segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Começou 2014. Acabou a lua de mel?

POR JORDI CASTAN


E há mudanças no ar. Para quem esperava que a lua de mel fosse eterna, o mais provável é que seja eterna só enquanto dure.
Os buracos nas ruas são notícia destacada na imprensa local, com direito a página dupla. As manifestações contra um novo aumento da passagem de ônibus, de novo acima da inflação, tomam as ruas centrais e as imagens de pneus queimando, até a pouco vistas só em bairros da periferia longínqua, agora estão na capa do maior jornal de Joinville. Os primeiros dados apresentados, depois de 365 dias de gestão, não são para orgulhar a nenhum administrador.

Emblemáticos os números do asfalto, para quem prometeu, na campanha, asfaltar 300 km em quatro anos de gestão, o primeiro ano, que corresponde a um quarto, só executou 5,3 km, menos de 10% dos 75 km anuais projetados para poder cumprir as promessas. Não faltarão comentários de comissionados e simpatizantes a dizer que ainda é cedo, que a herança maldita do governo anterior, que blablablá. Que nos próximos anos serão executados os quilômetros que não o foram este ano. A chuva, o sol, o frio, qualquer escusa é boa. Já se sabe que quem não faz sempre acha escusas.

Se o prefeito acreditava que seria facil, é provável que já tenha mudado de opinião. A melhor prova que não é só a população quem esta começando a perder a paciência. É que antes mesmo das ferias o prefeito já anunciou que fará ajustes na sua equipe. A notícia reforça a velha máxima de que em time que esta ganhando não se mexe. Se mexe é porque não esta satisfeito com o resultado.

É bom que a sociedade esteja atenta, fique mais crítica e não se deixe iludir pelo discurso fácil. E em ano de eleições para governador e para presidente é bom saber identificar o que é possível fazer e o que é só discurso de candidato, quem sabe se aos poucos o eleitor começa a ficar esperto e deixa de ser iludido.

Em tempo, alguém pode explicar a historia dos funcionários das subprefeituras que o prefeito flagrou trabalhando "pouco". A notícia foi que o prefeito visitou as subprefeituras, sem avisar, quer dizer sem banda, batedores e dezenas de assessores, para verificar como andam as coisas por lá. Já sabemos que o prefeito tampouco anda muito satisfeito com o desempenho das ditas subprefeituras e quis ver "in loco."

Encontrou gente esperando bater o sinal para ir embora, algo que pode não ser tão frequente na iniciativa privada, mas que tambén existe por lá. Alguém teve a ideia genial de dar um "prêmio" ou um "incentivo" a estes funcionários para que façam o que deveriam fazer: trabalhar e cumprir o horário estabelecido. Tem mas línguas insinuando que a ideia partiu do próprio prefeito. Algo impensável para quem o conhece, dar prêmio para fazer o que é obrigação, não parece muito do seu estilo. Mas seguro que eu não devo ter entendido e por isso peço que alguém possa explicar melhor.

19 comentários:

  1. Bom, basta ser honesto e admitir que não cumprirá a promessa. Para mim é o suficiente para continuar com a fama de honesto. Agora, bom prefeito não seria, não é e não será. Isto era um fato que os integrantes deste blog não viram quando o apoiaram. Repito o que digo: Mais fácil manobrar um demagogo populista que um empresário altruísta.

    NelsonJoi@bol.com.br

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  2. Que bom se todas as administrações municipais de Jlle que antecederam ao do Udo também tivessem o mesmo empenho no policiamento das ações públicas que esta tem. Senti falta das críticas do Jordi na administração do Carlito.

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    1. Mari,
      Com certeza você não estava por aqui. Se estivesse não teria sentido a falta das minhas criticas a administração do Carlito.

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  3. Poderia dar o prêmio Udominion de produtividade!

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  4. Mas o prefeito é um "excelente" empresário com certeza irá administrar bem a prefeitura. #ironic mode on

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  5. Ele fez isso para os Médicos também. Se chama Gratificação por produtividade (GRAPDEM). Um incentivo para os médicos virem trabalhar e fazer seu serviço, atendendo as pessoas, já que o salário é pago, atendendo ou não.

