar de proibição de exposição do pensamento da primeira ré e de dados que constam da fonte: Portal da Câmara de Vereadores de Joinville, não há como ser deferida porque, conforme já referido, um político deve tolerar com maior benevolência revoltas e inconformismos explanados através de críticas. Outrossim, inviável, no mundo dos fatos, a coibição total da circulação do comentário porquanto o ‘compartilhamento’ de outros usuários é natural na rede social em questão”. 

Fiquei a saber que ainda há a possibilidade de recurso. O que deixa o vereador numa saia ainda mais justa, como avisei no texto anterior. Se não recorre, fica comprovado que cometeu um erro político.  Se recorre, mesmo com a negativa inicial e as chances duvidosas de reverter a decisão, vai dar continuidade a um caso onde só tem a perder dinheiro e prestígio político.

Já disse que a Justiça não é a minha praia. Mas justiça é: o juiz apenas referendou o que a opinião pública já intuía. Democracia é uma coisa chata, né?


* pedido de antecipação de tutela

Joinvilense "nato" é argumento?

POR JORDI CASTAN

Virou lugar comum que, na hora de um debate, um ou mais interlocutores, carentes de bons argumentos, afirmem com veemência e sem que tenha a ver com o tema: "eu sou joinvilense nato".  O intuito dessa afirmação é claro. O objetivo é o de se colocar num patamar superior que os qualifique melhor frente aos outros debatedores, eventualmente não nascidos às margens dos outrora piscosos rios Mathias ou Cachoeira.

Antes me incomodava mais essa situação. Hoje, deixei de considerar que, na falta de bons argumentos e ideias, surja uma intempestiva declaração de origem. É como se a simples menção do local de nascimento agregasse valores ou qualificasse melhor a posição do orgulhoso joinvilense nato. Hoje, prefiro ignorar este tipo de argumentos e sou acometido de ataques de surdez seletiva.

Nascer aqui ou ali é algo fortuito. Os joinvilenses natos não fizeram nenhum esforço para nascer aqui, no distrito de Bananal, no Acre ou na longínqua Cochinchina. Portanto, a falta de argumentos não deve ser substituída por esse tipo de afirmações.

Boa parte dos que aqui moram, trabalham e prosperam não nasceu aqui. O mais provável é que, por  trás desse tipo de declarações, se oculte um certo complexo, que qualquer bom psicólogo saberia descrever com propriedade e de forma detalhada. Este é um tipo de situação comum, nos habitantes das vilas  interioranas, que desenvolvem um sentimento de defesa, frente aos que vieram de cidades maiores ou do exterior. Este suposto complexo é facilmente superado quando se passa a valorizar o que é local. A preservação dos valores autóctones, a promoção das virtudes que são típicas daqui e a capacidade de rir e fazer graça dos próprios defeitos é uma prova viva de como uma sociedade se vê a si mesma e de como se apresenta frente aos outros. É um indicador da vitalidade, da força e dos valores de cada sociedade.

Querer converter uma contingência de percurso, como o local de nascimento, numa qualidade diferenciadora e agregadora de valor raia a estultice quando esta identidade não vier acompanhada de valores próprios tangíveis, claramente reconhecidos por todos. Sem que a idiossincrasia joinvilense contribua a fazer desta terra um lugar objetivamente diferenciado e melhor que outros, a simples afirmação da sua existência não passaria de brado sem eco.

Sem que seja possível estabelecer critérios objetivos que provem, de forma inquestionável e verificável, a capacidade argumentativa superior dos que aqui nasceram é melhor investir fortemente em melhorar os argumentos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

"Quando a zona tá demais, conquistam-se direitos assim, no grito."

Fonte imagem

POR FERNANDA M. POMPERMAIER

E o gigante acordou.
Mas quando foi que ele dormiu?

Eu não vivi 29 anos num Brasil dormindo.
Vivi num país cheio de pessoas que lutam todos os dias para ter uma vida digna apesar das diversidades.
Vivi num país que buscava através do futebol, um patriotismo às vezes esquecido, alguns momentos de alegria, para alguns até sentido na vida.
Vivi num país com orgulho da sua música, da sua alegria, das suas poucas conquistas de direitos.
Vivi num país solidário, que pensa no outro, que divide, (em sua maioria).

