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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Qual será o futuro de Marco Tebaldi?


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Após o fim das eleições de 2012, e todo o novo arranjo político local já formatado, alguns personagens ainda estão na ressaca pós-eleições, principalmente por sofrerem derrotas seguidas e, possivelmente, irreparáveis. Um destes casos é o do deputado federal Marco Tebaldi (PSDB), que encontra-se diante de um sombrio e tenebroso futuro.

Após ser eleito deputado federal com uma votação expressiva (mais de 100 mil votos), muitos pensavam que Tebaldi novamente ganharia força, inclusive no âmbito estadual. Porém, em um erro estratégico, o deputado aceitou o convite do governador Colombo para ser secretário de educação. Como eu já esperava, Tebaldi sofreu muito com as greves, falta de estrutura e inoperância de sua pasta. Em conseqüência, Tebaldi sofreu a sua primeira derrota, perdendo o pouco prestígio político que tinha com a população e o rompimento com o governador. Voltou para Brasília, e de lá viu “de camarote” as discussões sobre a Ficha Limpa. Tebaldi foi o mais atacado nesse sentido, por motivos óbvios e justos.

Ao entrar na campanha para prefeito praticamente sozinho, Tebaldi parecia estar desanimado. Entrou pressionado, e não agüentou. O PSDB, seu partido, se enfraqueceu após perder a prefeitura para o PT em 2008, ao mesmo passo que outros partidos se fortaleceram, como o PMDB e o PSD. O resultado foi pífio. Não se elegeria nem para deputado estadual com a votação que fez. Diante de todos estes fatos, qual o futuro de Tebaldi?

Não pretendo fazer futurologia neste espaço, mas penso que os caminhos não são animadores. Com a participação no governo Udo, o PSDB dá alguns passos para trás, não ocupando espaços como ocupava antes, e a perda de militância é evidente. Ano que vem Tebaldi precisa compor alianças para se reeleger, mas encontrará dificuldades devido a sua imagem arranhada pela Ficha Limpa e pela fraca votação de 2012. Se não acontecer a reeleição, ficará a serviço do partido para ocupação de outros cargos (principalmente se Dilma não se reeleger), ou estará ativo em suas “consultorias”. Vale lembrar que este prognóstico era o mesmo em 2008, só que os petistas fizeram uma gestão tão ruim, que alguns personagens renasceram das cinzas...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O blablablá na terra de Luluf e Malula

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Mas foi diferente na semana passada: a foto em que Lula e Maluf trocavam um aperto de mãos provocou ataques verborrágicos que pareciam não ter fim. Foi um tremendo blablablá.


E ficaram evidentes duas formas de ver as coisas: uma muito emocional, outra nada racional. A primeira reação mais emocional foi do pessoal da direita vociferante, que não perdeu tempo em apontar o dedo a contradições. Falou-se muito em falta de ética e que o PT havia sido contaminado pela imagem pestilenta de Maluf.

Até aí tudo bem, porque os caras até tinham motivos. Mas o fato é que esse pessoal não estava disposto a discutir ideias. A intenção era apenas fazer barulho e acusar o PT de ter tropeçado na ética. Aliás, nada dá mais prazer à direitona braba que encontrar motivos éticos para desancar o PT. Foi o gáudio.

Na outra trincheira emocional estavam os petistas mais sectários, que não se importam com a aliança. Maluf?  Ora, se for para vencer a direita valem até pactos com o diabo. Ah... e entre os petistas havia também aqueles que gostam de posar de vestais e acham inadmissível serem vistos ao lado de Maluf. Aliás, são os mesmos quem em 2002 criticaram Lula por ter feito composições estranhas para chegar ao poder. O problema é que depois eles ficam sempre caladinhos e coniventes.

O QUE NÃO SEI DISCUTIU - Houve pouca racionalidade. A coisa ficou no oba-oba e ninguém se deu ao trabalho de discutir o que é efetivamente essencial. Para começar, vamos aos fatos: Lula apenas se antecipou a Serra, que também insinuava um namoro com Paulo Maluf. O partido do senhor “rouba mas faz” era o mais desejado. Lula só foi mais rápido no aperto de mão.

