sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Para acabar com os cavaletes na campanha


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um dia destes acompanhei uma pendenga política nas redes sociais. Um ciclista denunciou que teria batido contra um cavalete de um candidato a vereador. E o resultado foram algumas lesões leves (se bem que a foto publicada parece meio mandrake – mas isso só os laboratórios do CSI poderão dizer).

Sobre o episódio da queda, só posso dizer uma coisa. O ciclista deve ser um tremendo barbeiro ou então é o Mr. Magoo sobre rodas. Porque das duas uma: o cara não sabe andar de bicicleta ou então é mais cego que um morcego, porque é impossível não ver um cavalete daquele tamanho, mesmo que não estivesse num lugar adequado.

Mas isso não é o mais importante no episódio. A questão que se põe é a lógica dos candidatos que investem nesse tipo de divulgação. Porque até agora não vi ninguém a falar bem dessa forma de publicidade. Pelo contrário, o índice de rejeição dos tais cavaletes parece ser quase uma unanimidade.

O problema é que tudo isso revela desconhecimento de mídias alternativas, mais eficientes e modernas. Não preciso ir longe para sugerir uma solução que substitui com vantagens os tais cavaletes: os media walkers. Não vou descrever como funciona em detalhes (o leitor pode ver no filme), mas são painéis que as pessoas levam nas costas.

De fato, o sistema é uma versão moderna do conceito dos históricos homens-sanduíche. É uma solução mais ecológica, móvel e interativa. E, fundamentalmente, pode gerar emprego para quem percorre os lugares de interesse levando a mensagem do candidato. Ou seja, não há poluição, não atrapalha a vida das pessoas (em especial dos ciclistas) e, dependendo do número de pessoas utilizada, cria uma mancha publicitária interessante.

E teria uma vantagem: num momento em que ninguém ainda recorreu a este tipo de mídia, pelo fato de ser novidade seria um investimento com elevado índice de awareness. Simples assim.

P.S.: É claro que há outras soluções. Mas apenas pensei na maneira mais fácil e rápida de substituir os cavaletes.





Encontro do Coletivo Chuva


Coluna social - Foi nesta semana o encontro analógico dos membros do Coletivo Chuva, em pauta avaliar as ações do coletivo, celebrar os índices de audiência e lamentar a ausência do Sandro (Cão Tarado) e do José António Baço (Além mar).

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Holandês constrói Arca de Noé


POR ET BARTHES
Em 1992, o milionário religioso holandês Jahn Huibers teve um pesadelo: o aquecimento global derreteu o gelo das regiões polares e ele acabou sendo levado pelas águas (compreensível para um cara que vive nos Países Baixos). E no dia seguinte tomou uma decisão: construir uma Arca de Noé. Parece que construiu uma menor, mas não ficou satisfeito. E agora finalmente tem uma réplica exata da arca, que exigiu investimentos de US$ 1,6 milhão.


Clarikennedy e o clássico "empurrando com a barriga"

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Já que poucas propostas aparecem, e a campanha se vê dominada por acusações do passado (até criminal) de alguns candidatos, vamos falar daquelas propostas que já estamos cansados de ouvir e que novamente aparecerão em 2012. E algumas destas vêm do deputado estadual (e candidato pela terceira vez) Clarikennedy Nunes, do PSD, quando ele assume que o sistema público é problemático e transfere o cidadão para a iniciativa privada, através do "cheque consulta" ou do "vale creche", propostas que ele carrega ao longo de sua trajetória.

Vale a pena lembrar, antes de continuar este texto, de que sou a favor de um Estado forte, provedor das necessidades básicas da população, garantindo todos os direitos fundamentais presentes na Constituição, como no caso da saúde e da educação. Existem várias visões acerca deste tema, mas faço questão de opinar em relação a minha, a qual mudou muito ao longo dos anos, confesso.

A partir do momento em que um candidato a prefeito assume como proposta a transferência das soluções para a iniciativa privada, ele corrobora que não conseguirá resolver os atuais problemas inerentes à prefeitura. Se não há a possibilidade de gerenciar de forma eficiente o atendimento, a solução é "comprar vagas" do setor privado, pois lá se tem a ideia de que "as coisas funcionam". Entretanto, qual a função de um prefeito? Resolver os problemas e criar novas soluções para a gestão pública, ou "empurrar com a barriga" e transferir as soluções, com vistas a um discurso demagógico de que "não importa como, mas o cidadão está com seu problema resolvido"?

