quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Campanha Sustentável


Os políticos e o esporte


SINCERO APOIO - Política e esporte deveriam sempre caminhar juntos no nosso país, de maneira ordenada. Estamos em plena campanha para pleitos municipais e, mais precisamente, na Manchester Catarinense, os candidatos são pessoas que prestigiam, sobremaneira, o esporte local. É até extenuante a marcha aos campos, quadras e afins pelos propensos a ocupar os cargos políticos de Joinville.

Jornadas intermináveis, torcedores fervorosos que, penso na minha vã e modesta sabedoria, sempre estiveram lá, apoiando. Ajudando naquele momento que o JEC era um time "fora de série" com certeza e, absoluta ainda (como não poderia deixar de ser), que todos estes almejantes aos cargos da política local se embrenhavam em dia chuvoso, numa míngua tarde de domingo, se fazendo presentes na Arena.

Assim como no momento que a Krona Futsal foi desclassificada pela luta ao título da Liga Nacional, também lá estavam eles apoiando, juntamente com a Conexão Tricolor a equipe desacreditada pela maioria. E o basquete, final de mais um NBB, sem um patrocinador macro que tivesse condições de manter o projeto que acabava de ser muito vitorioso.

Tenho plena convicção que todos estes candidatos colaboraram na busca fervorosa pela mantença financeira do time, que arregaçaram as mangas e foram bater de porta em porta solicitando apoio.
Ainda, não podemos deixar de destacar o "destaque" nas redes sociais, em seus Facebook, Twitter se vangloriando de estar presentes jogo a jogo. Até do lançamento, na noite de segunda-feira (20), do novo time de basquete de Joinville, "choveram as tuitadas políticas".

MARKETING FAJUTO - Vamos deixar a ironia de lado, já que, infelizmente, isso não passa de marketing político. E, na minha opinião, muito fajuto, pois a forçar a barra a este ponto, nem o mais fanático e inebriado torcedor fará coro. É evidente que esses candidatos só estão tentando, de maneira vil, amealhar votos dos torcedores que sempre acompanham seus times e tanto orgulham o esporte joinvilense.

Pois mesmo sendo um time "fora de série" se faziam presentes na Arena, jamais deixando de acreditar que, como hoje se vê, o Joinville estaria despontando na Série B com almejo à Série A. Que a Conexão Tricolor nos dias mais frios e na distante Univille, alçavam aos quatro cantos daquela quadra o seu som inquietante "Pra cima deles Krona" ao compasso do tan tan. E o basquete que, por alguns momentos muitos pensaram que o projeto se encerraria, não o ruiu graças aos seus executores que jamais deixaram de acreditar que era possível e não desistiram, apenas eles, de correr atrás para viabilizar, mais uma vez, um grande projeto.

CAMPANHA - Faço aqui um pedido: marquem estes rostos que hoje compõem as arquibancadas joinvilenses e, após o pleito eletivo, passados os louros, os procurem... faço crer que apenas restou um assento vazio.

NO CHUVEIRINHO - Foi dada a largada para os voluntários da Fifa para a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. Os requisitos para a inscrição prévia são, possuir 18 anos ou mais e trabalhar, voluntariamente, por 20 dias corridos. Informações junto ao endereço da Fifa https://ems.fifa.com/Volunteer/Brazil/Login/

Militantes interrompem Chávez em rede nacional

POR ET BARTHES
O presidente venezuelano Hugo Chávez falava em rede nacional em Caruachi, quando o local foi invadido por um grupo de militantes com palavras de ordem. A imagem foi logo cortada, substituída por planos de outros lugares, mas o som permaneceu.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

DDT Resolve!!


BOMBA!!!!!


Leitores do Chuva Ácida são mais informados

Encerrou hoje a enquete que perguntava que eleitores já tinham definido seu voto para prefeito.

Ao tudo 273 leitores votaram.

72,73 % dos leitores que responderam já decidiram em quem votar e 27,27 % ainda estão indecisos.

72,73% - sim
27,27% - não

Eleitor bem informado decide antes.

A nova enquete quer saber se a propaganda eleitoral gratuita ajuda a definir o seu voto. 

TSE - Lei da ficha Limpa

ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (o filme mostrado hoje tem outro título porque o original do TSE não tem som).



