sábado, 28 de maio de 2016

Políticos e politiquices #4

POR ET BARTHES

Há fotografias que os políticos publicam e deixam os assessores de marketing de cabelo em pé. É o caso desta imagem do vice-prefeito. Independente da boa intenção e do carinho pelo bichinho, o certo é que há muito a dizer sobre ela... em especial se for um opositor.


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Uma "Frota" de imbecis afundando o país















POR SALVADOR NETO


A manchete da semana, superando até os áudios de Romero Jucá, Renan Calheiros, José Sarney, Sérgio Machado, o timaço que agora “dirige” o país, foi sem dúvida alguma o memorável encontro do ministro da Educação, Mendonça Filho do DEM, com o grande (?!) ator e educador Alexandre Frota, acompanhado de mais imbecis do Revoltados On Line.

A pauta? Certamente imbecilidades. E muitas, entre as quais o fim da ideologia de gênero, política, e o “comunismo” nas escolas. Mas o que esperar de um governo interino formado por tantos imbecis – mas espertos – amigos do presidente interino Michel Temer? Quem é Alexandre Frota para propor "ideias" para a educação?


Podemos esperar isso. Um “ator pornô” que confessou estupro em programa televisivo (depois negou), vai agora dar as diretrizes educacionais para a nossa juventude. E com aval do novo ministro de Temer. Um escárnio, um desrespeito aos milhões de professores e professoras, pensadores, filósofos da educação, trabalhadores do setor, gente que milita há tantos anos para que o Brasil tenha um povo com acesso à educação de qualidade.

Um governo ilegítimo, com ministros ilegítimos, investigados até o pescoço em casos de corrupção não podem, com uma “Frota” de imbecis deste baixíssimo nível, afundar o país! 

Pensem em Alexandre Frota, Marco Feliciano, Jair Bolsonaro, e tantos outros imbecis comandando a educação brasileira? No que nos transformaremos?

Seremos terra arrasada, sem futuro, mera colônia dos interesses capitalistas americanos, como já fomos durante tanto tempo. Voltaremos à Idade Média. Quem luta pela educação pública e de qualidade, e até na iniciativa privada sabe o quanto é difícil avançar em um país continental, com tanta diversidade cultural. Conhece o quanto a tarefa de emancipar o povo via educação é dura.


Não é possível que um país que produziu mentes brilhantes como Florestan Fernandes, Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Cristovam Buarque, Renato Janine Ribeiro e tantos outros, se entregue covardemente aos imbecis que chegam em “Frotas” do atraso. Vamos deixá-los atracar nos portos da nossa consciência facilmente?

A grande mídia já imbeciliza milhões diariamente em programas televisivos. A falta de investimentos maciços na literatura, no incentivo à leitura, à ciência, à pesquisa já nos coloca em patamares muito distantes do primeiro mundo. E agora, vamos aceitar ditames de Frota? Diga não a isso. É o futuro dos seus filhos e netos que está em jogo.



É assim, nas teias do poder...

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O Brasil visto por memes...

POR ET BARTHES 


O clima no Brasil anda tão nonsense que fica difícil explicar por palavras. Por isso, hoje temos um resumão dos últimos dias atravês de memes publicados nas redes sociais. Talvez ajude a entender. Ou não...

1. E  o ministro da Educação recebe a contribuição de Alexandre Frota, o cara que narrou o estupro, e Marcelo Reis, líder dos Revoltados On Line, um site dedicado a analfabetos políticos. Quanta educação e cultura neste post...





2. E Jucá foi apanhado nas escutas. Disse que o PSBD estava na linha de fogo da Lava Jato e que Aécio Neves era o primeiro da fila.





3. O mundo pode estar a acabar. Mas se isso for prejudicial ao golpe que derrubou Dilma Rousseff. a Globo vai negar. Nem mesmo quando há uma confissão, como no caso de Romero Jucá.



4. E as declarações de Romero Jucá, ao admitir que houve mesmo um golpe contra Dilma, fizeram com que algumas frases fossem as mais repetidas nas redes sociais. Como esta...




5. Não deixou de ser irônico o fato de uma ministra do STF pedir que Dilma Rousseff usasse a palavra "golpe". No entanto, a conversa Jucá-Machado trouxe uma perspectiva diferente. Talvez a resposta esteja no próprio STF.



6. A velha imprensa é useira e vezeira em usar as palavras que mais convêm aos seus interesses. É o caso da Folha de S. Paulo, que chama pacto uma coisa que tem outro nome...




7. Um dos argumentos (ridículos) mais usados pelos defensores do golpe é que agora temos um presidente que sabe usar a mesóclise. Eis...


