POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um dia destes acompanhei uma pendenga política
nas redes sociais. Um ciclista denunciou que teria batido contra um cavalete de
um candidato a vereador. E o resultado foram algumas lesões leves (se bem que a
foto publicada parece meio mandrake – mas isso só os laboratórios do
CSI poderão dizer).
Sobre o episódio da queda, só posso dizer uma
coisa. O ciclista deve ser um tremendo barbeiro ou então é o Mr. Magoo sobre rodas. Porque das duas uma: o cara não sabe andar de bicicleta ou então é mais
cego que um morcego, porque é impossível não ver um cavalete daquele tamanho,
mesmo que não estivesse num lugar adequado.
Mas isso não é o mais importante no episódio.
A questão que se põe é a lógica dos candidatos que investem nesse tipo de
divulgação. Porque até agora não vi ninguém a falar bem dessa forma de
publicidade. Pelo contrário, o índice de rejeição dos tais cavaletes parece ser
quase uma unanimidade.
O problema é que tudo isso revela desconhecimento
de mídias alternativas, mais eficientes e modernas. Não preciso ir longe para
sugerir uma solução que substitui com vantagens os tais cavaletes: os media
walkers. Não vou descrever como funciona em detalhes (o leitor pode ver no
filme), mas são painéis que as pessoas levam nas costas.
De fato, o sistema é uma versão moderna do
conceito dos históricos homens-sanduíche. É uma solução mais ecológica, móvel e
interativa. E, fundamentalmente, pode gerar emprego para quem percorre os
lugares de interesse levando a mensagem do candidato. Ou seja, não há poluição,
não atrapalha a vida das pessoas (em especial dos ciclistas) e, dependendo do
número de pessoas utilizada, cria uma mancha publicitária interessante.
E teria uma vantagem: num momento em que
ninguém ainda recorreu a este tipo de mídia, pelo fato de ser novidade seria um
investimento com elevado índice de awareness. Simples assim.
P.S.: É claro que há outras soluções. Mas apenas pensei na maneira mais fácil e rápida de substituir os cavaletes.