JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Pronto. Foi só
sair a pesquisa que apontou Udo Dohler no primeiro lugar e já teve gente
jogando merda no ventilador. De repente, começaram a
surgir denúncias mandrakes, filmes apócrifos e a baixaria invadiu as redes
sociais. Udo Dohler virou vidraça e tem gente de estilingue na mão fazendo mira.
Dizem que animal
ferido pensa com os caninos. E o pessoal de Marco Tebaldi – que, segundo a
pesquisa do IBOPE, despencou, despencou, despencou – foi logo buscar o tema do racismo. O que nem surpreende, uma vez que a coisa sempre andou latente na mentalidade coletiva e, sendo verdade ou não, até pode
colar na figura do empresário.
O fato é que um empregado de
Marco Tebaldi começou a chamar Udo Dohler de “Dolfinho” ou “Adolf” nas redes
sociais, numa clara alusão ao nazismo. A intenção é atirar sujeira para cima do empresário, na tentativa de denegrir a sua imagem. Sorry! Denegrir é
a palavra errada (significa tornar negro). Será que funciona? Acho que não.
Um outro cara, ao que parece também empregado de Tebaldi, apareceu no Twitter a dizer que fica
preocupado quando vê pessoas “pobres e negras” apoiarem um candidato que nunca
lhes abriu as portas para o trabalho. Não diz o nome, claro. Mas para má
palavra meio entendedor basta.
E finalmente rola uma sacanagenzinha chamada “Joinville sem Racismo”, que até ao momento conta com o
expressivo acervo de dois filmes. Num deles, um senhor humilde (um tal Zé Guarda) aparece a dizer que
o empresário é “contra os pretos”. Não digo que tenham se aproveitado do jeito
simplório do homem, mas que parece... isso parece. Sei apenas o que vi e posso
arriscar a dizer que no filme são 13 segundos de escrúpulo zero.
No outro vídeo,
agora mais longo e com alguma produção, um homem filmado em contraluz (só aparece a
silhueta) diz que não foi promovido na empresa por ser negro. O Roger Robleño,
das “Crônicas Marcianas”, fez uma retroversão do filme. Depois da visualização - e sendo eu um leigo -, fiquei com a ideia de que o sujeito é tão negro quanto o Michael Jackson
depois do branqueamento.
Não vou me alongar
mais, porque os fatos dispensam explicações. Mas parece que a luz vermelha
acendeu lá pelas bandas da rua Lages (onde as casas são baratinhas,
baratinhas). Há trackings nada alvissareiros a rodar entre os candidatos. De qualquer forma, há perguntas a pedir respostas.
- Esse tipo de ataque é ético?
Obviamente não.
- É crime insinuar
que uma pessoa é nazista?
Não entendo de
leis. Mas apostaria as minhas fichas no “sim”.
- O que fazer em
relação aos filmes apócrifos?
Muita gente
gostaria de ver a Justiça a investigar o caso. Não parece ser difícil chegar
aos autores.
- Qual o papel do
eleitor nisso tudo?
É essencial. Porque
cabe ao cidadão usar o título de eleitor para varrer a sujeira da política.
Nem é preciso muita coisa: basta votar limpo.