8. E vem aquele culto jornalista (agora governista) a confundir uma cidade com outra. Coisas de primeiro mundo.


9. Uma notícia que fez o mundo achar que o Brasil é motivo de piada...


10. E, por fim...





quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ministério Pra Boi Dormir


POR RAQUEL MIGLIORINI

Pode ser que, ao publicar esse texto no blog do Chuva, os ministros aqui citados não estejam mais no time do presidente interino Michel Temer, afinal um deles é alvo de investigação da Polícia Federal. Mas, me arrisco mesmo assim.

A tal Ponte para o Futuro desprezou por completo o assunto Meio Ambiente. Já havia comentado, no texto anterior, sobre a facilitação na emissão da licença ambiental que o governo interino almeja. Embora muitos acreditem ser esse um assunto secundário, pensar na preservação e recuperação ambiental deveria ser sinônimo de preservação da própria vida. Infelizmente, não é assim. Então, vamos aos fatos.

Em recente entrevista, o ministro interino do Meio Ambiente disse que se reuniu com o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Magg, para conversarem sobre sustentabilidade e a conclusão foi que agricultura e meio ambiente não são adversários e sim, aliados. Em que mundo isso ocorre, por favor? É claro que a conversa não tratava da agricultura familiar ou de hortas orgânicas. Como ter certeza disso?

Bem, o senhor ministro Blairo Maggi, presidente da Amaggi, uma das maiores empresas do setor de agronegócios, já foi apelidado de “Motosserra de Ouro” por uma ONG brasileira e já disse que os ambientalistas tinham preconceito com o setor produtivo. Não é possível não ter pré-conceito com um cidadão que desmatou áreas imensas no Mato Grosso (área de Mata Amazônica) e que quer mudar o licenciamento ambiental no Senado, tornando-o bem mais simples.

Segundo Sarney Filho, “o ministro da Agricultura conhece tudo sobre agricultura, afinal ele é produtor”. Creio que conheça tudo sobre desmatamento, latifúndio, desgaste de solo. Conhecer sobre Agricultura é conhecer os reais problemas do agricultor brasileiro, seja qual porte for. É gerar um mercado interno para que todos saiam ganhando, para que ocorra a regulação de preços, para que a produção não seja jogada nas estradas. Exemplos: plantio de cana-de-açúcar para exportar açúcar ou para fabricar combustível e abastecer o mercado interno? Plantio de soja para exportação ou agropecuária orgânica?



Uma coisa interessante foi a proposta de Maggi para o programa Mato Grosso Legal, que seria uma importante ferramenta contra o desmatamento. Será que ele não quer concorrência no plantio de soja, na mínima parcela que sobrou da vegetação daquele Estado? Ou é algo do tipo “faça o que eu mando mas não faça o que eu faço”?


Quando tomou posse como ministro interino, Maggi disse que o El niño seria o responsável pela seca na região Amazônica e pelas enchentes no Sul, no final de 2015, e que isso agravava o cenário de exportação de grãos do país. Voltamos ao começo. O El niño pode agravar uma situação provocada por desmatamento, assoreamento de nascentes e levantamento de lençol freático, provocado pelo uso desmedido da agricultura de latifúndios.

Fica fácil destruir o equilíbrio natural e jogar a culpa num fenômeno climático. Não é concebível, atualmente,  ignorar que a perda de biodiversidade e o mal uso da água e do solo tem efeitos na saúde pública e na perda de qualidade de vida. Isso não é mais papo de “biodesagradável” e “ecochato”. Os lucros do plantio de soja caem no bolso de meia dúzia. Os custos dos prejuízos e degradação ambiental são repartidos por toda a população.

Um Ministério como o do Meio Ambiente que sobrevive com cortes orçamentários dantescos, que é visto como o causador do subdesenvolvimento de algumas regiões do país precisa de um ministro de pulso forte e que mostre o verdadeiro valor dessa pasta. Já o Ministério da Agricultura necessitaria de alguém que não agisse em causa própria, mas que entendesse a situação de toda a área e  produção rural brasileira. Segue a pinguela para o futuro, com projetos e ministérios pra boi dormir. Mas só boi gordo, diga-se de passagem.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Sem planejamento, sem gestão e sem rumo

POR JORDI CASTAN

Escrever de novo sobre o fiasco que é esta gestão municipal é redundante e enfadonho. Enfadonho para quem lê e para quem escreve. Mas quando uma semana sim e outra também nos deparamos com novas trapalhadas, que seriam inconcebíveis numa administração municipal de vila de interior, não há como ignorar um fato: este prefeito se elegeu vendendo a imagem da sua competência administrativa e do seu conhecimento dos problemas que Joinville tinha - e continua tendo. O risco que correu Udo Dohler foi o de vender um produto que não tinha. A imagem de bom gestor virou piada entre os joinvilenses que, da pior forma possível, descobriram que compraram um balão de ar quente que vai se desinflando à medida que passam os dias.