Compreendo que o cidadão terá o seu atendimento efetuado, ou o seu filho na creche, seja estas políticas forem implementadas. O setor privado pode resolver as situações com uma agilidade incomparável em relação ao público. O Estado burocrata deixa creches serem interditadas, ou ainda, faltar água quente nos chuveiros dos hospitais. Porém, como cidadãos, não podemos aceitar nem o clientelismo das propostas dos candidatos, muitos menos as ineficiências da gestão pública. A grande carga de impostos serve para a implementação de políticas que atendam a todos, e não para ficar transferindo recursos financeiros, em uma espécie de "terceirização" dos serviços.

Desta maneira, votando em candidatos que proliferam este discurso, estaremos colaborando para a continuidade do sucateamento das ações públicas, olhando apenas para a ponta do iceberg. O que adianta, por exemplo, comprar uma vaga em creche particular, se a criança, quando crescer, entrará em uma escola pública sem qualidade? Ou dar uma consulta para o cidadão em um consultório privado e jogá-lo na fila de espera do SUS para uma cirurgia? Podemos assumir que o mercado controla tudo e não precisamos mais de representantes (sonho de todo o liberalismo), ou daremos importância às ações de melhoria da "coisa pública", com representantes que assumam o compromisso de melhora. Esta leitura é necessária para todas as propostas que aparecem, caro eleitor!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Te cuida Gustavo Lima...


A torcida, desta vez, recebeu os aplausos!

JEC - Dá gosto recordar. Sábado, 4 de agosto de 2012, com certeza entrou para história do tricolor joinvilense, na vitória por 3 x 1 sobre o Criciúma. O amarelo brilhou, mas foi o sol no céu de brigadeiro que coroou o espetáculo dentro e extra-campo. Pois nesse dia as únicas cores que se permitia tingir a nobre tela eram o vermelho, preto e branco. A torcida apaixonada do JEC, que mais uma vez o reverenciou e, desta vez com o estupendo "bandeirão", foi aplaudida e, com uma partida divina foi presenteada pelo time que faz o seu coração bater forte, palpitar. A sensação do torcedor presente,foi uma das raras que não permite descrever, as palavras se tornam obsoletas, o brilho do olhar, o sorriso escrachado e o sentimento de cada um é o que ficou deste dia. Parabéns, Joinville Esporte Clube, absorto no mais puro espírito esportivo, em campo, agradeceu à sua torcida!

OLIMPÍADAS - Brasil emplacou, até que enfim, mais um ouro, com Arthur Zanetti, nas argolas, fazendo história, se tratando da primeira medalha olímpica na ginástica artística. O que me chamou atenção nas entrevistas dele foi sempre exaltar o preparo psicológico (fator preponderante e que a maioria dos nossos atletas não encara como parte do treinamento). O vôlei feminino, numa batalha atroz com as russas, passou para fase semi-final. Maurren Maggi, mais uma das grandes apostas, não ficou sequer entre as 12 melhores. Mas demonstrou o seu caráter quando frisou que não havia nenhuma lesão, o fato foi que não conseguiu. Futebol na final, será que dessa vez vai??? Arribaaaa!

NO CHUVEIRINHO - E neste sábado a Arena irá se curvar a justiça joinvilense para celebrar o dia 11 de agosto, num jogo comemorativo ao Dia do Advogado, entre o time dos Advogados "em face" do time de Juízes/MP. O jogo, marcado para as 10 horas, será aberto ao público. Que cada um defenda a sua causa e atue com determinação no ataque!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Corrupção e honestidade [2]

POR JORDI CASTAN



Nem bem o post do Chuva Ácida tinha entrado no ar e o jornal A Notícia publica a informação de que o PSDC diz ter havido um acordo envolvendo o pagamento de R$ 9.500 parcelados para que o partido apoiasse o PT em Joinville. Depois de feito um primeiro pagamento, pelo PT,  de R$ 2.000, e não tendo sido confirmadas as demais partes do acordo, o PSDC devolveu o dinheiro ao PT. E passou a tomar parte da coligação liderada pelo PMDB, partido que, a acreditar no candidato Osvaldo Darú (PSDC), teria cumprido o acordo, fazendo os pagamentos previstos. Não parece, portanto, que este apoio seja resultado de uma ação altruísta, o que leva a supor que possa também neste caso havido um estímulo pecuniário.

À luz destas informações, que tem como fonte o próprio presidente do PSDC e candidato a vereador Osvaldo Darú - ele confirma que fez o acordo, recebeu o dinheiro e depois devolveu o dinheiro recebido para se aliar a outra coligação - o nível de honestidade da campanha eleitoral em Joinville e dos seus principais candidatos desceu um degrau mais.