Um país cheio de lutas mas também cheio de lutadores.

Esses protestos não surgiram do nada. Eles vêm de uma crescente. Eles são a expressão do saco cheio. Do desespero, da desesperança e ao mesmo tempo da esperança.
Foi demais.
Tudo foi demais.
Foi demais o descaso com a educação.
Foi demais o sucateamento dos hospitais.
Foram demais as notícias de corrupção, a impunidade, os impostos, o custo de vida, as tarifas de ônibus, a violência policial, a cura gay, a pec 37....
Esses protestos são o basta!

É ótimo que tenha sido iniciado com o MPL, mas não é mais só esse o motivo, desculpe-me Felipe.
Existem outras bandeiras junto e, é óbvio, que elas não sejam de partidos ou de reacionários. Que seja pelos direitos, que seja pacífica, e quer saber, eu entendo a opinião do Baço quando diz que protesto em jogo espanta turismo e faz mal para a imagem do Brasil lá fora, mas apóio. Infelizmente nós chegamos nesse nível, Baço. Abaixos assinados não resolvem, protestos com pequenos grupos não resolvem. Quando a classe média vai a um jogo pagando centenas de dinheiros e vaia a presidenta é porque algo vai realmente mal no país. É isso que está sendo mostrado, e que seja! Nós queremos um país bom pra turismo? Queremos sim. Mas especialmente queremos um Brasil para os brasileiros. E eu até tenho simpatia pela Dilma, não desejo impeachment de forma alguma. Até porque, muitas vezes muda-se a mosca, mas a merda fica. Tem muita gente pensando em benefício próprio no congresso, gente atrasada e preconceituosa. É pra essas o recado. Não subestimem mais o povo porque tudo tem limite.

No Tibet monges ateiam fogo aos seus próprios corpos pela libertação do seu povo. Não precisa ir tão longe, mas precisa sim ter coragem de incomodar. E em rede internacional se for preciso. E
olha que a imagem do Brasil aqui fora não está nem tão ruim quanto é na realidade. Desse lado pelo menos da Europa existe uma visão bem romântica do Brasil, da bossa nova, do carnaval, das praias, as pessoas nem imaginam o caos em que vivemos. Eu, em Joinville, fui assaltada 3 vezes à mão armada, tive o apartamento arrombado e nem sei quantas vezes levaram o som do carro. Isso não é normal.
Não é jeito de se viver.
Quando a zona tá demais, conquistam-se direitos assim, no grito. Infelizmente não conseguimos contar com o bom senso de quem está à nossa frente tomando decisões.

Repudio qualquer um que queira desmerecer os protestos. Dizer que demorou, que os motivos não estão certos, que isso não vai dar em nada.
Vai dar sim. Foi assim com as diretas já, foi assim para acabar com a ditadura. Se tem 1/2 dúzia de vândalos, se tem gente que está indo na onda, se tem alguns reaças infiltrados... nada deslegitima as manifestações, a revolta, a ação!

Cada vez que leio sobre os protestos ou assisto as passeatas, meu coração acelera, fico arrepiada, não consigo conter o choro, queria estar junto. Sofri muito assim que mudei por achar que estava dando as costas para as nossas lutas. Mas superei, vim ver o mundo sob outra perspectiva, aprender a viver e quem sabe levar isso de volta um dia. O Brasil está dentro de mim e isso nunca mudará e como eu, milhões de brasileiros que vivem fora (por inúmeros motivos) também demonstraram seu apoio. No fundo queremos todos o mesmo: um país melhor para todos. E isso se faz com investimento em educação, saúde, segurança, com respeito às diferenças, com bom senso.
É difícil se conter ao ver milhões de brasileiros nas ruas lutando por qualidade de vida e sendo alvejados por policiais coitados que não tem a menor noção do papel que estão cumprindo para manter o status quo.

Eu espero que o povo não páre. Que não sossegue enquanto não ver mudanças concretas.