O ruim, o mau e o efeito Tiririca

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O que explica o fato de candidatos tão desprovidos de atributos quanto Marco Tebaldi e Kennedy Nunes se manterem com certa folga à frente nas pesquisas para a prefeitura? Parece óbvio. É só tentar adivinhar o perfil dos seus eleitores. Não tenho qualquer pesquisa qualitativa em mãos, mas imagino que seja uma massa onde predominam eleitores pouco informados, pouco politizados e pouco participantes em ações cívicas. E, no caso de Tebaldi, com péssima memória. Ou não?

Ok... admito que alguém possa questionar o estereótipo. Mas vamos aos fatos. Não parece haver aí projetos de governo, apenas projetos de poder. O resultado é que esse tipo de proposta não atrai pessoas com convicções firmadas em idéias políticas bem desenhadas. Ou melhor, não há política com “p” maiúsculo. É gente que vai no oba-oba: ou torce pelo “time” do candidato ou tem interesses nos projetos de poder.

Vamos teorizar um pouquinho? A situação traz à tona um pequeno diferendo que tenho com o pessoal das esquerdas. É que ao contrário deles sempre fui contra o voto obrigatório. Acho que desqualifica a democracia (aliás, se sou obrigado a votar a coisa não é muito democrática). Sem a obrigatoriedade, acorre às urnas apenas quem se preocupa em decidir sobre questões de cidadania. O cidadão que não se interessa por “coisas da política” pode ficar em casa tranquilo a ver televisão.

A maior preocupação: o voto é coisa séria demais mais para ser deixado nas mãos de quem não quer votar. E o voto facultativo valoriza o livre arbítrio: se o cara acha que é uma chatice sair de casa para votar, então não devia ser obrigado a ir às urnas. Numa democracia representativa os absenteístas também devem estar representados. É uma evidência. Aliás, a expressão “índice de abstenção” também é estruturante para a democracia.

Podia ficar aqui a tentar dissecar a tese, mas basta a convicção de que isso faria subir o quociente de inteligência dos processos eleitorais. E isso resultaria em melhor democracia. Com o voto facultativo, algumas das distorções da política brasileira, como a eleição de muitos espertalhões e oportunistas, poderiam ser corrigidas. Pode ser uma forma de barrar o “efeito Tiririca”. Vocês, leitor e leitora, não vivem a pedir mais qualificação entre os eleitos? Eis...


Um dos argumentos em favor do voto obrigatório é que ele serve como fator de educação política. Nada a ver. O que educa é o exercício da cidadania. Um eleitor que passa quatro anos totalmente alheado da vida política da sua cidade provavelmente prefere não ir votar. Afinal, são pessoas que encaram o voto como um dever e não como um direito. E acabam por se tornar presas fáceis para discursos fáceis.

Se uma pessoa vota porque é obrigada, estamos à frente de uma distorção da lógica da democracia. E não tenho dúvidas de que, num sistema de voto facultativo, sujeitos como Marco Tebaldi e Kennedy Nunes, que pouco têm a oferecer à cidade, ficariam com a margem de manobra reduzida. E Joinville poderia estar a salvo do vexame de ter que ficar entre o ruim e o mau, como as pesquisas indicam até ao momento.

De qualquer forma, vale salientar aqui uma ressalva: o nome do jogo é democracia. 
Posso achar que os candidatos nada têm a oferecer para o bem da cidade. Mas respeito a decisão do povo, porque ela é soberana. O que não me impede de insistir na ideia. Já parece ser tempo de tentar melhorar as regras do jogo. E o voto facultativo pode ser um bom começo.


P.S.: Na Europa, o voto é facultativo na expressiva maioria dos países. E a democracia não ruiu. Apesar de que mesmo assim tem muita gente que vai votar como quem vota num time de futebol.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ereção ou estado natural?

POR ET BARTHES
Momento interessante das Olimpíadas. O norte-americano Henrik Rummel ganhou uma medalha de bronze. Mas na plateia tinha uma pessoa com uma câmara interessada em outro tema. E filmou e publicou as imagens do que entendeu ser uma ereção do atleta. Mas logo veio alguém na defesa e disse que aquilo era o estado natural do sujeito.