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  6. Não me surpreendo com a má gestão.

    Não chega a ser pior que as anteriores, mas ainda está bem ruim. O fato é que se as pessoas não se mexerem um pouco, nada vai melhorar.

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  7. Dizem por aí que os salários de coordenadores, que é o que "sobrou" para os apadrinhados políticos das sub-prefeituras, não eram tão atraentes como os de puxa-sacos na Câmara, daí um extra para ajudar no cafezinho do pessoal...

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  8. O prefeito se elegeu com o mote de choque de gestão. Até agora o que se viu foi aumento do ISS dos autônomos, aumento do imposto de transmissão de bens e promessa de aumento real do IPTU ano que vem. Assim até minha vózinha administra. Um ano decepcionante. As filas no ambulatório do HMSJ aumentaram, ausência de pediatras nos PAs nos feriados de natal e ano novo, diminuição das cirurgia eletivas. Isto só na saúde. Não esquecendo das ciclofarsas e buraqueira nas ruas.Reajuste das passagens de ônibus ao apagar das luzes de 2013 foi ato de malandro pouco escolado. Decepção. Será que não seria melhor com o pastor demagogo ?

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  9. A abertura da rua Timbó finalmente saiu do papel, depois de 3 anos que o Carlito não conseguia fechar um buraco. Hoje temos mais um binário (ou ternário??) para desafogar o trânsito.
    A Casa da Cultura e a Biblioteca Pública finalmente foram reabertas.
    As escolas municipais estão sendo reformadas.
    Concordo que ainda falta muito, mas o mínimo que ele poderia ter feito em 1 ano ele fez. E olha que nem foi aquilo tudo. Mas comparando com o antecessor, bastou tirar um pouquinho a bunda da cadeira e ir trabalhar.

    Pelo menos ele não está aí reclamando da "herança maldita" do governo anterior.

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    1. "Comparando com o antecessor" o Udo foi muito peido para pouca bosta, podia ter deixado como tava, porque para mim agora ta pior.

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    2. Tudo o que falou André começou lá atrás e só precisou dar continuidade com um pouco mais de decisão. De novo mesmo este governo não iniciou nada nada ainda, nem a lição de casa que é tapar buracos, nem licitações novas pois a maioria dos contratos é da gestão passada na base de aditivos.

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  10. Eu sou doente renal crônico, na gestão PT eu ia bem cedinho marcar consulta de retorno e se não conseguise vaga no mesmo dia tinha vaga para o dia seguinte, (no postinho faziam questão de dizer que Nefrologista tinha de sobra) agora espero mais de um mês para ser chamado sem contar os remedios que não consigo mais no postinho agora tenho que comprar recebendo um salário mínimo.
    Eu não votei nesse que aí está e não voto nem sob ameaça de morte.

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  11. Colocar as contas em dia custa caro, diminuir a máquina pública também. Agora, não fazer populismo dá nisso, dá em Castan, e sua ritornela canção, tão ultrapassada quanto o próprio autor.

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    1. Otimo! agora pode passar no setor de finanças pegar o cheque e assinar o recibo, descobri por que não sobra dinheiro para obras em Joinville.

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    2. Ah, mas Udo só terminou o que o Carlito iniciou... não se esqueçam que é muita coisa. Se Udo não tivesse que terminar tudo que Carlixo deixou por fazer e com dinheiro em caixa, teria sido muito mais fácil o primeiro ano de sua administração.

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    3. Rogério, Comentário totalmente inútil... Não sabe brincar não brinca...

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    4. E Carlito foi dar onde afinal de contas? Ah, não falem em contas do Carlixo. ele fica neuvoso....

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  12. Já que foi falado no asfalto, será que ninguém enxerga a possibilidade de parar de asfaltar e começar a utilizar calçamento/paralelepípedos nas ruas? Melhor para o meio ambiente e para manutenção da rua, mais resistente e funciona até como inibidor de alta velocidade dos mais apressados. Asfalto é para avenidas e estradas, onde o limite de velocidade é maior.

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