POR ET BARTHES
A ideia é vender casas na Espanha (coisa cada vez mais difícil em tempos de crise). E o filme até foi por um lado divertido e ousado. Só que as autoridades não acharam graça e deram uma censurada: só pode ser exibido a partir da 22 horas. Você concorda? Pelo menos um coisa ficamos a saber: na Espanha não deve haver motéis.sexta-feira, 15 de junho de 2012
Joinville com menos escolas
POR GUILHERME GASSENFERTH
A primeira vez que ouvi falar nas salas modulares que a
Prefeitura Municipal de Joinville instalou em algumas escolas, torci o nariz.
Já pensei em palavras como “gambiarra”, “enjambração” e outros adjetivos que
significam uma coisa feita sem muito esmero.
Em seguida, percebi nas redes sociais que não era só eu.
Outras pessoas criticando, dizendo que “assim é fácil” acabar com o turno
intermediário. Aliás, mais uma vez parabéns à equipe do Carlito por empenhar-se em acabar com isto de uma vez por todas.
Como é fácil criticar sem conhecer, resolvi ir até a escola Nilson Bender (foto acima), no bairro Paranaguamirim, e conhecer in loco uma sala modular. Assim, cheguei à conclusão de que as
salas de aula modulares não são uma ideia má. Pelo contrário!
Nós não estamos ainda acostumados a um novo paradigma demográfico,
que é a redução do número de crianças. Segundo o IBGE, Joinville tem 86.892
jovens com idades entre 10 e 19 anos, mas apenas 69.539 com idades entre 0 e 9
anos. Significa dizer que desconsiderando
variações advindas de migração (que podem ser tanto positivas quanto negativas),
teremos 17 mil jovens a menos para estudar dentro de alguns anos...

Se pensarmos em um horizonte temporal um pouco maior, as
escolas serão em grande número desnecessárias. Se uma grande escola possui 20
salas, pelo menos 5 grandes escolas poderão ser fechadas em poucos anos. É
óbvio que se pode dar outros usos, como utilizá-la para a educação infantil, ou
como centro comunitário, ou coisa similar... mas como escola, não será mais
necessária.
E aí entra a viabilidade da sala modular. Pode-se colocá-la
na escola que estiver precisando. Tira-se daqui e coloca-se lá. Pronto. Uma
sala equipada, inclusive com ar-condicionado, que pode ser removida. O bairro Glória
tá com poucas crianças? Tira a sala e leva pro Ulysses Guimarães. Pronto,
simples assim.
Os equipamentos modulares podem servir até mesmo para
abrigar salas normais para outros órgãos da prefeitura. Aos corneteiros de
plantão, recomendo que conheçam pessoalmente antes de reclamar.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
O traseiro é o alvo
POR ET BARTHES
Num treino da Suécia no Euro 2012, os jogadores estavam a fazer um exercício em que a bola não podia cair. O goleirão reserva marcou touca e, por ter errado, foi punido pelos colegas com este castigo pouco comum: ficar com o derrière à mostra para servir de alvo para as boladas. Mas parece que ninguém acertou.
O honesto é o desonesto
POR JORDI CASTAN
Nem os honestos são tão honestos, nem os maus são tão malvados.
Toma corpo nesta antessala da campanha
eleitoral a disputa entre dois modelos de candidatos. Numa abordagem simplista,
quase estulta, busca-se reduzir o debate sobre a eleição do próximo prefeito a
uma falsa dicotomia, com os pré-candidatos divididos em dois grupos: o dos
honestos que não fazem e o dos desonestos que fazem.
A lógica apresentada pelos defensores de uma e outra corrente é capenga. Porque deveriam ser incluídos os honestos que fazem (na suposição de que haja algum) e os desonestos que tampouco fazem (parece que também os há). Só considerando as quatro alternativas o jogo estaria completo.
A lógica apresentada pelos defensores de uma e outra corrente é capenga. Porque deveriam ser incluídos os honestos que fazem (na suposição de que haja algum) e os desonestos que tampouco fazem (parece que também os há). Só considerando as quatro alternativas o jogo estaria completo.
O curioso é que, entre os defensores dos
honestos que não fazem, há o reconhecimento explícito de que o
seu candidato não fez, fez pouco ou ainda fez menos do que se esperava.
Mas que sua maior virtude é a honestidade. A prova é que mora ainda no
mesmo apartamento, num conjunto habitacional classe média baixa, mesmo depois
de mais de 20 anos de vida política. Não quero entrar no mérito de debater isso aqui. Se morar no mesmo apartamento depois de 20 anos é um indicador de honestidade
ou de falta de capacidade de progredir e economizar. Ou se as suas economias
foram dirigidas a outros investimentos.
Os defensores dos que enriqueceram em pouco
tempo até concordam que o seu candidato pode não ser um modelo de
honestidade. Na realidade, é voz corrente que chegou com pouco mais que a roupa do corpo e que hoje amealhou um patrimônio significativo para quem
só trabalhou no serviço público. Construiu a imagem que fez mais obras que
nenhum outro prefeito. Consolidando a lógica perversa de que é um bom candidato porque, mesmo eventualmente não sendo um modelo de virtude, é um político que
faz.
O escritor italiano Italo Calvino publicou, em
1952, o livro “Il Visconte Dimezzato”, publicado no Brasil com o título de “O Visconde Partido ao Meio”. Com a fantasia e a ironia característicos,
Italo Calvino relata as aventuras de Medardo di Terralba que, no fragor de uma batalha contra os turcos em Bohemia, foi dividido em duas metades por uma bala
de canhão. Numa ficou toda a sua bondade e na outra toda a sua maldade.
Entendia Calvino que os seres humanos têm dentro de si, ao mesmo tempo, o bem e o mal, lutando na busca do permanente equilíbrio. Já no primeiro capítulo resolveu uma parte da dicotomia. Ninguém é absolutamente honesto ou totalmente desonesto. Os mafiosos mais truculentos têm o seu código de conduta e o respeitam. Eles são, ao seu modo, honestos com os seus companheiros. As pessoas mais bondosas são capazes de infringir grandes males, em quanto acreditam estar fazendo o bem.
Entendia Calvino que os seres humanos têm dentro de si, ao mesmo tempo, o bem e o mal, lutando na busca do permanente equilíbrio. Já no primeiro capítulo resolveu uma parte da dicotomia. Ninguém é absolutamente honesto ou totalmente desonesto. Os mafiosos mais truculentos têm o seu código de conduta e o respeitam. Eles são, ao seu modo, honestos com os seus companheiros. As pessoas mais bondosas são capazes de infringir grandes males, em quanto acreditam estar fazendo o bem.
Sobre como resolver a falsa dicotomia e
escolher entre o candidato do bem e o do mal, gostaria de recomendar a leitura
do livro, porque ele encerra a chave para a resposta. Uma dica: é que as
coisas nunca são o que parecem ser, nem os honestos são tão honestos, nem os
maus são tão malvados.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Comemorações de gol nunca vistas
ET BARTHES
Comemorações de gols como você nunca viu. Bastam alguns efeitos especiais e a história fica muito mais divertida.
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