segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Extinguir a Fundação Cultural?

POR JORDI CASTAN



A cada dia que passa fica mais clara a impressão de que o prefeito está perdido no seu labirinto. A proposta de compactar a cultura em um supersecretaria é típica de quem tem uma visão simplória das coisas. Ou pior, é a típica solução que apresentaria quem ainda não entendeu o problema.

Gostaria de lembrar de um texto que postei aqui sobre a reforma política e sugerir a sua leitura novamente. O texto de julho de 2014 fazia uma ligação entre a visão que determinado prefeito e um dos seus secretários tinham sobre a música. Usei uma composição de Schubert como exemplo do risco que representa uma visão parcial da situação. O risco era concreto e a ligação com a nossa realidade local era evidente.

A minha sugestão de leitura acrescentaria alguns pontos, para facilitar a compreensão e contextualizar a situação e o momento atual. A primeira é que o dito prefeito fosse, por exemplo, o de Joinville, a segunda que solicitasse a dos seus secretários mais próximos que apresentasse uma proposta de como reduzir gastos na área de cultura.

Não posso assegurar, mas conhecendo-o, não duvidaria que não tenha recebido sugestões de alguma conhecida empresa de consultoria e que desta constelação de sumidades tenha surgido uma proposta tão estapafúrdia como essa de extinguir a Fundação Cultural e compactar tudo o que cheire ou esteja ligado a cultura  numa secretaria que nem consegue cumprir direito suas obrigações e tem dificuldades até em manter as escolas funcionando e em fornecer a tempo os equipamentos e as instalações necessárias.

Se o governo municipal trata esta reforma administrativa com a mesma celeridade e eficiência com que tem tocado as obras em Joinville, ninguém deve ficar muito preocupado, porque não deve sair tão cedo. 

4 comentários:

  1. A cultura é um recanto de pensadores e formadores de opinião. O que com certeza não é bem visto por aqueles que estão interessados em manter a situação como sempre foi. Quanto antes acabar com esse negócio de cultura melhor. Afinal quando a classe dominante quer consumir cultura ela pode viajar a São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo Paris. Para os trabalhadores já existe a TV.

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    1. Tens toda a razão, gente que pensa é perigosa, gente que pensa diferente é muito perigosa, mas os, que além de pensar diferente, ousam expressar suas opiniões divergentes, esses devem ser eliminados e terem suas cabeças cortadas.

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  2. Cultura para quem precisa,
    Cultura para quem precisa de Polícia,
    Dizem para você obedecer,
    Dizem pra você responder,
    Dizem para você cooperar,
    Dizem pra você respeitar!

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  3. aproveita e acaba com o simdec tb

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