sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A melhor prefeito do histórria de Xoinville. E nón adianta reclamar...

POR BARON VON EHCSZTEIN
Guten Morgen, suas Kretinen. Voceis ficam aí malhando na nossa querrida prefeito, mas agorra vón ter engolir uma saparria inteirrinha. Atençón que eu nón disse sapatarria… disse saparria, que é um montón de Frösche. Até porque com o excelente xestón da nossa querrida prefeito os inimiga está sempre engolindo sapo. É a melhor prefeito do histórria do cidade.

Esdou muito feliz e orgulhosso. A xente vai ter o maior obrra de todas as tempos. Eins. Zwei. Drei. A construçón vai ter trrês torres e a pessoal já esdá dizendo que é o “obrra da século”. Então deve ser o obrra da século 22, porque a nossa querrida prefeito esdá sempre de olho na futurro. E tão dizeno que os obrras começam em 2019, logo depois do inauguraçón do ponte do Adhemar Garcia.

Voll geil. Muito massa. O que me deixa mais tranquilo é saber que os obrras vão contar com o apoio da governo de Estado. Entón nón tem como falhar. Os torres vão ser ali entre os ruas Nove de Março e Visconde de Taunay. Bem escolhida, porque nón tem perrigo de enchente. Os obras da Ribeirón Mathias vão acabar com os cheias no citade. Calma. Auch Rom wurde nicht an einem Tag gebaut. Roma não foi feita numa dia.

Sich besaufen, sich betrinken. Esdou tón feliz que hoxe vou encher o carra. Será que tem estanhega em cassa? Nón lembro, acho que fou ali na Anxeloni comprar um garrafa de “Doble Vê”. Quem sabe eu tenho sorte e encontro a nossa querrida prefeita. Parrece que é mais fácil de encontrar ele no Anxeloni do que no prefeiturra. Beharrlichkeit führt zum Ziel. Quem espera sempre alcança. Vexam o foto da xornal. Que coissa mais linda!



Cota 40 - Coisas estranhas

POR JORDI CASTAN
A Cota 40 deve ser preservada. Há motivos de sobra para manter esse pulmão verde em Joinville. Mas quando o tema é a preservação, sempre há coisas estranhas e movimentos para que a preservação seja "flexibilizada”. Há interesses, bem identificados, em não preservar e avançar para a ocupação. O problema é maior quando se juntam os interesses econômicos especulativos e a desídia e conveniência do poder público.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

513 deputados federais tentarão reeleição, 75% deles devem conseguir

POR ANA CRISTINA CAMPOS Agência Brasil 

Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que 79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição em outubro. Projeção da entidade aponta que 75% deles devem se reeleger. O levantamento foi feito com base após o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o Diap, o número de candidatos à reeleição (407) na Câmara ficou um pouco abaixo da média dos últimos sete pleitos (408), porém maior que na eleição de 2014, quando 387 tentaram renovar seus mandatos.

Dos 106 que não vão se recandidatar para a Câmara, 31 não vão concorrer a nenhum cargo neste pleito e 75 disputam outros cargos. Destes, 40 concorrem ao Senado; 11 são candidatos a vice-governador; nove disputam o governo do estado; sete tentam vaga de deputado estadual; seis são suplentes de candidatos ao Senado; e dois são candidatos à Presidência da República.

Na avaliação do analista político Neuriberg Dias, um dos autores do levantamento, a expectativa e o sentimento da população por renovação na Casa serão “frustrados”neste pleito.

Segundo Neuriberg Dias, o alto índice dos que vão tentar novo mandato com a continuidade dos grupos políticos (bancada rural, empresarial, evangélica, da bala e de parentes) que já estão no poder traz o risco de que a próxima composição da Câmara seja mais conservadora que a atual. “O perfil do Congresso Nacional será mantido. Esses grupos detêm muitos seguidores e pode ter até retrocesso”, disse o analista político.

