quarta-feira, 31 de julho de 2013

E o plano de governo?

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje, mais uma vez, me vejo obrigada a misturar esporte e política e, o que é pior, sobre um assunto já falado.

Bom seria só falar das conquistas do esporte joinvilense e do apoio incondicional que o Governo dá aos atletas em todos os sentidos.

E será que é assim mesmo?

Por um acaso alguém reconhece o que virá baixo?

"Concluiremos a Arena Joinville, de acordo com o projeto original.
  Dotaremos praças de quadras poliesportivas e de areia, pistas de skate e de caminhada
  e palco de eventos.
  Reformaremos e modernizaremos os ginásios Abel Schulz e Ivan Rodrigues.
  Basearemos a gestão esportiva em cinco pilares:
 1. Desporto educacional: inclui toda a estrutura escolar e milhares de jovens
 entre 12 e 17 anos.
 2. Desporto comunitário: com realização de miniolimpíadas interbairros e o
 fortalecimento de modalidades tradicionais, como Bolão, Tiro-seta, Bocha,
 Futebol de Salão, Vôlei, Handebol, Judô, Atletismo e Ciclismo, entre outros.
 3. Desporto de rendimento: preparação de equipes para os Jogos Abertos de
 Santa Catarina e convênios com ligas de esporte amador.
 4. Desporto de participação: valorizaremos a participação da Terceira Idade e o paradesporto.
 5. Qualificação de equipamentos esportivos"

Então, lembrou?????

É isso mesmo. Pode parecer uma pegadinha, mas esse foi o plano de governo do nosso prefeito, no que tange o esporte.

E o basquete? Ah sim, o projeto foi para o brejo por falta de apoio...

E o Abel Schulz? Então, continua lá, no mesmo lugar...

E o Ivan Rodrigues? Pois é, gente, também continua exatamente do mesmo jeitinho, quando não está absorvido pelas tenras águas das cheias...

A ampliação da Arena. Bom, com esse ponto não concordo, pois entendo que antes se faz necessário qualificar e não quantificar. De que adianta ficar maior e com os mesmo problemas de acabamento, infraestrutura.

Não vou aqui falar do plano de governo no âmbito geral, até porque não é a minha praia, por isso vou me ater ao que se refere a minha área, o esporte.

Será que sou eu ou este plano ainda não se fez valer? Pois não tenho visto o apoio necessário ao esporte joinvilense.

Como que a Prefeitura permitiu que um projeto vencedor como o basquete ruísse? A Krona ter que jogar em Pomerode pois não tem local para mandar seus jogos na cidade? O Abel começou a ser "tapeado" mas não passou disso. No Ivan nada acontece. E que tal lembrarmos da desistência dos Joguinhos Abertos.

Até pouco tempo tudo isso era culpa única e exclusiva do PT. Agora as letrinhas mudaram e tudo continua a mesmíssima coisa.

Os cinco pilares devem ter sido fincados além mar, pois por estas bandas nada se fincou, nada se estabeleceu. Podemos ver uma total dispersão e nenhuma preocupação com a bancarrota do basquete, que tanto engrandeceu a nossa cidade aos quatro cantos do país.

Confesso que esperava muito mais deste governo e estou vendo muito menos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Bruce Lee dá uma aula de tênis de mesa

ET BARTHES
É certo que são efeitos de pós-produção, mas o filme é muito interessante. Se ainda não viu, aproveite.


Reintegração de posse

POR JORDI CASTAN

O que deveria ser uma cidadela cultural, acabou se convertendo num cortiço. Quando, na condição de Secretário do Desenvolvimento Econômico, na gestão Luiz Henrique, fui incumbido de negociar com a Antarctica, em São Paulo, a compra do imóvel da antiga fábrica de cerveja na rua XV de Novembro, o objetivo era dotar Joinville de um espaço cultural capaz de reunir, num único local, a maioria das manifestações culturais da cidade.

O estado de abandono e o desvio de função de um espaço tão nobre é o resultado da falta de um projeto concreto de ocupação da Cidadela Cultural e, principalmente, a falta de mobilização do setor cultural. Hoje, o que poderia ter sido um polo gerador de cultura, um centro de referência e local de encontro de todas as tribos que formam o tecido cultural de uma cidade viva, não é mais que um decrépito conjunto de edifícios, galpões e espaços abertos caindo aos pedaços, mal cuidados e que em alguns pontos apresentam risco iminente de ruína.