Em Joinville inclusive e especialmente.
Temos muitas mudanças por fazer.
Toca o play e junte sua voz ao coro....

"Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear

Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir

Pra frente Brasil. Salve a Seleção!

POR GABRIELA SCHIEWE

E viva a Copa das Confederações!

A Excelentíssima Presidenta Dilma não sabe como agradecer seu antecessor por ter conquistado para o nosso país a realização das Copas.

E temos que tirar o chapéu, o futebol é capaz de emoções que nenhum outro esporte causa. Quando que a massa se uniria e sairia as ruas se não tivesse começado a Copa das Confederações?

A Seleção Canarinho avançando e o povo invadindo. Que maravilha esse é o meu país. Esse é o meu Brasil!

Gente, desculpa, mas não me sinto capaz de fazer qualquer afirmação a respeito dos protestos que tomaram ênfase com a Copa das Confederações. Até porque não é possível saber qual o real motivo que o povo saiu as ruas.

Aumento das passagens de ônibus foi o mote, ok! Mas é essa mesma a causa? E a consequência destes protestos?

Quem está lá protestando diz que é pelo aumento das passagens. Outros o gasto demasiado do dinheiro público na construção de estádios que sequer serão utilizados de maneira eficiente após o término da Copa do Mundo. Outros que é a violência das polícias. Outros que é a PEC 37. Outros a saúde. Outros a corrupção excessiva... Hummm, tá bom, cada um levantando uma bandeira e todos em busca do...?

Não sou contrária à realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, já declarei isso outras vezes. No entanto, sou contra sim em como os investimentos foram - e estão sendo - realizados aqui no Brasil para que esses eventos ocorram.

Construção de estádios em locais totalmente inapropriados, sem a menor chance de ser utilizado de forma efiza depois, é um despautério e requer protesto sim, mas agora????

Por que essa massa não fez todo esse barulho quando foram definidas as sedes e a construção dos estádios?????

Eu sou muito pé atrás com essas coisas, e costumo esperar mais tempo para acreditar no que se propõe qualquer protesto.

Esses protestos estão me parecendo, nesse momento, muito midiáticos, algo que foi aviltado por mentes pensantes e que não se encontram no poder neste momento, para acabar com a imagem da Dilma. Tudo muito orquestrado. Foi aguardado o momento para dar "start".

Hellooooo, aumentos de passagens não começaram agora, vem de tempos. Falta de educação? Bom, Santa Catarina está sendo um exemplo e não vejo nenhum grande movimento aqui. Seria porque não há construção de estádio na Bela Santa Catarina.

Por toda Santa Catarina há um grande e imenso silêncio. Ah tá aqui não vai ter jogo de Copa nenhuma então não precisa protesto, é isso?

Acho que o Brasil precisa acordar sim, #ogiganteacordou, mas tem que ter causa e consequência. Ficar só nas causas não rola.

Vai terminar Copa das Confederações, vai passar Copa do Mundo e aí, o que vai rolar nas urnas, seja no papel, na urna elotronica, na biometria, você vai votar e é aí que eu quero ver o que realmente motivou esses protestos e se eles tiveram uma consequência.

Bom, se o Brasil for campeão da Copa das Confederações fica tudo bem? Será?

E já pensou se for hexa? Eu quero ver, aí sim, o povo ir às ruas, ascender o Planalto e protestar pelo que realmente importa, pra acabar com esse monte de bolsa (e olha que nem é uma Chanel) que fica dando dinheiro pra malandro, de graça, enquanto toda essa quantia poderia estar sendo investida em medidas socio-educativas de base, isso sim iria melhorar a qualidade de vida no país, mas aí não da voto não é. Quero ver a Dilma ser macha e acabar com essas trocentas bolsas de tudo que é ajuda que existe hoje.

A Copa não vai deixar de se realizar, já os protestos, bom, espero que não seja fogo de palha e realmente tenham causa e consequência.

E, quem sabe, se não fosse a Seleção, #ogigantecontinuariaadormecido.

Pra frente Brasil, Salve a Seleção!