POR MÁRIO MANCINI

Vivemos uma crise de mobilidade que atinge a maioria das cidades com mais de 300 mil habitantes, bem ou mal, a “qualidade” de vida melhorou, facilitou o acesso aos automóveis, às motocicletas, etc. O que, de maneira direta, aumentou de maneira exponencial a quantidade de veículos circulantes, muitas vezes por ruas dimensionadas no século XIX.
A maioria das cidades nasceu
em volta de uma igreja e se expandiu, sem planejamento algum, o que era comum
para a época e formou, de certa forma, um centro histórico de difícil
locomoção.
Muitas destas cidades atentas
a este detalhe desviaram e/ou limitaram o acesso “motorizado” a este bairro
central, planejando o entorno e investindo em mobilidade urbana.
Infelizmente existe uma
grande maioria que não o fez e pensa que transporte coletivo é sinônimo de
ônibus circular, que o mesmo deve disputar espaço com bicicletas, motocicletas,
automóveis e, até, pedestres.
Nestas cidades planejamento
para longo prazo não existe, vivem o momento, algo do tipo, “vamos fazer para
ver o resultado, se não der certo mudamos”, mesmo que isto decorra em custos e
retrabalho, pois ao menos a população vê que estão trabalhando.
Existe um exemplo bem próximo
de nós, que colocou na cabeça que o ônibus é a solução para o transporte de
massa e deve ter prioridade sobre os demais, ideia mais que ultrapassada;
inclusive defenestrado qualquer ideia contrária; mesmo se o sistema fosse
eficiente, de baixo custo e confortável, o que não é.
Por isso afirmo, neste caso choque
de gestão não chega a lugar algum , precisamos de um choque de
ideias, de mudanças de paradigmas, e isto em todas as áreas, não só na “gestão”
da mobilidade urbana.
Como isto não ocorrerá, ao
menos no próximo ano e meio, são só divagações, simples divagações.
Sempre fui usuário do transporte público de Joinville, quase que exclusivamente viário, por ônibus. Moro na zona norte, trabalho na zona sul. Nunca tive problemas com falta de transporte ou superlotação. Tenho duas opções de linha ao meu dispor, um percurso mais longo, porém mais rápido, e outro mais curto que para em várias estações, inclusive baldeação na estação central. Quem reclama do transporte público de Joinville provavelmente não é usuário dele. Minhas reclamações são restritas a falta de modernização das carrocerias, que traria um conforto maior para quem transita em pé e o preço relativamente alto da passagem.
ResponderExcluirPenso que alternativas, como transporte de massa por trilhos, um VLT por exemplo, ligando as zonas mais afastas (norte e sul) cairia bem, pois divide, em certos trechos, a rua com os veículos. Quando o VLT não está circulando, os automóveis ocupam a sua faixa. O BRT não é a solução, pois exige uma faixa exclusiva, e antes de me questionarem sobre a importância de limitar o acesso de veículos particulares no centro, lembro que outras opções mais convidativas de transporte público têm de antecipar essa reivindicação.
Antônio
O PlanMob de Joinville é uma peça de ficção Utópica , o sonho ippujiano é aumentar o uso da Bike nas maravilhosas ciclo-faixas e o transporte coletivo ser de 1o. mundo !!! é aquele mesmo transporte coletivo que não conseguem fazer a licitação !!! Quanto ao carro que se exploda (como dizia chico anísio em relação ao pobre) !!!
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