POR JORDI CASTAN
O processo eleitoral brasileiro é complexo, como quase tudo
neste país. Nada esta feito para ser
simples e há uma fascinação pela complicação. O sistema partidário
tampouco ajuda, mas isso interessa muito a alguns e muito pouco a outros.
Quem disputa a reeleição parte com vantagem. E com uma larga vantagem, diga-se. As chances dos partidos pequenos e dos candidatos novos é muito pequena.
Vamos ficar no exemplo do varejo local. É um mundo político
que mais parece uma quitanda ou uma loja de secos e molhados. Qualquer prefeito
que queira se reeleger terá maior facilidade em atrair aliados se tiver
secretarias e cargos para oferecer em troca de apoio. Apoios que significam
tempo de televisão, mais recursos e mais visibilidade. Além da inegável vantagem
que representa o permanecer no cargo durante toda a campanha.
No Legislativo, cada vereador tem à sua disposição assessores parlamentares, que poderiam ser chamados “cabos eleitorais”, uma vez que apenas lutam desesperadamente para que seu candidato se reeleja. Desnecessário ter que explicar, ao leitor do Chuva Ácida, que na verdade lutam pelos seus próprios empregos. Manter por outros quatro anos o cargo de assessor parlamentar tem lá suas vantagens, ou deve tê-las pelo afinco com que trabalham pelos seus candidatos. Não é pouco. Mas há ainda a estrutura que a Câmara coloca à disposição de cada vereador. Difícil separar em que momento o prefeito esta sendo prefeito ou candidato, da mesma maneira é difícil saber quando o vereador esta exercendo seu mandato ou fazendo campanha.
No Legislativo, cada vereador tem à sua disposição assessores parlamentares, que poderiam ser chamados “cabos eleitorais”, uma vez que apenas lutam desesperadamente para que seu candidato se reeleja. Desnecessário ter que explicar, ao leitor do Chuva Ácida, que na verdade lutam pelos seus próprios empregos. Manter por outros quatro anos o cargo de assessor parlamentar tem lá suas vantagens, ou deve tê-las pelo afinco com que trabalham pelos seus candidatos. Não é pouco. Mas há ainda a estrutura que a Câmara coloca à disposição de cada vereador. Difícil separar em que momento o prefeito esta sendo prefeito ou candidato, da mesma maneira é difícil saber quando o vereador esta exercendo seu mandato ou fazendo campanha.
Para os outros candidatos, especialmente para os dos partidos
menores, o caminho é longo e duro. Faltam recursos, tempo de televisão e rádio e
não ha cargos que oferecer. Não tem como obrigar que os
detentores de cargos comissionados façam campanha em seus carros ou participem
ativamente de caminhadas e mobilizações. Há que afirme que há até uma lista
informal de presença, que se faz um controle severo de quem participa e de quem
faz corpo mole.
A verdade é que as melhores propostas até agora estão nos programas e discursos dos que nada têm a perder. São os candidatos que podem permitir-se o luxo de dizer a verdade. Entre os três candidatos que estão na frente nas pesquisas e que têm as maiores estruturas de campanha e tempo de mídia não há nada novo. Não esta com eles a parte interessante da campanha, até porque o que se escutou e viu até agora é mais do mesmo. Há só cheiro de ranço, de “deja vu”.
Os discursos são cada vez menos convincentes. Estão órfãos de ideias novas e só contam com a vantagem que o sistema lhes proporciona para ganhar uma corrida que é desigual desde muito antes de começar. Ruim para o eleitor, pior para Joinville.
A verdade é que as melhores propostas até agora estão nos programas e discursos dos que nada têm a perder. São os candidatos que podem permitir-se o luxo de dizer a verdade. Entre os três candidatos que estão na frente nas pesquisas e que têm as maiores estruturas de campanha e tempo de mídia não há nada novo. Não esta com eles a parte interessante da campanha, até porque o que se escutou e viu até agora é mais do mesmo. Há só cheiro de ranço, de “deja vu”.
Os discursos são cada vez menos convincentes. Estão órfãos de ideias novas e só contam com a vantagem que o sistema lhes proporciona para ganhar uma corrida que é desigual desde muito antes de começar. Ruim para o eleitor, pior para Joinville.