terça-feira, 3 de julho de 2018

Todos os caminhos levam ao Condor. E tem até placa de trânsito...


POR JORDI CASTAN
A Audiência Pública, realizada na ACIJ para que a sociedade pudesse avaliar o EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) do supermercado Condor, mostrou mais sombras que claridade nos dados apresentados. As inconsistências foram questionadas, principalmente as referentes ao impacto negativo que teria sobre o trânsito da região. Não houve respostas concretas, nem convincentes.

Não houve respostas, porque cada um dos atores, na audiência pública, estava representando seu papel. Os empreendedores defendo as maravilhas e benesses que o novo hipermercado traria para a região, destacando o número de novos empregos criados. Ninguém questionou o tipo de empregos e a média salarial de caixas e repositores de estoque.

Ao fim de contas a maioria dos representantes da sociedade estava fazendo de claque a favor do empreendimento. Não há como precisar se estavam lá por própria vontade ou se tinham sido mobilizadas pelo empreendedor ou pelo próprio poder público para apoiar o empreendimento. O certo é que houve só elogios ao supermercado. É bom lembrar que o objetivo das audiências públicas é de ir armado com dados, estudos e manter uma posição critica que permita separar o  eufemismo do empreendedor e da claque dos impactos negativos que o empreendimento trará para a região e para a cidade.

O tamanho do estacionamento. O tempo médio de compra. A movimentação adicional gerada pelos caminhões dos fornecedores. Tudo foi  questionado e não houve resposta. Neste ponto ficou claro que os representantes do poder público assumiram o papel de claque, passaram a defender sem rubor o empreendimento e,na sua defesa apaixonada, esqueceram que seu papel era o de defender os interesses da sociedade e não os do supermercado.

Sem dados e sem conhecimento evidenciaram a tendenciosidade dos seus argumentos. Baixou o telão, a audiência não permitiu que a vizinhança tomasse conhecimento do impacto real do autorizar um empreendimento naquele local. Os representantes do município, que já tinham autorizado o empreendimento, passaram a agir, e seguem agindo, mais como prepostos do supermercado que como defensores dos interesses de Joinville.

Agora no novo capítulo da novela do supermercado Condor. É que começam a ser implantadas as mudanças no trânsito no entorno. O que não foi respondido na audiência pública está sendo posto em prática. Com a instalação de um sinaleiro na Rua João Colin, para facilitar o acesso ao supermercado, os passos seguintes serão as mudanças de mão nas Ruas Almirante Barroso, Machado de Assis e num trecho da Rua Benjamin Constant.

Sinto pena dos moradores da Rua Machado de Assis, uma rua que hoje não permite o trânsito de caminhões de mais de 5 toneladas e que passará a conviver com ônibus, caminhões de maior tonelagem, a retirada do estacionamento e um volume de tráfego incompatível com uma rua com perfil residencial. O estrago está feito. Agora todos os caminhos levarão ao Condor, até placa de trânsito com o nome do supermercado já colocaram. Se a moda pega.

Pensei se alguém previu o que será daqui para frente a ligação Leste–Oeste na região, mas depois lembrei que não há que procurar maldade onde só há inépcia.  

19 comentários:

  1. Jordi, fica aqui um conselho. Larga a pantufa e vá tentar cargo no legislativo de Joinville. Você só reclama. Com relação ao Condor, isso se chama PROGRESSO. Antes do Condor se instalar naquele local tinha uma industria que foi desativada. Pare de reclamar da vida eleitor do carlito.

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    1. Pantufa? nem sei o que é isso. Pantufa não combina comigo. Progresso? Você não saberia o que é progresso nem se fosse abalroado por ele.
      Sobre o caos anunciado eu estive na Audiência Pública não lembro de ter visto você por lá.

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    2. Você tem um pensamento retrógrado, tipico de quem usa pantufas e reclamada o dia todo da vida.

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    3. Esse seu progressismo de araque, não deixa de ser digno de estudo. Lembra-me o de um certo coronel de vila interiorana de Santa Catarina, paladino da geston, que propaga a ideia do progresso a qualquer preço.

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    4. Faz uma comparação entre você e o paladino da geston. Pense no que ele e você fizeram e conquistaram ao longo da vida. Um conselho: não entre em depressão tá. #ficafica

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    5. que progresso? pessoas realmente acham que hipermercado criam empregos na soma total?

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    6. Existe uma cadeia de produção/serviços que chegam com esse tipo de investimento. A culpa definitivamente não é do investidor que emprega, paga impostos e gera outros empregos indiretos. Cabe ao poder público adaptar as necessidades de um empreendimento desse porte. Com LOT ou sem LOT esse empreendimento viria a se instalar no mesmo local: uma importante artéria viária da cidade.

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  2. "Ninguém questionou o tipo de empregos e a média salarial de caixas e repositores de estoque." (...)"O tamanho do estacionamento. O tempo médio de compra. A movimentação adicional gerada pelos caminhões dos fornecedores. Tudo foi questionado e não houve resposta." Sorte que não temos um Jordi na PMJ, pq se ele tivesse lá não haveria nenhum empreendimento nesta cidade. Certamente o autor do texto mora na rua Machado de Assis.

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  3. “El Condor Pasa”
    Simon & Garfunkel

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    1. O Condor passa... mas o estrago fica.

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    2. To até vendo. Condor vai inaugurar e o Jordi será o primeiro cliente. kkkkk

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    3. Você não deve conhecer o significado da "princípios".

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  4. E quando vai ser inaugurado? Moro nas redondezas e não vejo a hora de inaugurar!

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    1. Jordi deve saber, será o primeiro a fazer compras no local.

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    2. A inauguração esta atrasada. Seria bom averiguar porque não inaugurou no prazo previsto "A futura loja do Condor no bairro América deve ser inaugurada até o final de março do próximo ano (2018), segundo previsão do grupo."
      Vai que o chopp encheu de agua.

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  5. Entre os conceitos de PROGRESSO/DESENVOLVIMENTO/CRESCER OU PROSPERAR, prefeiro o PROSPERAR. Tal nos remete a ideia do ganho coletivo e sustentável... os demais são discursos dos promotores de venda do futuro incerto ou de permanência fugaz. A prometida cidade de 2030 já apresenta sua cara, inumeros buracos cheios de passivos e de difícil solução...

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  6. Melhor um mercado funcionando que uma estruturada velha, abandonada, sem qualquer utlidade.

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    1. Comentários como o seu dão sustentação a degradação que a vila vive. Tudo pode, tudo vale.
      A dicotomia que você planteja é uma falsa verdade. Não se trata de manter uma estrura velha e abandonada. O texto em nenhum momento defende isso.

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