POR JORDI CASTAN
Chuva de dinheiro na
prefeitura de Joinville. É isto o que estamos acompanhando nestes dias,
primeiro uma proposta esdruxula do prefeito oferecendo o privilégio de um subsídio
de R$ 7.500.000 para as empresas Gidion e Transtusa, operadoras do transporte
coletivo na cidade.
Será que foram elas quem
pediram? E se foram e tivessem motivo para um pedido como este, onde está a
planilha, a justificativa? O prefeito estava tão apresado para conceder o privilégio
que nem lembrou de avisar ao candidato a prefeito do seu partido, o Deputado
Fernando Krelling não sabia nada. O “delfim” do prefeito anda meio desligado
das coisas da vila e nunca sabe de nada. Se quer mesmo ser prefeito seria bom
que se informasse melhor.
A prefeitura desistiu de
dar o subsídio, estranho, ainda mais estranho é que nem explicou por que seria
dado, nem porque desistiu. Assim fica claro que o prefeito errou duas vezes, ao
propor uma subvenção sem justificativa e ao desistir sem explicar. A falta de transparência
desta gestão é uma das marcas que a caracterizam a outra é a de deixar as obras
inacabadas.
Outra notícia
envolvendo dinheiro na vila chegou da CAJ (Companhia Águas de Joinville) que
contratou a empresa D´Araujo por R$ 3.000.000 para prestar serviços de
publicidade e propaganda. Um excelente contrato no apagar das luzes da gestão. Não
há nada de ilegal no contrato, a empresa tem uma boa carteira de clientes (https://daraujo.com/clientes/)
e conhece bem o prefeito, o conhece tanto que fez as suas campanhas políticas.
Como parece que
dinheiro não falta, seria melhor que o prefeito priorizasse a sua gestão do
caixa e pagasse dívidas, que aliás não são poucas. Além das dívidas
consolidadas e a do Ipreville é uma das maiores, Joinville está enfrentando com
dificuldades a pandemia do COVID19, faltam leitos testes, reagentes,
equipamentos de segurança para o pessoal sanitário. Não há dúvidas que o dinheiro
poderia ser melhor gasto.
No caso da CAJ a
prioridade deveria ser aumentar a cobertura de esgoto. Joinville tem índices de
cobertura vergonhosos, muito abaixo da média nacional, equivalentes a das
regiões mais pobres do Brasil. Isso não parece preocupar ao prefeito e a
diretoria do Companhia, que vem como a maioria de bairros convivem com valas a céu
aberto e não tem tratamento de esgoto. Os dividendos que a CAJ tem distribuído nos
últimos anos, provam que a empresa é lucrativa e o dinheiro que deveria ser
destinado a universalizar a cobertura de esgoto sanitário tem servido para
tampar furos de caixa e pagar contas da prefeitura. Agora uma parte vai para fazer
propaganda. Será que é o melhor lugar para gastar esse dinheiro?
Bom não esquecer que
em ano eleitoral fazer propaganda e sempre útil, azeitar a mídia tem dado bons
resultados e quem tem a máquina na mão, já sai com vantagem.
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