POR JORDI CASTAN
O prefeito se elegeu com o mote de que não faltava dinheiro, que o problema de Joinville era a falta de gestão. O eleitor foi facilmente levado a fazer a ligação entre a figura do empresário de sucesso e a necessidade de alguém que fizesse uma boa gestão.Três anos depois, as ruas de Joinville parecem uma praça de guerra. Em alguns pontos os buracos parecem crateras. Praças e espaços verdes estão abandonadas. As filas na saúde continuam escandalosas e só não estão pior pela intervenção do MPSC. Fornecedores recebem os pagamentos com atraso, em alguns casos quase meio ano. E o secretário de Infraestrutura admite publicamente que não há recursos para os programas de pavimentação comunitária.
O discurso ufanista da época de campanha deixou lugar a dura realidade do dia a dia. O joinvilense descobre que se não falta dinheiro o que falta mesmo é gestão. E se mostra cada dia mais irritado, porque se sente enganado. Se houvesse um Código de Defesa do Eleitor, muitos joinvilenses estariam neste momento pedindo o seu voto de volta. O discurso de que a prefeitura comprava mal e pagava caro, porque no pagava em dia continua atual. Os problemas na área da saúde tampouco se resolvem.
As metas divulgadas no fantasioso Plano 15 nunca saíram do papel. E a situação não é mais grave porque não faltam recursos para publicidade e a imprensa tradicional. É sensível a generosidade e responde com tanta amabilidade que radialistas e jornais publicam na integra o material produzido pela Secom (Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal), que apresenta diariamente uma imagem idílica e fantasiosa de Joinville.
Na Joinville das Maravilhas se gerenciam com tanta eficiência os problemas que a solução para resolver a falta de vagas nos CEIs é típica desta gestão tecnocrática. Reduzir o horário, acabar com o turno integral e deixar desatendidas as mães que trabalham. Neste quesito faltou além de gestão, planejamento. É difícil encontrar um único aspecto em que esta administração possa deixar saudades.
Em tempo e para que não tudo sejam criticas. Ouve-se que nos próximos dias a Associação Joinvilense dos Borracheiros autônomos homenageará, no seu baile de gala, o prefeito municipal, O presidente da Associação, Negão da Borracharia, personagem conhecido das redes sociais, declarou recentemente que "nunca na historia de Joinville furou tanto pneu e nunca as borracharias faturaram tanto".
Pensando bem, as homenagens não devem ficar só nessa. E faço a sugestão. Que tal a Associação dos fabricantes e revendedores de amortecedores deve nomear o Prefeito Udo Dohler seu presidente de honra e fazer-lhe entrega da comenda "Amortecedor de ouro" pela sua contribuição ao desenvolvimento do setor?
Pergunta honesta: dentre os prefeituraveis listados, qual merecerá seu voto?
ResponderExcluirSeria este o primeiro Prefeito que não cumpriu todas as promessas de campanha? Se achas que sim, tens a memória muito curta.
ResponderExcluirQue tal o único que não cumpriu nenhuma?
ExcluirMuitos eleitores pensavam que o atual prefeito seria um novo Freitag, já que ambos tiveram sucesso na vida empresarial. Só esquecemos de uma coisa, o Freitag começou uma empresa do nada, já o atual prefeito nasceu quando a empresa de sua família já possuía 60 anos. Claro que ele tem méritos e são muitos, pois ampliou e internacionalizou uma empresa familiar. Mas o Freitag com seus sócios começaram uma empresa do nada e construíram uma empresa que, no Brasil, virou sinônimo de geladeira.
ResponderExcluirJuarez
ExcluirComparar Udo Dohler com Wittich Freitag é como comparar alhos e bugalhos. Em comum só o sobrenome alemão.
As suas biografias empresariais são incomparaveis, um era um empreendedor, o outro não.