P.S.: Como o vídeo oficial foi retirado do ar e alguns leitores reclamaram, eis as imagens.

Mentiras e estatísticas

POR JORDI CASTAN

É de Benjamim Disraeli a expressão: “existem três tipos de mentiras: mentiras, mentiras sujas e estatísticas". Veio na hora quando tomei conhecimento dos dados divulgados pelo IPPUJ e a SEINFRA sobre o estado atual e futuro das ciclovias e ciclofaixas em Joinville.

Os dados informam que há em Joinville 101 quilômetros e 440 metros entre ciclovias e ciclofaixas. O quadro anexo permite acompanhar os dados. Não é objetivo deste post questionar as informações divulgadas oficialmente pelo órgão responsável do governo municipal. Mas gostaria de destacar dois pontos.

O primeiro é que a lista relaciona todas as ciclovias e ciclofaixas existentes, algumas delas com mais de 30 anos de idade e a maioria das ciclovias com mais de 15 anos. Não estou insinuando que haja um intento de creditar-se obras que não são desta gestão, elas são inclusive anteriores à própria existência do IPPUJ. Mas é bom ficar claro que a tabela anexa não especifica o ano de implantação de cada uma delas e pode induzir a conclusões erradas.


Total de Ciclofaixas e  Ciclovias em Joinville SC

O segundo ponto é que nos mais de 28 anos que percorro praticamente duas vezes por dia - as ruas Albano Schmidt e Helmuth Fallgater - não tenho percebido que haja uma ciclovia e sim uma ciclofaixa. Entendo que ciclovia, ciclofaixa e tráfego compartilhado são soluções diferentes e não deveriam ser confundidas.

Uma ciclovia (ou pista ciclável) é um espaço destinado especificamente para a circulação de pessoas utilizando bicicletas. Há vários tipos de ciclovia, dependendo da segregação entre ela e a via de tráfego de automóveis:

tráfego compartilhado: não há nenhuma delimitação entre as faixas para automóveis ou bicicletas, a faixa é somente alargada de forma a permitir o trânsito de ambos os veículos.

ciclofaixa:é uma faixa das vias de tráfego, geralmente no mesmo sentido de direção dos automóveis e na maioria das vezes ao lado direito em mão única. Normalmente, nestas circunstâncias, a circulação de bicicletas é integrada ao trânsito de veículos, havendo somente uma faixa ou um separador físico, como blocos de concreto, entre si.

ciclovia: é segregada fisicamente do tráfego automóvel. Podem ser unidireccionais (um só sentido) ou bidireccionais (dois sentidos) e são regra geral adjacentes a vias de circulação automóvel ou em corredores verdes independentes da rede viária*.

Melhor nem entrar no mérito da qualidade da malha que formam estes 101 quilômetros, se estão ou não dentro do que estabelece a legislação, se a sua largura é adequada ou  se a segurança que oferecem as ciclofaixas para os ciclistas é adequada. Tampouco tentar entender se há ou não uma política coerente de mobilidade para ciclistas. Pelo contrário, os dados apresentados projetam que está consolidada a perda de qualidade do modelo atual, pois prevê uma redução no percentual de ciclovias (melhores e mais seguras, quando corretamente projetadas e executadas) atualmente em questionáveis 15,39 % para 9,09% num futuro indefinido e incerto.

Ciclofaixas e Ciclovias projetadas

Voltando aos dados divulgados pelo governo municipal, chama a atenção a inclusão de um segundo gráfico também anexo em que se incluem as ciclovias e ciclofaixas projetadas. Os números apresentados nesta segunda tabela projetam 211 quilômetros de ciclovias para o futuro que, somados aos atuais 101 quilômetros, preveem um total de 313 quilômetros. 

Não há nenhum cronograma, nenhuma informação que permita identificar as fontes de recursos e a diferença entre a fantasia, a quimera e a realidade. É comum, especialmente no período próximo ao final do mandato, apresentar informações, dados e projetos com o objetivo de informar o que foi realizado e o que poderá ser executado no futuro. A conclusão é que os dados apresentados nem informam com clareza o que foi executado nesta gestão, nem conseguem diferenciar o que são projetos contratados e previstos para os próximos meses, do que são só ideias e sonhos. Mais que sonhos, quimeras.



* Fonte Wikipedia