domingo, 6 de novembro de 2011

Policial que prende policial

POR ET BARTHES

Um policial prendendo outro policial? Foi o que aconteceu na Florida (EUA), quando o oficial de polícia Fausto López acabou preso por condução perigosa. E a autora da prisão foi uma patrulheira rodoviária. O infrator chegou a ultrapassar os 190 km/h e ignorou as insistentes ordens para parar o carro. Mas não adiantou. Teve que obedecer e, sob a ameaça de arma, acabou algemado e em cana.

sábado, 5 de novembro de 2011

Eu não tenho preconceito, mas...


POR GUILHERME GASSENFERTH

Há algumas semanas eu assistia a uma palestra sobre um tema interessante. Num dado momento, o palestrante fez o célebre prelúdio que sempre me deixa preocupado: “eu não sou homofóbico, mas...”. Esta introdução invariavelmente indica que uma assertiva preconceituosa está por vir. Para compreender melhor, é possível substituir a palavra homofóbico por racista, por exemplo. O comentário que vem a seguir provavelmente será preconceituoso. Afinal, alguém já viu uma pessoa não ser chata após dizer “não quero ser chato, mas...”?

Este preâmbulo que o palestrante em questão usou reflete uma dicotomia em nossa sociedade. É sabido que o preconceito e a discriminação são condenáveis, negativos, indesejados, mas por outro lado, ainda assim, vigem no pensamento e sentimento de muitos. Quando ele se justifica dizendo que não é homofóbico, é porque entende que sê-lo não é algo essencialmente bom. Se assim não fosse, não precisaria dizê-lo, pois a sua vindoura frase de teor homofóbico seria bem aceita pelos receptores da mensagem. Talvez apresente justificativa prévia para inconscientemente livrar-se da culpa pelo que vai falar. Mas mesmo assim ele vai adiante e diz o que pensa. Nestes casos, é o próprio porco que joga as pérolas.

Na mesma linha dos que dizem não ser homofóbicos, mas assim agem, estão os que “não tem nada contra, mas só não gostam dos afeminados.” Tenho muitos amigos e conhecidos que comentam comigo: “nada tenho contra você, você é meu amigo, mas não gosto das ‘bichinhas’”. Isto é medíocre e precisa ser extinto. É claro: quando não se é diferente, não há choque. Individualmente, nunca fui vítima de discriminação. Como não sou afeminado e insiro-me num estrato visto como ‘normal’ pela sociedade, em aspectos sociais, culturais, econômicos, profissionais etc., as pessoas não vêem em mim alguém diferente. É mais do mesmo, com a exceção do comportamento sexual e afetivo, mas que geralmente é praticado à luz da intimidade. O verdadeiro ser desprovido de preconceito é o que tem amizades com quem quer que seja, e usa como único critério as afinidades intelectuais, pouco lhe importando o modo de falar, vestir-se ou gesticular do amigo.

A homofobia só faz uma sociedade mais doente e injusta. É reprovável por todos os ângulos, sob todos os prismas, e deve, por isso, ser combatida, inclusive com a devida positivação legal.

Rogo a todos que considerem que diferentes pessoas, com diferentes credos, diferentes etnias e diferentes orientações sexuais são todas peças do complexo quebra-cabeças que é a sociedade e, portanto, devem ser não só toleradas, incluídas e respeitadas, mas trazidas ao bojo da igualdade que norteia uma convivência saudável e feliz.

Por fim, quero compartilhar: interessante pesquisa conduzida pela Universidade da Geórgia dividiu criteriosamente homens em grupos “homofóbicos” e “não-homofóbicos” e expôs os grupos a três vídeos de sexo: entre dois homens, entre um homem e uma mulher e entre duas mulheres. Apenas o grupo dos homofóbicos apresentou excitação durante a exibição do vídeo gay. Hm... Deixo esta conclusão por conta de cada um.

Guilherme A. Heinemann Gassenferth é empresário, envolvido com causas sociais e ativismo LGBTT e especialista em Gestão de Organizações do Terceiro Setor pela PUC PR.

Está escrito

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Chuva Ácida na Rádio Udesc

Na semana passada, Jordi e eu (Felipe) estivemos no programa Conversa e Poesia, da Rádio Udesc Joinville, para falar sobre o blog Chuva Ácida, a convite do jornalista Eduardo Schmitz. A conversa foi bem legal e eu, inclusive, conheci o Jordi pessoalmente. Quem quiser ouvir e conferir, é só clicar no play ali embaixo. Pode comentar depois.

A viagem do prefeito Carlito a Europa


Por JORDI CASTAN

Preparei para quinta feira, um texto sobre a fixação que alguns têm com a Europa.  Adiantei uma parte dele para hoje. 


Quando se trata de políticos então a Europa parece a Meca de tudo o que há de bom é de melhor. No tema urbanismo, desenvolvimento sustentável, qualidade de vida parece que não tem outro lugar como Europa, nem pensar em viajar para Colômbia  Peru, Chile ou Bolívia. Achamos que somos tão superiores aos nossos vizinhos que nada temos a aprender deles.

Depois de uma viagem de uma semana o prefeito e a sua comitiva voltaram cheios de idéias, de novidades e principalmente de certezas. Numa visita de um dia, em apenas algumas horas, um tema tão complexo e que tem na Europa tantos detratores, como é o da incineração do lixo, se converte na panacéia para resolver o problema do lixo de Joinville. Imagino como deve ter sido de boa e produtiva a visita para que o prefeito Carlito tenha ficado tão empolgado. Ficou a duvida sobre que outros sistemas de tratamento e disposição de lixo foram visitados e o nível de analise técnico que foi feito para já ter tomado uma decisão. Lembrei inclusive de uns certos caminhões adquiridos no governo Paulo Afonso que tinham como objetivo ser a solução definitiva para incinerar o lixo hospitalar e que nunca entraram em funcionamento e apodrecem ou já apodreceram num estacionamento da capital.

 Temos que reconhecer que esta semana na Europa deve ter sido de uma intensidade tal que grandes decisões mudaram a nossa Joinville para sempre. Foi sem duvida uma semana decisiva para o futuro da cidade. Inclusive a idéia de priorizar o transporte coletivo e as bicicletas é outra novidade trazida da Europa que fará muito bem a Joinville. Imagino o que poderia ter sido deste governo se esta viagem tivesse se realizado no primeiro semestre de 2009. 

Acho ainda que a fixação com Europa de uns, e a fixação com os europeus, de outros é desmedida e exagerada.