POR JORDI CASTAN
Ninguém teria a coragem de iniciar a construção da sua casa sem antes ter a propriedade do imóvel. É verdade que ainda temos áreas de invasão e que quando acontecem, na maioria dos casos os proprietários legais da área conseguem a reintegração de posse para evitar as ocupações ilegais. Em Joinville o próprio poder público é o que inicia obras sem ter adquirido antes a área.
O melhor exemplo, ainda que o correto fosse falar do pior exemplo, é o da malfadada duplicação da avenida Santos Dumont. O que deveria ser uma duplicação, que daria a Joinville uma avenida segura, larga e totalmente duplicada, se converteu pelo acúmulo da inépcia num arremedo de binário e duplicação. Uma caricatura do que estava previsto, por conta da falta de planejamento, da improvisação e de projetos mal feitos, que sofreram várias mudanças inclusive com a obra já iniciada.
Faltou prever os recursos para as desapropriações. Alguém imaginou que em Joinville essas coisas pudessem acontecer? Pois acontecem e a Prefeitura o máximo que fez foi esperar a doação das áreas por parte dos proprietários. Como será com as outras ruas e avenidas que precisam ser concluídas ou duplicadas como a Almirante Jaceguay, a Ottokar Doerfehl, a continuação da Marquês de Olinda?
Alguém começaria as obras de reforma da sua casa sem ter o
dinheiro? Sem ser dono do imóvel? Sem ter um projeto definido? E sem prazo para
terminar? Em Joinville essa é a praxe nas obras públicas. Ninguém, com um
mínimo de bom senso, trancaria o corredor ou o acesso ao quarto ou a sala
durante meses a fio, menos ainda deixaria a cozinha ou o banheiro interditados
por obras de reforma sem data de conclusão.
Joinville está assim de patas pra cima, arregaçada, esgarçada por obras que não avançam. Obras que se alastram como lesmas em férias. As equipes ficam mais tempo paradas que trabalhando. O que já era ruim vira um caos. A resposta da Prefeitura é o silêncio, olhar para o outro lado, fazer de conta que não acontece nada e que tudo esta perfeito. Os moradores da rua Otto Bohem sabem bem o que é conviver com a desídia e falta de gestão. Os das ruas Piratuba e Iririú também. Os da Jerônimo Coelho têm diariamente uma versão das ruínas romanas na frente da sua casa. Obras mal sinalizadas, sem cumprir as normas de segurança e oferecendo um risco alto de acidentes. Acidentes, alias que já tem custado, nesta gestão mais de uma morte.
O poder público insiste em se fingir de morto. Apostando em que o joinvilense vai cansar, vai se acostumar, vai desistir de exercer os seus direitos. Conta com a mansidão do joinvilense, com a sua natural aversão a reclamar. E até agora tem lhe dado bom resultado. O certo é que um administrador que se preze não teria a cidade neste estado de abandono e se não fosse frouxo não se esconderia trás sua trupe de áulicos.
Joinville está assim de patas pra cima, arregaçada, esgarçada por obras que não avançam. Obras que se alastram como lesmas em férias. As equipes ficam mais tempo paradas que trabalhando. O que já era ruim vira um caos. A resposta da Prefeitura é o silêncio, olhar para o outro lado, fazer de conta que não acontece nada e que tudo esta perfeito. Os moradores da rua Otto Bohem sabem bem o que é conviver com a desídia e falta de gestão. Os das ruas Piratuba e Iririú também. Os da Jerônimo Coelho têm diariamente uma versão das ruínas romanas na frente da sua casa. Obras mal sinalizadas, sem cumprir as normas de segurança e oferecendo um risco alto de acidentes. Acidentes, alias que já tem custado, nesta gestão mais de uma morte.
O poder público insiste em se fingir de morto. Apostando em que o joinvilense vai cansar, vai se acostumar, vai desistir de exercer os seus direitos. Conta com a mansidão do joinvilense, com a sua natural aversão a reclamar. E até agora tem lhe dado bom resultado. O certo é que um administrador que se preze não teria a cidade neste estado de abandono e se não fosse frouxo não se esconderia trás sua trupe de áulicos.
Vender a imagem de bom gestor é uma coisa. Ser um bom gestor é outra muito diferente. O melhor exemplo vem da administração de uma casa, onde a cada dia as famílias põem à prova as suas habilidades como administradoras. Planejam, preveem, administram e gerenciam os recursos familiares com competência e sabedoria. Gastam com critério, de acordo com a sua disponibilidade, poupam, investem e ainda sobra tempo e disposição para dar atenção e melhorar a vida de todos os membros da família.
Uma cidade não é outra coisa que uma grande família e o administrador municipal tem a obrigação e a responsabilidade de fazer o melhor para os cidadãos que aqui moram e trabalham. O resultado da gestão municipal é perceptível no cuidado e gosto de pensar em termos de capricho. Mas capricho é algo que faz anos que não vemos por aqui, assim que vamos ficar no cuidado, que já estaria de bom tamanho.