Tudo aconteceu porque tanto PT quanto PSDB estavam interessados em mais minutos de televisão. E, ao que parece, a conquista de mais tempo na telinha justifica todas as insanidades políticas. É o tipo de coisa que só pode acontecer em lugares onde a democracia ainda está a engatinhar.

Quando o horário na televisão é fator definidor de eleições, a própria democracia está sob fogo. Um regime democrático não pode conviver com distorções pouco democráticas, como o poder do horário de televisão. Porque estamos a falar de governar pessoas e não de vender sabonetes. Aliás, não conheço nenhum país desenvolvido onde o horário televisivo seja tão importante para definir os seus governantes.

Há algo de podre no reino da democracia brasileira. E de factóide em factóide, perde-se a oportunidade de discutir o que realmente importa: uma verdadeira reforma política. Aliás, vale salientar, a reforma não interessa a qualquer dos players atuais do xadrez político. Nem à esquerda e nem à direita, até porque na atual situação é difícil distinguir uns dos outros. Fica evidente que são todos conservadores, porque acham que o modelo está bem e não querem mudar.

EM JOINVILLE? - A questão da televisão vale também para Joinville. Porque há verdadeiras inexpressividades políticas que ganham peso de negociação em tempo de eleições. Não porque tenham representatividade política, mas porque representam tempo de televisão. O resultado é que verdadeiros nadas passam a ter protagonismo. E, lá como cá, algumas coligações acabam sendo autênticos bordeis ideológicos.


As democracias a sério não se fazem assim.

terça-feira, 27 de março de 2012

Tô cansado dessa choradeira “volta Tebaldi”

       POR CHARLES HENRIQUE

     
Faz muito tempo que não falo de política partidária por aqui. Foi de propósito. O cenário nos últimos meses vem me enojando muito. Algo que compõe isso tudo é a choradeira dos tucanos e simpatizantes, anti-PT e anti-Carlito (estes dois últimos são grupos totalmente distintos) para que o ex-Prefeito, ex-Secretário de Educação e meio Deputado Federal Marco Tebaldi seja candidato pelo PSDB nas eleições 2012. O coro “volta Tebaldi” é comparável ao esquecimento da população brasileira na hora de apertar os botões da urna eletrônica.

Tebaldi, que saiu queimado da Secretaria de Educação, foi recebido com um pétit-comité que não existiria em nenhum lugar de Santa Catarina. Só em Joinville mesmo. Com essa festinha veio o bombardeio nas redes sociais de um “volta Tebaldi”, “quero Tebaldi de volta” e até uma declaração de amor: “Tebaldi, não sei viver sem você”... e este discurso foi impregnado nas entrelinhas de alguns radialistas e apresentadores de TV. Claro, são todos amigos que querem voltar para o lado de lá do balcão.

Mas pedir para o ex-Prefeito voltar, além de representar o retrocesso da volta de um grupo político que há anos estava no poder (e que perdeu espaço após o fim dos 8 anos de LHS no Governo Estadual), é pedir para Flotflux voltar, juntamente com o Boulevard Cachoeira, abertura da Rua do Príncipe, o paver nas praças, a TLL anual, a tarifa de varredura, Secretário da Saúde preso, a venda da conta-corrente do funcionalismo público e todos os demais escândalos e incompetências que a sua gestão teve de 2002 a 2008. Está certo que tivemos ganhos como a municipalização do serviço de água e esgoto, e mais certo ainda que a gestão Carlito é um grande cabo eleitoral da oposição, mas o PSDB seria muito mais digno se lançasse uma proposta nova para a cidade, juntamente com um nome diferente.

Tô cansado da memória curta e da choradeira desse povo que quer voltar mais do que o próprio Tebaldi. Mais cansado ainda dos nomes que surgem como pré-candidatos, vazios e sem propostas. Nós já temos uma representação fraca em Brasília, e, sendo assim, não seria melhor pedir um “volta Tebaldi para Brasília?”. Tem uns que pedem um “volta Tebaldi para Erechim”, mas, não é o meu caso. Talvez as praças (ou frigideiras em dia de verão) da Rua do Bera (projetadas na gestão Tebaldi) sirvam para o show beneficente em prol da compra  das passagem de volta do Deputado para os pampas. Ta aí a dica para os petistas que adoram aquele marco do urbanismo local.

PS. Meu dedo tá coçando pra apertar o branco em Outubro. Tenho esperança de não realizar tal ato.