Não adianta grafitar também os muros da Cidadela, porque não há como ocultar por mais tempo o descaso com o patrimônio de Joinville. Um espaço abandonado e sem dono é um espaço que desperta o desejo e a cobiça de muitos. Nem o ITTRAN deveria estar instalado lá, nem outros serviços que nada têm a ver com cultura. Tampouco a simples cessão de uso dos diversos espaços a uns e outros parece a melhor solução, porque a soma das partes neste caso é menor que o todo.




A solução para a Cidadela passa por uma ampla discussão com a sociedade, não só com os produtores culturais. Passa por retirar do local o ITTRAN e elaborar um projeto de uso, ocupação e viabilidade econômica para o conjunto. Que preserve as suas raízes históricas e culturais. E que possa fazer com que a Cidadela Cultural recupere o seu destino original e se converta num celeiro de atividades culturais, um berçário para a criatividade joinvilense e um local que nos encha de orgulho e não nos envergonhe ainda mais.


Seria bom que tudo isso iniciasse logo, antes que os cupins que mantêm em pé parte das estruturas de madeira decidam deixar de fazê-lo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Que bosta!?!?

POR ET BARTHES
Opa! E no meio do programa, uma expressão pouco católica. O pessoal fez merda e exibiu o filme onde a mulher errou.




Quando Colombo irá atender as demandas populares de Joinville?

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Fonte da foto: desacato.info
A morte de uma mulher, semana passada, após esperar um leito de UTI por 11 horas nos corredores do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, evidencia as prioridades do governador Raimundo Colombo, as quais privilegiam os empresários locais e esquecem das demandas populares, como a resolução das constantes crises na saúde pública. Desde que assumiu em 2011, Raimundo Colombo dificilmente vem até Joinville para dedicar seu precioso tempo para a população da cidade. Em contrapartida, é arroz de festa em eventos empresariais, como jantares, posses, inaugurações de montadoras e reclamações de setores específicos da economia joinvilense.

Infelizmente a pauta do empresariado local não é popular. Ela se resume à segurança pública no centro (querendo claramente uma proteção às lojas de comerciantes da CDL), à duplicação da Santos Dumont e outras questões que dificilmente irão beneficiar as pessoas da periferia, que sofrem com a violência urbana nos bairros, com escolas depredadas, e parentes morrendo esperando um leito de UTI. Os R$ 14 milhões liberadores para o São José (em troca da sede dos jogos abertos), por exemplo, ainda não foram aplicados, enquanto que as obras da Santos Dumont iniciaram-se rapidamente após a pressão dos empresários. Sem contar as próprias promessas de melhoria na saúde estadual. Até a antes  referência Darcy Vargas perdeu este título com Colombo.

Sem hospitais de qualidade, escolas com infraestrutura mínima, e segurança nos bairros populares, a cidade de Joinville padece perante uma ordem invertida das prioridades. Suplica atenção de quem não quer dar, principalmente ao que realmente necessita ser feito. Definha com uma classe política que abdicou da oposição e não sabe cobrar, apenas se juntar à camarilha de Colombo e seu reino de maravilhas (onde as OS's são a solução para os hospitais, a vinda de empresas irá transformar toda a realidade social de uma cidade, e tinta na parede das escolas irá transformar alguma coisa) e discursar ao vento na Assembleia Legislativa, em uma omissão jamais vista entre os deputados estaduais da região de Joinville.

Pode ser "apenas" mais uma morte em corredor de hospital, mas significa muita coisa. Mostra tudo o que vem acontecendo de errado na gestão estadual, mesmo com o esforço de alguns para fazer parecer que tudo está certo e funcionando perfeitamente. A gestão Colombo precisa de um banho de povão, mas, se isso acontecer um dia, não envolverá mais a pauta empresarial nas prioridades do governo. É este o ponto que me faz perder todas as esperanças por possíveis mudanças e esperar, infelizmente, a próxima morte em um corredor do Hans Dieter Schmidt.