Além de emendas parlamentares, os que estão se recandidatando têm outras vantagens em relação a um novo candidato: nome e número conhecidos, bases eleitorais consolidadas, cabos eleitorais fiéis, acesso mais fácil aos veículos de comunicação, estrutura de campanha, com gabinete e pessoal à disposição, em Brasília e no estado.

O levantamento também indica que as mudanças na legislação que reduziram o tempo de campanha de 90 para 45 dias e do período eleitoral gratuito de 45 para 35 dias são outros dos motivos para a baixa renovação da Câmara.

“As mudanças na legislação eleitoral com a criação do fundo eleitoral e a janela partidária (período no qual foi permitida a troca de partido sem perda de mandato) permitiram aos deputados e senadores negociarem melhores condições na disputa da reeleição, como prioridade no horário eleitoral e na destinação dos recursos do fundo eleitoral”, avalia o Diap.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Socialismo nos Estados Unidos? É o fim dos tempos...

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Uma coisa impensável nos Estados Unidos de décadas atrás: um político assumir que é socialista e não ser execrado pelos eleitores. Os tempos mudam. A ascensão de Bernie Sanders, derrotado por Hillary Clinton nas primárias para a corrida à presidência, em 2016, abriu caminho para outros protagonistas que estão em sintonia com um certo “socialismo democrático”.

O nome mais sonante do momento é o de Alexandria Ocasio-Cortez, que venceu as eleições primárias para o 14º Distrito de Nova Iorque, pelo Partido Democrata. Aos 28 anos, de origem latina e tendo passado a infância num bairro de colarinhos azuis, Ocasio-Cortez afirma ser socialista democrático e tem como bandeiras a defesa dos mais fragilizados, como os imigrantes.

E quem não lembra da atriz Cynthia Nixon, que fazia a personagem Miranda Hobbes na série “O Sexo e a Cidade”? Pois a moça é ativista política e está a disputar as primárias para o governo de Nova Iorque. “Se ser socialista democrática significa que você considera direitos fundamentais, saúde, habitação, educação e justiça, então pode me chamar socialista”, escreveu ela, num tuíte que fecha com a imagem de uma rosa, símbolo do socialismo.

É claro que a coisa ainda anda muito por Nova Iorque, um dos estados mais liberais do país. No entanto, o interessante do quadro atual é que a ideia de “ser socialista” já não provoca tanto comichão. Não é obra do acaso. É a reação da sociedade a uma realidade em que os números não ajudam. Os Estados Unidos já não são o que foram em décadas passadas e hoje têm 40 milhões de norte-americanos vivendo na pobreza. Muitos em pobreza severa.

Mais do que isso, o democrata Bernie Sanders tem insistido na divulgação de dados que apontam para 140 milhões de pessoas com dificuldades de atender as suas necessidades básicas, como habitação, planos de saúde ou medicamentos. Existem 30 milhões de pessoas sem planos de saúde, além de outros tantos que possuem planos, mas com coberturas insuficientes para certos tratamentos.

Os Estados Unidos não são um país para velhos. Mais da metade dos trabalhadores mais idosos não consegue poupar para a aposentadoria. Aliás, muitos dos que pouparam ao longo da vida – é o processo normal – agora estão a ter problemas para se manter, porque vivem mais tempo e o dinheiro não chega até ao fim da vida. Outro dado relevante: 40% das pessoas não conseguem ter uma poupança de 400 dólares para uma emergência.

O surgimento dessas vozes – sob a marca da palavra socialismo – é uma resposta à agudização dos problemas de uma sociedade que está a deixar muitos dos seus cidadãos para trás. No entanto, o fenômeno não deve iludir os socialistas mais ortodoxos, que acreditam na formação de sociedades igualitárias, sem propriedade privada e com o Estado a regular tudo. Não é isso que está em jogo.

