quarta-feira, 27 de junho de 2012

Espanha X Portugal

POR JORDI CASTAN
A partida em que se enfrentarão hoje os dois vizinhos que partilham a Península Ibérica reúne todos os elementos para ser um bom jogo. As características de jogo de uns e outros e a rivalidade tradicional entre vizinhos próximos tem tudo para que ninguém queira ficar de fora.

A Espanha tem melhorado muito o seu nível de jogo já faz alguns anos. É a primeira seleção no ranking da FIFA. Na Eurocopa está defendendo o título e é hoje a seleção campeã do mundo. Para todos é o alvo a abater. Caiu um pouco da forma de jogar que a fez ser conhecida como “A Furia”.  Hoje tem um jogo de toque, de passe, de controle.


Espanha é uma equipe que, jogando sem atacantes, consegue afogar os seus oponentes com o toque de bola. O seu maior diferencial é o fato de que a maioria dos jogadores vem de duas equipes, o FC Barcelona e o Real Madrid, o que permite que seja possível identificar um estilo de jogo. Além disso, permite que haja uma sequência de jogo e cumplicidade entre os jogadores que só se consegue com o tempo.

A maioria dos jogadores já foram campeões na Euro 2008, na Copa da África do Sul, e com suas equipes tem ganhado Ligas, Copas, Champions. Sabem o que é jogar juntos e sabem o que é ganhar. O que dá uma tranquilidade adicional. O jogo de equipe é a sua característica e pode se dizer que não tem estrelas badaladas.

Na frente vai encontrar o Portugal de Cristiano Ronaldo, um jogador excepcional que faz de cada encontro uma batalha a ser vencida, capaz de carregar toda a equipe nas costas e de marcar a diferença em qualquer estádio. O resultado dependerá das genialidades de um solista como Cristiano Ronaldo ou da harmonia da orquestra sinfônica que tem sido o jogo da Espanha. É ele o único que poderá mudar o final de uma historia que parece estar já escrita. Espanha estará na final no Olimpiyskyi de Kiev.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Demitido bispo que foi à praia com amiga

POR ET BARTHES
O papa Bento 16 aceitou o pedido de renúncia do bispo argentino Fernando María Bargalló. É o mesmo religioso que foi flagrado por uma televisão argentina na praia com uma amiga, mas num relacionamento muito afetuoso. O homem até tentou se defender, como vemos na entrevista, mas parece que não colou.







Eleições 2012


Ainda bem que eu não votei em Raimundo Colombo


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Nas últimas semanas acompanhei o noticiário local e presenciei notícias preocupantes: crescimento de assaltos à mão-armada, furtos dos mais diversos tipos, falta de médicos na rede estadual de saúde, falta de água quente no Hospital Regional, crescimento de homicídios e tráfico de drogas. Sem esquecermos as escolas interditadas, que geralmente dão dor de cabeça para milhares de famílias joinvilenses.

Ao ver tudo isto, soltei a seguinte frase, de forma involuntária, mas que faz todo o sentido: “Ainda bem que eu não votei no Raimundo Colombo”. Há anos não acompanho um Governo do Estado tão omisso e ineficaz com as demandas de Joinville.

Respeito o modelo democrático-representativo, e sei que meu voto foi junto com a minoria. Mas não me impede de cobrar e de escrever aqui para o Chuva. Um Governador que não vem fazer uma pauta na cidade de Joinville para solucionar estas demandas supracitadas, merece o respeito? Um Governador que só aparece para reuniões na ACIJ, CDL e outras pautas industriais, mostra toda a sua falta de preocupação com a maior cidade do Estado, e que é um grande reduto eleitoral seu.

Infelizmente é um cenário que está presente há vários anos em nossa cidade, que mesmo com LHS Governador, não consegue enxergar o devido retorno para a resolução de coisas simples. Agora, se você acha que a promessa de duplicação da Santos Dumont é uma grande realização desta gestão, com certeza está pensando da mesma maneira que os empresários da cidade. Ou ainda: se a exoneração de Marco Tebaldi foi o melhor ato provido por Colombo, com certeza estamos mais afundados que o Jacaré Fritz no mangue do Cachoeira.

O sinal está dado, pois a última pesquisa Ibope mostra uma queda considerável na aprovação da gestão Colombo aqui em Joinville. Ou torna-se uma gestão voltada para as pessoas, como Colombo prometeu em sua campanha, ou assume de vez que o importante é atender o interesse dos empresários do norte de SC, que vai parecer mais fiel às suas ações.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O árbitro ou o anunciante?

POR ET BARTHES
O jogador de tênis errou a jogada e, zangado, chutou o cartaz publicitário que acertou o árbitro. David Nalbandian acabou desclassificado da competição. Mas aí surgiu a questão: foi por ter atingido o árbitro ou por ter chutado a peça de publicidade de um poderoso anunciante?


