POR JORDI CASTAN
Neste tempo em que há uma preocupação por viver uma vida
mais saudável, muita gente aproveita o tempo livre para vestir collants coloridos e usar a bicicleta para praticar esporte. Há um certo olhar de
superioridade e de desdém dos grupos de ciclistas a bordo das suas bicicletas
sobre os pedestres. "Estes cidadão a pé". É fácil entender que haja um olhar
diferente destes sobre os outros. Do mesmo modo que os motorizados olham com o mesmo desdém e ar de superioridade para os ciclistas. Assim, quase sem
querer, se estabelece uma disputa entre as duas tribos mais frágeis da
selva urbana.
Há quem defenda os ciclistas. Eu mesmo já escrevi sobre
isso. Acho que os ciclistas são uma tribo a parte, uns outsiders nesta cidade
motorizada. Se o debate é entre motorizados e ciclistas, a minha posição não
será outra que a defesa obstinada dos segundos. Mas se o debate for entre
caminhar ou andar de bicicleta, minha posição será a favor da caminhada.
Muitos acreditam que fazer ciclismo é uma atividade melhor que caminhar. No meu caso, como no da maioria dos joinvilenses, caminho menos do que deveria. A cidade não prioriza o pedestre. A legislação municipal, que permite os carros a ocupar as calçadas, é de um anacronismo digno de uma sociedade que toma decisões e legisla com o olhar sobre os finais do século XIX. Em termos de sustentatbilidade, qualidade de vida é planejar uma cidade mais verde e saudável. E as nossas administrações são a vanguarda do atraso.
Muitos acreditam que fazer ciclismo é uma atividade melhor que caminhar. No meu caso, como no da maioria dos joinvilenses, caminho menos do que deveria. A cidade não prioriza o pedestre. A legislação municipal, que permite os carros a ocupar as calçadas, é de um anacronismo digno de uma sociedade que toma decisões e legisla com o olhar sobre os finais do século XIX. Em termos de sustentatbilidade, qualidade de vida é planejar uma cidade mais verde e saudável. E as nossas administrações são a vanguarda do atraso.
Atenção defensores dos grupos multicoloridos
de ciclistas, que tomam as ruas em algumas tardes noites por semana para
praticar ciclismo. E atenção também os corredores urbanos, que, como agulhas do relógio, dão
voltas e mais voltas na calçada do 62 BI. Não é a vocês que este texto é dirigido.
O tema é a priorização que a cidade faz ou não faz de alternativas de
mobilidade mais saudáveis, mais seguras e melhores para a população. No caso de Joinville, não fez, não faz e dificilmente fará. Não
confundamos tampouco o galimatias que o
IPPUJ, antes, e agora a Secretaria que o sucedeu, insistem em chamar de
ciclofaixas. E que o sambaquiano sabiamente apelidou de ciclofarsas. Um
labirinto que liga o nada a coisa nenhuma, que não oferece segurança e não
segue a lógica mais elementar de conforto para que sejam uma opção real de
mobilidade.
O que devemos discutir, enquanto cidade, é se é melhor incentivar o caminhar, o pedalar ou, vou obviar, o andar em carro. E nem vou entrar no
tema do transporte público numa cidade que perde passageiros ano após ano. O
joinvilense já deu a sua resposta: o automóvel é melhor e mais barato que o
transporte público.
A informação que deve ser colocada sobre a mesa é que caminhar é mais saudável. Para a mesma distância será necessária a mesma energia e caminhar permite um excelente exercício aeróbico, melhora o condicionamento físico e permite ainda ter uma visão melhor da cidade, do entorno e das pessoas que aqui moram. Os ciclistas voltam à carga com os seus argumentos a favor da bicicleta: “Se for necessária a mesma quantidade de energia, então melhor a bicicleta”. A resposta é que não, que sempre é melhor caminhar, porque a bicicleta nos poupa esforço, acaba sendo mais eficiente e menos conveniente que uma boa caminhada.
A informação que deve ser colocada sobre a mesa é que caminhar é mais saudável. Para a mesma distância será necessária a mesma energia e caminhar permite um excelente exercício aeróbico, melhora o condicionamento físico e permite ainda ter uma visão melhor da cidade, do entorno e das pessoas que aqui moram. Os ciclistas voltam à carga com os seus argumentos a favor da bicicleta: “Se for necessária a mesma quantidade de energia, então melhor a bicicleta”. A resposta é que não, que sempre é melhor caminhar, porque a bicicleta nos poupa esforço, acaba sendo mais eficiente e menos conveniente que uma boa caminhada.
Em tempo: tanto a bicicleta não é prioridade na cidade que já
foi delas, que o MUBI fechou as portas “sine
die” e é que esta é a melhor administração que Joinville já viu #sqn