POR VANDERSON SOARES




Falta pouco mais de um ano para as eleições municipais e as peças começam a se mexer no tabuleiro. Ainda timidamente, aquela troca de olhares de esguelha, aquele começo de namoro, as estratégias começam a se apresentar.
Udo Dohler demonstra claramente sua
intenção em continuar no gabinete central da prefeitura. Até parece mais leve e
solto com a morte do Senador Luiz Henrique. Participa das reuniões do partido
ativamente, começa a posar para fotos com o público, indícios que prepara seu
terreno para 2016. A oposição está forte contra ele, principalmente porque não
cumpriu nem 1/4 do que prometeu. Talvez tenha percebido que existem abismos de
“gestón” entre o poder público e o privado.
Além disso, fontes peemedebistas
alegam que tem largo material de fogo contra Kennedy e que não pouparão forças
em usar estes recursos. Desta vez não teremos LHS comandando a campanha e isso
é motivo de muita expectativa, afinal, será que ele ensinou alguém a jogar o
jogo como ele?
Ainda sobre o PMDB, Mariani parece querer ocupar o título de cacique do partido no estado. Sem LHS, a vaga está aberta e ele demonstra intenção de ocupar a cadeira. Minha opinião é que isso não vai colar e que o partido ficará mais fraco estadualmente. Muitos esperam ocupar o lugar que LHS construiu, mas poucos demonstram metade de sua habilidade política.
Já no PPS, o clima é de rachaduras e trincas em todas as paredes. O motivo destas trincas é, principalmente, devido a pedidos de cargos e parece que nos próximos dias teremos um belo golpe. Até acho que o golpe virá em virtude da LOT, pois sabem que o principal vereador do PPS é presidente da Comissão de Urbanismo e demonstra não ter um pingo de interesse em aprovar tudo nas pressas, como o executivo quer. Não me admiraria, por exemplo, se Maycon César fosse expulso do PPS. Seria, no mínimo, cômodo. O que talvez não saibam é que a presidência das comissões não muda com uma possível expulsão.
Já no PSDB, o clima ainda é incerto. Embora Ivandro tenha sido anunciado como pré-candidato, tudo indica que nas vésperas da eleição, Tebaldi venha a ser o verdadeiro candidato. Sofrerá fortemente com a questão ficha suja, mas creio que estará mais preparado para se defender. Da última vez, foi pego meio no pulo e acabou por jogar a toalha sem muita luta. Minha opinião é que o PSDB precisa oxigenar novas lideranças. Sempre Tebaldi, Bisoni, Dalonso e Peixer como líderes já está ficando maçante.
De toda forma, as peças começam a se movimentar e tudo indica que teremos muito espetáculo até as eleições.