As propostas passam por uma espécie de “welfare state” como o que existe na Europa. Ou seja, o Estado é responsável por atender as exigências básicas dos cidadãos como saúde, habitação ou educação. É só dar uma olhada nas ideias defendidas por Bernie Sanders. O democrata deseja um salário mínimo nacional de 15 dólares/hora, universidades públicas gratuitas e um maior acesso dos cidadãos ao sistema de saúde. 

É o socialismo reivindicado por estes políticos. E já não é pouca coisa.

É a dança da chuva.


Bernie Sanders, Alexandra Ocasio-Cortez e Cynthia Nixon

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Em época de eleições...

POR JORDI CASTAN
Quando os políticos começam seus discursos em época de eleições é bom ligar o detetor de ironia, cinismo e sarcasmo. Porque é importante saber distinguir entre eles, identificar os bons políticos dos mercadores de ilusões, vendedores de ar quente, engambeladores de iludidos. Isso é especialmente útil quando inicia a temporada de caça ao eleitor.

Ironia: Modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário daquilo que se está pensando ou sentindo. Ou por pudor em relação a si próprio ou com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem.

Cinismo: Hist. Filos.  Doutrina e modo de vida dos seguidores dos filósofos socráticos Antístenes de Atenas (444-356 a.C.) e Diógenes de Sínope (413-323 a.C.), fundadores da Escola Cínica, que pregavam a volta à vida em estrita conformidade com a natureza e, por isso, se opunham radicalmente aos valores, aos usos e às regras sociais vigentes. [Cf. socratismo.]- P. ext. Impudência, desvergonha, desfaçatez, descaramento.

Sarcasmo: Zombaria, Manifestação intencional, malévola, irônica ou maliciosa, por meio do riso, de palavras, atitudes ou gestos, com que se procura levar ao ridículo ou expor ao desdém ou menosprezo uma pessoa, instituição, coisa, etc., e até os sentimentos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Raquel "The Flash" Dodge


Donald Trump e a guerra suja contra a imprensa

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Nesta quinta-feira, mais de 300 jornais dos EUA estão a publicar editoriais em defesa da liberdade de imprensa. A iniciativa é uma resposta direta ao presidente Donald Trump, que tem insistido na ideia de tratar a comunicação social norte-americana como inimiga do povo. Sempre que surge uma notícia negativa - e não têm sido poucas - o atual inquilino da Casa Branca acusa a imprensa de produzir “fake news” (mesmo com todas as evidências em contrário).

A insistência nesse discurso já seria suficientemente ruim, mas o presidente tem conseguido convencer muitos dos seus eleitores. E há consequências. Um dos exemplos mais recentes envolveu o correspondente da CNN em Washington, Jim Acosta, que foi hostilizado por uma multidão de partidários de Donald Trump, antes de um discurso do presidente, em Tampa, na Carolina do Sul.  “A CNN é uma merda” ou “Foda-se a imprensa” foram algumas das expressões.

A iniciativa dos editoriais partiu do “The Boston Globe” e conta, entre outros, com a adesão do “The New York Times”, “The Denver Post”, “The Philadelphia Inquirer” ou “The Chicago Sun-Times”. A intenção é alertar para os riscos dessa guerra suja aberta por Donald Trump, porque rotular a imprensa inimiga do povo é uma tática considerada perigosa. E anti-americana. Pesquisas indicam que o número de norte-americanos favoráveis ao direito presidencial de encerrar órgãos de imprensa está a crescer, em especial entre os eleitores republicanos.

“A grandeza dos Estados Unidos depende do papel de uma imprensa livre para falar a verdade para os poderosos”, escreveu o “Globe”. A campanha também saiu às redes sociais, com a hashtag #EnemyOfNone (inimigos de ninguém). A adesão foi expressiva, mas nem todos os órgãos de comunicação embarcaram na ideia. The Wall Street Journal”, por exemplo, ficou fora da campanha, usando o argumento de que Trump tem direito à sua liberdade de expressão. 

É a dança da chuva.