POR LUIZ ARTUR ADRIANO
Em 2008, comecei a acompanhar a trajetória política de Kennedy
Nunes, hoje deputado estadual pelo PP, ops!, digo, PSD. Desde o início simpatizei
com as ideias daquele deputado que, tempos depois, muito carismático, dava
atenção aos seus seguidores nas redes sociais.
Recordo-me do apoio que ele deu a Carlito Merss, no segundo turno das
eleições para prefeito. Apoio este que foi fundamental para que o Carlito se
elegesse prefeito da nossa cidade. Recordo-me do discurso do Kennedy, que dava
seu apoio ao Carlito, pois não desejava que a turma do Tebaldi, representada
pela candidatura do deputado Darci de Matos, retornasse ao poder.
Por muito tempo defendi junto a meus amigos e familiares as
ideias deste deputado, inclusive informalmente fui seu cabo eleitoral em 2010,
garimpando alguns votos para a sua reeleição à Assembléia Legislativa.
Recordo-me da expectativa durante a apuração dos votos, da Twitcam transmitido
ao vivo pelo deputado durante a apuração, da bananada (doce feito com
polpa da banana) que era servida aos que o visitavam para festejar a vitória...
Ah, que festa linda!
Aí o tempo passou e o deputado novamente assumiu a sua cadeira na Assembléia
Legislativa. Desde então o meu apreço pelo seu trabalho diminuiu, chegando a não
existir mais.
Estes são apenas alguns "pequenos" exemplos de que o deputado
Kennedy não merece a minha confiança como eleitor. Para alguns, estes fatos
podem até parecer normais, corriqueiros na política. Mas é de políticos
corriqueiros que a sociedade precisa livrar-se.
Situações como a troca de partido (PP pelo PSD), quando ele passou
a unir forças com aquele que no seu discurso representava a turma do
Tebaldi.
Caso das diárias recebidas para trabalhar em Joinville, onde
ele mantém residência fixa (diárias essas, que foram pagas com o nosso
dinheiro)
Recentemente, o deputado foi convidado pelo senador Luiz Henrique,
para ser o candidato a vice de Udo Döhler (PMDB). O convite foi recusado, mas
Kennedy Nunes se disse honrado pelo convite vindo do senador. Honrado? Como
assim?
Tem também um certo jornal da nossa cidade, que sempre abre um
espaço (muito amplo, diga-se de passagem) para que o nobre deputado apresente as
suas idéias e faça críticas ferrenhas ao nosso atual prefeito. Nem de longe
penso em defender o Carlito Merss, apenas não entendo o porquê de um político ter
tanto espaço para divulgar suas idéias neste jornal. Aliás, quem são os
proprietários deste jornal impresso?
As eleições 2012 estão aí, batendo à nossa porta. Em outubro, vamos
decidir mais uma vez quem terá a responsabilidade de conduzir pelos próximos quatro
anos a prefeitura de Joinville. Eu ainda não decidi em quem votarei,
mas já sei exatamente em quem não votarei: o nome dele é Kennedy
Nunes, do PP, digo, PSD.
Político, no Brasil, é sinônimo de desconfiança, enquanto os bombeiros
lideram a lista dos profissionais mais confiáveis. Sendo assim, quem sabe em
outubro eu deixe de votar nos políticos e passo a votar nos bombeiros.
Luiz Artur Adriano Jr., de 31 anos, é administrador e natural de Joinville. Trabalha como coordenador de cobrança.