A cada nova crise de gestão, o prefeito e seus mais fiéis escudeiros enchem o céu de coloridos balões de ar quente que já não iludem o eleitor. Anunciam aos quatro ventos, com ribomborio e estrondosa algaravia, tudo o que pretendem fazer, acreditando que o eleitor ainda acredita. Acuada pela crise Em novembro de 2015 a Prefeitura anunciou um pacote para economizar R$60 milhões ao ano. Seguindo a tônica desta gestão, muito pouco foi feito até agora. Entre as mudanças anunciadas estava saída do IPPUJ do prédio da Prefeitura e a sua transferência para a sede da antiga Prefeitura na Rua Max Colin. Depois de meio ano e de forma improvisada, finalmente deu inicio o processo de mudança. A mudança iniciou sem que nada estivesse pronto. As imagens são reveladoras e falam por elas mesmas.

IPPUJ na Hermann Lepper

IPPUJ na Hermann Lepper

IPPUJ na Hermann Lepper

O IPPUJ tem hoje os seus funcionários espalhados por várias secretarias. Alguns estão na SEMA, outros na SEINFRA, na SEPLAN, até na Caixa Econômica e no gabinete há funcionários do IPPUJ. Se o IPPUJ já enfrentava dificuldades para fazer o seu trabalho com todos os funcionários no mesmo local, é difícil imaginar que as coisas fiquem melhor com toda esta confusão.

Quem entende um pouco de gestão está se perguntando por quê o IPPUJ saiu do prédio da Prefeitura. Havia a ideia que a Gestão de Recursos Humanos ocupasse o espaço que até ontem ocupava o IPPUJ. E agora, depois que o espaço foi desocupado, há duvidas de que o espaço atenda as necessidades da Secretaria. Fazer uma mudança sem que o local de destino esteja preparado para receber os novos ocupantes parece estranho. Por que não esperar a mudar depois que as obras necessárias estivessem concluídas? As imagens mostram que a situação do prédio da Rua Max Colin não estão em condições de funcionamento.

Nova sede do IPPUJ - Max Colin

Nova sede IPPUJ - Max Colin

Depois de anos de abandono, o prédio está em estado precário e ninguém com bom senso poderia imaginar que será possível que se concretize a mudança em pouco tempo. A situação hoje é a pior possível. Resultado da imprevidência, da desorganização e da falta de planejamento que tem se convertido na marca registrada desta administração. As instalações elétricas devem ser totalmente refeitas em caráter emergencial, só para citar um ponto que por si só já impede a mudança.
O fato é que o IPPUJ saiu do endereço na Hermann Lepper. As salas que ocupavam estão tomadas por moveis e arquivos. Os moveis do IPPUJ foram transferidos para a Rua Max Colin.

Arquivos, material de expediente e moveis do IPPUJ na sede nova

Arquivos, material de expediente e moveis do IPPUJ na sede nova

Arquivos, material de expediente e moveis do IPPUJ na sede nova
Os funcionários estão espalhados por diversos locais. Como alguém pode esperar que possam fazer o seu trabalho? Quanto tempo levará para fazer a licitação da reforma emergencial da instalação elétrica? Como o cidadão será atendido? Quem paga todas as horas de trabalho perdidas? Aliás, esta é a que tem a resposta mais fácil. Quem paga somos nós. Como podemos esperar que uma Fundação que não consegue planejar e executar uma simples mudança tenha condições de planejar a Joinville do amanhã? Quem será que teve a genial ideia de fazer toda essa confusão? Uma possibilidade que se comenta nos corredores do Paço Municipal é que a bagunça é tão grande e estão todos tão perdidos que não faz nenhuma diferença.

O que é evidente: nada disso pode ser considerado como exemplo de gestão. Ao contrário, a situação serve para expor de forma crua o descaso com que a cidade e o cidadão são tratados por esta administração. O que está em jogo não é mais a desastrada gestão do prefeito Udo Dohler, porque já está definitivamente comprometida. O que está em jogo é o futuro de Joinville, que corre sérios riscos de seguir sendo conduzida de maneira tão imprevidente e desorganizada. É preciso ter muito boa vontade para acreditar que quem não consegue planejar uma mudança de endereço tem condições de planejar na LOT a Joinville do amanhã.