CÃO TARADO


O blablablá na terra de Luluf e Malula

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Mas foi diferente na semana passada: a foto em que Lula e Maluf trocavam um aperto de mãos provocou ataques verborrágicos que pareciam não ter fim. Foi um tremendo blablablá.


E ficaram evidentes duas formas de ver as coisas: uma muito emocional, outra nada racional. A primeira reação mais emocional foi do pessoal da direita vociferante, que não perdeu tempo em apontar o dedo a contradições. Falou-se muito em falta de ética e que o PT havia sido contaminado pela imagem pestilenta de Maluf.

Até aí tudo bem, porque os caras até tinham motivos. Mas o fato é que esse pessoal não estava disposto a discutir ideias. A intenção era apenas fazer barulho e acusar o PT de ter tropeçado na ética. Aliás, nada dá mais prazer à direitona braba que encontrar motivos éticos para desancar o PT. Foi o gáudio.

Na outra trincheira emocional estavam os petistas mais sectários, que não se importam com a aliança. Maluf?  Ora, se for para vencer a direita valem até pactos com o diabo. Ah... e entre os petistas havia também aqueles que gostam de posar de vestais e acham inadmissível serem vistos ao lado de Maluf. Aliás, são os mesmos quem em 2002 criticaram Lula por ter feito composições estranhas para chegar ao poder. O problema é que depois eles ficam sempre caladinhos e coniventes.

O QUE NÃO SEI DISCUTIU - Houve pouca racionalidade. A coisa ficou no oba-oba e ninguém se deu ao trabalho de discutir o que é efetivamente essencial. Para começar, vamos aos fatos: Lula apenas se antecipou a Serra, que também insinuava um namoro com Paulo Maluf. O partido do senhor “rouba mas faz” era o mais desejado. Lula só foi mais rápido no aperto de mão.

Tudo aconteceu porque tanto PT quanto PSDB estavam interessados em mais minutos de televisão. E, ao que parece, a conquista de mais tempo na telinha justifica todas as insanidades políticas. É o tipo de coisa que só pode acontecer em lugares onde a democracia ainda está a engatinhar.

Quando o horário na televisão é fator definidor de eleições, a própria democracia está sob fogo. Um regime democrático não pode conviver com distorções pouco democráticas, como o poder do horário de televisão. Porque estamos a falar de governar pessoas e não de vender sabonetes. Aliás, não conheço nenhum país desenvolvido onde o horário televisivo seja tão importante para definir os seus governantes.

Há algo de podre no reino da democracia brasileira. E de factóide em factóide, perde-se a oportunidade de discutir o que realmente importa: uma verdadeira reforma política. Aliás, vale salientar, a reforma não interessa a qualquer dos players atuais do xadrez político. Nem à esquerda e nem à direita, até porque na atual situação é difícil distinguir uns dos outros. Fica evidente que são todos conservadores, porque acham que o modelo está bem e não querem mudar.

EM JOINVILLE? - A questão da televisão vale também para Joinville. Porque há verdadeiras inexpressividades políticas que ganham peso de negociação em tempo de eleições. Não porque tenham representatividade política, mas porque representam tempo de televisão. O resultado é que verdadeiros nadas passam a ter protagonismo. E, lá como cá, algumas coligações acabam sendo autênticos bordeis ideológicos.


As democracias a sério não se fazem assim.

domingo, 24 de junho de 2012

Diga não aos gafanhotos!


IVANDIR HARDT
Desde os tempos de criança frequentei a Estrada da Ilha, nas casas dos meus avós, tios e primos. Nesta época já vi a grande diferença do lugar onde morava, que era o centro da cidade, local barulhento, com muitas pessoas, rios já poluídos e com poucos pássaros cantando nas árvores.

Na minha cabeça ainda de criança, imaginava como seria bom morar num lugar com rios para pescar e tomar banho, muitos pássaros, grandes pastos para jogar bola e belas casas antigas para apreciar.
Cresci, me formei, vivi no exterior, voltei para o Brasil e construí uma morada neste tão sonhado lugar e agora sou presidente da Associação de Moradores da Estrada da Ilha.

Fiz este pequeno floreio para iniciar a minha discussão e dizer que, diferente de alguns
vereadores, sei muito bem o que a comunidade quer e pelo o que lutamos. Isso porque
a Estrada da Ilha e nossas gerações antepassadas que vieram para cá com a abertura das
primeiras picadas em 1864, têm muita história, amor a terra e cultura para preservar.

Uma comunidade que era alegre, simples, pura, agora vive com o medo da pressão
urbana, medo da urbanização do meio rural num todo. Infelizmente, as novas leis de uso e ocupação do solo vêm igual uma patrola, passando por cima de tudo e todos, inclusive de leis federais. Até o quase morto Desenville foi ressuscitado para colocar pressão na aprovação da nova lei.

