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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Institutos de pesquisa parecem baratas tontas

JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Você quer uma pesquisa em que o seu candidato apareça em primeiro lugar? Ou em segundo, para a coisa chamar menos a atenção? Então é só falar comigo que eu faço uns graficozinhos bacanas para a gente mostrar que o seu candidato está na frente. E ninguém vai achar que é diferente das pesquisas que andam por aí.

O leitor e a leitora podem imaginar que eu quero por os institutos de pesquisa em dúvida. Mas nem precisa, porque são eles próprios a passarem essa imagem de baratas tontas. Um diz uma coisa, outro diz outra e aí vem um terceiro desdizer tudo. E
no fim fica um claro descrédito. Parece que nenhum deles sabe o que está a fazer e são todos incapazes de identificar as intenções de voto dos eleitores. É uma tremenda confusão.

Um dia Udo Dohler aparece a liderar as intenções de voto dos joinvilenses. Daí a pouco aparece outra pesquisa que vira tudo pelo avesso e diz que Tebaldi é o preferido dos eleitores. E, claro, sempre podemos contar com a inefável Gazeta de Joinville, onde “surpreendentemente” o candidato à frente é .... (toquem os tambores em sinal de suspense)... Clarikennedy Nunes, quem poderia imaginar...


O fato é que as pesquisas divulgadas mais recentemente em Joinville só permitem uma conclusão: ou os institutos não sabem o que estão a fazer (descarto aqui a ideia de que façam pesquisas à la carte) ou então os eleitores entrevistados estão todos bêbados. Pensando bem, eis uma explicação plausível: talvez as pesquisas estejam a ser feitas na Via Gastronômica, quando a madruga já vai alta.


O mais interessante é que os candidatos - pelo menos os que tem grana - realizam as suas próprias tracking polls, pesquisas que acompanham pari passu a evolução das intenções de voto. E das que me tem chegado, é possível perceber que os resultados encontram um denominador comum. Que é diferente de muitas pesquisas.


Gente, eu tenho estado atento a essas coisas das pesquisas em muitos países e nunca vi uma azelhice como essa de Joinville. Em outros lugares os institutos tratam as pesquisas como coisa séria e os resultados são fiáveis (com mais ou menos margens de erro). É, inclusive, uma forma de orientar o eleitorado. Mas em Joinville parece ser a casa da Marlene... uma autêntica zona. 


Os caras estão a brincar com coisa séria (faz é tempo). E o resultado só pode ser a total descredibilização das pesquisas e dos institutos. Deixo uma dica: talvez fosse legal fazer uma pesquisa para ver em qual instituto o povo acredita. E sem esquecer de deixar a opção “nenhum”.