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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Nos fios da teia #5












POR SALVADOR NETO


Ano novo, novos momentos? Não, não... Vem aí a guerra eleitoral, e não faltará munição para todos os lados. Vamos a mais fios da teia:

E a saúde, óoo – Hospital com 74 pacientes internados acima da capacidade de apenas 27 leitos no pronto socorro e aproximadamente mais 20 encontravam-se em observação. Além disso, o ar-condicionado do posto de enfermagem e o da sala de emergência de apoio estavam estragados e apenas um banheiro estava em condições de ser utilizado pelos pacientes. Aonde está acontecendo isso? Em Joinville, na gestão do homem da saúde, o prefeito Udo Döhler.

E a saúde, óoo 2 – A gestão do PMDB na Prefeitura de Joinville não gosta que toquem neste assunto incomodo, mas não dá para esquecer. Udo foi eleito com base na experiência como gestor (??), um entendido em saúde por estar a frente de um hospital há 40 anos, e por repetir exaustivamente em 2012: “Não falta dinheiro, falta gestão”. Além do caos no querido Hospital São José, tocado obstinadamente por servidores dedicados, continuam a faltar remédios básicos nos postos de saúde. Literalmente uma vergonha.

Buracos e Z(y)icas – A invasão de buracos nas ruas da maior cidade catarinense já virou até piada nos bairros e em redes sociais. Enquanto a Prefeitura de Udo Döhler diz que luta contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti que passa o Zyca Virus, dengue e outras doenças graves para a população, o povão que sofre com a buraqueira já disse que a casa dos mosquitos agora está também nos buracos  das ruas, onde a água parada é o habitat preferido do mosquito. Isso sem deixar de lembrar da matagueira em praças, ruas e terrenos. Aliás, os buracos já fizeram vítimas fatais com queda das “zicas”, como o joinvilense chama as bicicletas.

Um “Rey” na Câmara – Sucupira é aqui. Não bastasse a pífia gestão municipal, ou seja, do executivo, a gestão no legislativo também não deixa por menos. Depois das catracas milionárias, reformas no prédio com acusações de favorecimentos, iniciamos o ano de 2016 com a estrondosa visita de Doctor Rey, um cirurgião plástico que ganha a vida como apresentador fashion. Os nobres vereadores, parte deles claro, dedicaram seu tempo para recebe-lo e tieta-lo, claro. As fotos viraram chacota, e geraram revolta. O povo não os ve fiscalizando o abandono da cidade, mas pra fotinho com Doctor Rey... E viva Joinville!

Eleições – O eleitor imagina que a eleição só começa em setembro, outubro. Mas não. Os bastidores para as eleições municipais em Joinville fervem. Os prefeituráveis até o momento são: Udo Döhler (PMDB), que busca ser reeleito, Dr. Xuxo (PP), Darci de Matos (PSD), Carlito Merss (PT), Marco Tebaldi (PSDB) que será obrigado a ir após a desistência de Ivandro de Souza, Rodrigo Bornholdt (PDT) e Ivan Rocha (PSOL). Sete postulantes que correm sofregamente atrás de partidos menores, e candidatos a vereadores, para fechar coligações. Pelo andar da carruagem serão todos contra Udo.

Eleições 2  – Outra corrida nos bastidores é por vices ideais. Rumores dão conta de troca-troca de partidos para que alianças sejam fechadas entre os partidos. Tudo para a busca de tempo de tv, e claro, vices mais simpáticos e populares em alguns casos. Como há tempo até o final de março para filiações partidárias e trocas de partidos, o sururu é grande em partidos como o PDT, PPS, PSD, PP, PTB, DEM, menos no PT. Lá o desgaste vindo do massacre midiático vindo pela operação Lava Jato dificulta até formação de chapa para vereadores, que dirá para vice.

Brasília em tensão – A volta das atividades no Congresso Nacional marca uma retomada da temperatura política, arrefecida com o recesso das festas de final de ano. Dilma trocou o ministro da Fazenda, conforme adiantado aqui na última coluna “Nos fios da teia #4) para dar um novo ritmo e motivação à economia. Até agora nada andou. A espetacularização da operação Lava Jato indica que a guerra entre oposição/mídia e governo não vai reduzir, o que faz muito mal ao país. 

Brasília em tensão 2 - E na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha manobra para não perder a cabeça, tentando articular para que o PMDB vote pela abertura do impeachment. E Temer? Bom, Temer tenta salvar seu poder a frente do PMDB, ameaçado por Renan Calheiros, presidente do Senado. Temer percorre o país pedindo votos dos seus deputados federais e senadores. Aliás, esteve em Santa Catarina ontem (28) ao lado de Mauro Mariani, presidente do PMDB e seu aliado no PMDB. Briga de cachorro grande. Enquanto isso quem sofre é o trabalhador.


É assim, os fios da teia nas teias do poder...