Diz a lenda que a Lei de Ordenamento Territorial (LOT) foi usada como moeda
de troca, em que alguns apóiam o atual governo em troca da tal lei complementar
polêmica. Agora pior que isso, imagine se alguém prometeu o que não pôde entregar
e esta lei complementar não for aprovada. Deve ser por isso que tem gente que parece
nervosa, que perde as estribeiras em qualquer debate. Acho que é falta de sono.

Pesquisei o que quer dizer a palavra vereador e conforme o dicionário
Wikipedia: "Eleito por meio do voto popular para compor o Poder Legislativo, o
vereador é um legítimo representante político do povo. Ele trabalha pelo município
e possui a função de elaborar leis para a cidade, cuidando para que as novas leis e
as já existentes sejam cumpridas". Então, conforme esta definição, o vereador deve
cuidar para que as leis que já existem sejam cumpridas, certo? Aqui em Joinville há
controvérsias! Infelizmente, existem alguns vereadores que não sabem mais quem estão
representando,

Existe um pensamento que li certa vez, que dizia: “O maior inimigo de um governo é
um povo culto”. Felizmente a cidade de Joinville conta com alguns participantes de
associações de moradores, outros tantos anônimos e alguns integrantes da famosa KGB
joinvilense, que praticam algo muito importante e esquecido nesta cidade, a democracia.

E por que isso é tão repreendido por aqui? Ahhh, já sei, aqui em Joinville é proibido
pensar e falar política, é isso? Até o nosso ilustríssimo prefeito Carlito foi para um
programa televisivo do setor imobiliário num certo canal esbravejar e, alguns dias depois, publicou a revogação dos decretos que elegeram os representantes do Conselho
da Cidade. Deve ser duro assinar um documento desdizendo tudo que foi dito pela
televisão.

Vejam, de jeito algum sou um romântico sonhador que imagina este local igual
daqui a 20 anos, algo bucólico e intocado. Muito pelo contrário, deve ser planejado o
futuro, estudado e analisado. Digo sim ao desenvolvimento, mas sou contra à forma
que está sendo feito atualmente. Leis servem para serem seguidas e obedecidas, não
omitidas. Inclusive recentemente tivemos uma declaração do engenheiro Mario Aguiar,
presidente eleito da Associação Comercial e Industrial de Joinville (ACIJ), que falou
o seguinte: “Joinville precisa ter planejamento mais estruturado. O IPPUJ não tem
equipe suficiente para dar conta das demandas, que crescem muito. Há demandas por
melhor mobilidade, por mais conforto, como parques, por exemplo.”

Esta fala define o que está acontecendo com a região da Estrada da Ilha, pois querem
aprovar algo sem os devidos estudos de impacto ambiental, impacto de vizinhança,
estudo de contenção de enchentes, estudos de mobilidade, estudos de tratamento
de esgoto, estudos de incentivo ao agricultor local, valorização da cultura local
(construções, costumes, agricultura, comidas típicas, tradições entre tantos outros)
e sem a mínima infra-estrutura e equipamentos públicos( postos de saúde, escolas,
transporte coletivo) Alguém conhece o ditado: "e melhor prevenir do que remediar"?

Muito me entristece saber que para alguns o dinheiro, o lucro, a riqueza são as
únicas coisas que interessam. O negócio é destruirmos tudo por aqui na Terra e depois
nos mudarmos para Marte, igual às pragas de gafanhotos, que destroem um lugar e se
mudam para outro. É isso?

Na audiência pública da Estrada da Ilha no mês de abril tive o desprazer de presenciar
uma pessoa dizendo a seguinte frase: “se vocês querem criar vaquinhas, vão para
Garuva e comprem terrenos por R$0,50 o metro quadrado". Será que este cidadão
não dá valor à parte histórica da região, ao cinturão verde, às áreas de amortecimento
urbano? Outra frase marcante foi a de um vereador dita no interior da Câmara de
Vereadores aos moradores da Estrada da Ilha: “Vocês vão ficar milionários”.

O dinheiro não compra tudo, como rios limpos, ar puro, tradição, respeito, dignidade e
história conservada. A região da Estrada da Ilha é muito maior que um simples maço de
dinheiro aguardando a valorização e, quando isso for descoberto, pode ser tarde de mais. Então, que o bom senso, a ética, a cidadania e a transparência continuem vencendo esta
batalha.

Ivandir Hardt é presidente da Associação de Moradores da Estrada da Ilha.

sábado, 23 de junho de 2012

Paraguai: a ditadura de Stroessner

ET BARTHES
E já que o Paraguai é o tema do momento, que tal relembrar coisas que marcaram a história daquele país?  Ah... e no fim os comentaristas falam do agora ex-presidente Lugo. O primeiro presidente paraguaio que não era do Partido Colorado, que  dominou a política local durantes as últimas seis décadas. 



MELHOR E PIOR - Semana 11