Duas informações merecem destaque e comentário. Os valores envolvidos para convencer a determinados partidos a se aliarem a outros: negociar o apoio de uma sigla partidária por R$ 9.500 em quatro parcelas. E ainda fazê-lo com o PSDC, um dos partidos que oficialmente compôs a coligação liderada pelo PSDB que tem a Marco Tebaldi como candidato. Em resumo: o mesmo partido fez e desfez alianças e jurou fidelidade e amor eterno no mínimo a três dos candidatos em disputa. Um forte indicador de a quanto anda a credibilidade e o valor de determinados partidos e políticos e mostra claramente que a possibilidade de que o próximo prefeito de Joinville seja honesto é menor ainda que o previsto no post anterior.

Protesto contra casamento gay é fogo

ET BARTHES
Numa atitude arriscada - afinal, os prejuízos podem ser muitos - a General Mills, fabricante de produtos como Cheerios e Yoplait, decidiu dar apoio explícito ao casamento gay. E logo teve gente a reclamar. Como o sujeito desse filme, que foi fazer um protesto. Só que a coisa não correu muito bem. Sobrou vontade de protestar, faltou inteligência.




Corrupção e honestidade


POR JORDI CASTAN

Há os que insistem em tergiversar a verdade tentando nos fazer acreditar que entre os cinco candidatos a prefeito de Joinville só há um que é honesto. Insinuam, na sua lógica retorcida, que os outros não o são. E, a partir desta inverdade, elaboram o fantástico raciocínio que há só uma opção para escolher: o honesto.

Primeiro que, entre os candidatos, há mais de um que é aparentemente é honesto - o que quer dizer que se a minha opção for por votar por alguém honesto, parece que teria mais de uma opção. É verdade que há candidatos que, de acordo com todos os indícios, não o são. É uma pena que o Brasil como país e a sua sociedade como um todo insistam em conviver de forma tão promíscua com a corrupção. O país teve a oportunidade de afastar de uma vez todos os políticos que tinham pendências com a justiça. Uma oportunidade única de fazer uma faxina e permitir que uma nova geração pudesse chegar à política e iniciar um processo de mudança.

Particularmente não ponho a mão no fogo por ninguém. Só minha família mais próxima entra neste grupo restrito. Com relação aos outros, todas as vezes que o fiz acabei com queimaduras de maior ou menor gravidade. Em se tratando de políticos o risco é elevado demais. Ainda que seja obrigado a acreditar que em tese a maioria dos candidatos nestas eleições é absoluta e totalmente honesta, no fundo tenho a certeza que a maioria não o seja tanto. E entre os que eventualmente venham a se eleger, o número daqueles que continuarão honestos até o fim do seu mandato podem ser contados com os dedos de uma orelha.

Entramos aí no perigoso terreno de tentar medir a honestidade. Os paladinos do candidato honesto logo vão começar a dizer que o seu candidato pode ser considerado totalmente honesto. Caso insistam em defender a honestidade absoluta e a pureza virginal do seu candidato, eu acharia que ou bem enlouqueceram ou estão brincando. Como a ironia não é algo que este grupo domine, a possibilidade maior será a primeira. 


A segunda linha de raciocínio é absolutamente perversa e tem sido usada muito neste país e em Joinville na última década. Como ninguém é honesto, a desonestidade é um estado natural e se alguém hoje se corrompe o faz porque também os outros o fizeram anteriormente. Uma forma de tentar fazer desta sem-vergonhice uma prática socialmente aceita e por tanto perdoável.

Quando o Brasil inicia a trancos e barrancos o julgamento do mensalão, os cidadãos acompanham atônitos as manobras para inocentar, fazer prescrever ou negar o que foi a institucionalização da corrupção no governo. Seria importante que a sociedade não votasse em candidatos corruptos, condenados ou não. O ideal seria ainda que o eleitor escolhesse não só aqueles que fossem honestos, também preferissem aqueles que parecessem honestos. E no caso dos nossos cinco candidatos o quadro se reduz muito.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Romney, você é um racista!

ET BARTHES
A democracia tem dessas coisas. Mitt Romney foi a Nova Iorque - reduto tradicionalmente democrata - e teve que aguentar esta manifestante, que sozinha fez o maior barulho, aos gritos de "Mitt Romney você é um racista".  E a mulher não cansava...