segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Udo Dohler: trocar cargos por tempo de TV não suja as mãos?


POR JORDI CASTAN


Continua imperando em Joinville a velha política, aquela que por caminha no limite da legalidade e à margem da ética e da moral. A dos velhos políticos que fazem de conta que são honestos. A dos que se vangloriam de ter as mãos limpas. Os que posam de paladinos da moral. Os que iludem o eleitor se apresentando como os donos exclusivos do monopólio da honestidade. Há coisas que são imorais. E se é imoral não é honesto.

Nesse cenário é difícil o eleitor achar errado que o prefeito use do seu direito legal de indicar para ocupar cargos de livre nomeação a cinco presidentes e diretivos de partidos políticos que formam parte da coligação “Juntos no Rumo Certo”.

- Nomeou como Secretário da Assistência Social, por Decreto Municipal no 26.882, o Sr. VAGNER FERREIRA DE OLIVEIRA, Presidente do Partido PROS. 
- Nomeou como Diretor Executivo da Fundação Cultural de Joinville, mediante Decreto MunicipaL no 27073, o Sr. EVANDRO CENSI MONTEIRO, sendo este Sr. Presidente do Partido PTC.
- Nomeou Secretário da Habitação, por Decreto Municipal no 27074, o Sr. ROMEU DE OLIVEIRA, sendo este Presidente do Partido PTB.
- O Sr.NATAL DE FREITAS foi nomeado para o cargo de Coordenador I da Área de Manutenção de Veículos e Equipamentos, por Decreto Municipal Municipal no 27.242, sendo este Presidente do Partido Comunista do Brasil.

Assim o prefeito comprou apoio politico do PC do B, do PTC, do PTB e do PROS e praticamente dobrou o tempo de televisão na campanha politica.

TEMPO DE MIDIA PARTIDÁRIA EM BLOCOS MAJORITÁRIA - 2016
PTB – 00:49
PROS – 00:24
PC do B – 00:21
PTC – 00:11
TOTAL DE TEMPO: 1 minuto e 45 segundos.

TEMPO DE MIDIA PARTIDÁRIA EM INSERÇÕES PROPORCIONAIS - 2016
PTB – 03:22
PROS – 01:32
PC do B – 01:17
PTC – 00:33
TOTAL DE TEMPO: 6 minutos e 44 segundos.

A tabela mostra o total de tempo eleitoral agregado após a concretização do acordo de compra de apoio politico.

Todos ganharam cargos na Prefeitura em troca de apoio à reeleição do prefeito. Esse apoio se traduz em precioso aumento de tempo para a campanha no rádio e na televisão. Isso poderia ser apenas imoral e, portanto “simplesmente” desonesto. Mas é muito mais que isso: o prefeito está pagando tempo de televisão para a campanha da sua reeleição com dinheiro público. O candidato se apresenta ao eleitor como o prefeito de mãos limpas, usando o tempo de TV que comprou com dinheiro público. Isso é trágico. Mas há algo ainda pior: nenhum deles é especialista no cargo que ocupa, em consequência, prestam um mau serviço ao público. 

A lei permite que os políticos coloquem seus apadrinhados em cargos públicos para ganhar eleições. Não é ilegal, mas tampouco são as atitudes de alguém que depois possa presumir de ter as mãos limpas. O prefeito tem se convertido num funâmbulo da legalidade, vive caminhando à margem da moral, ultrapassando uma linha que para ele é cada dia mais elástica. Ao trocar cargos por apoio, o prefeito usou dinheiro público para comprar mais tempo de televisão. Dinheiro público que é bom que se diga é dinheiro nosso, de todos os que pagamos impostos.

Nesse flertar constante com o lado de cá da legalidade e do lado de la da ética, o prefeito usa de dinheiro público para cooptar entidades. A sua ausência de princípios se traveste de doação. O prefeito doa o seu salário a entidades beneficentes e sociais de Joinville. Aparentemente não há nada de ilegal na doação. Mas se o objetivo fosse mesmo desinteressado o caminho correto seria o de renunciar ao salário, ou reduzir o seu salário, se legalmente essa não fosse a melhor opção porque fosse difícil de aplicar, o caminho republicano de agir seria o de devolver o salário ao caixa da Prefeitura como doação e este dinheiro passaria a compor o orçamento municipal. 

Quando escolheu doar o dinheiro a algumas entidades, há um direcionamento que deixa de ser impessoal e passa a privilegiar a unas em detrimento de outras passou a fazer uma doação com dinheiro público. É ilegal? Há quem ache que o prefeito esta cooptando estas entidades e que possa haver uma ilegalidade. O que com certeza é imoral. Mas o prefeito tem demonstrado que sua visão do que é ético e moralmente correto é subjetiva. Mais que subjetiva ela é flexível, maleável, se adapta convenientemente às suas necessidade. E tão maleável que o qualifica para que possa se apresentar como o segundo homem mais honesto do universo. Se tudo isso for mesmo legal, nos deparamos com o desafio de reconsiderar o próprio conceito de honestidade.




sábado, 24 de setembro de 2016

Não há cidade inteligente sem um prefeito inteligente

POR CHUVA ÁCIDA


Quando propôs uma pergunta aos candidatos a prefeito, a intenção do blog era trazer um tema que não entra na agenda dos políticos. Mas também tentar saber até que ponto eles estão conectados com ideias como o conceito de "cidades inteligentes" (isso hoje é uma obrigação). É claro que os prefeitos estão sempre mais preocupados com as filas nos hospitais do que com a "internet dos objetos", mas não existe planejamento sem um olhar para o futuro. Não há cidade inteligente com prefeitos desprovidos de inteligência.


Parece apenas conversa, mas não. O futuro que chega a passos apressados. Os últimos 15 anos foram marcados por evoluções disruptivas que mudaram a forma de viver das pessoas e a economia. Tudo mudou. A indústria, o comércio, os serviços e, principalmente, a mentalidades. As mudanças não param. O que antes exigia anos de pesquisa hoje é resolvido em tempo escasso. Nem é preciso grandes recursos técnicos, basta um smartphone.
Atenção ao que este robô faz. Porque em 10 anos ele pode ficar com o seu emprego.



Foi por essa razão que o Chuva Ácida convidou os candidatos a prefeito de Joinville para uma análise do tema. Só um recusou o convite. Os textos foram sendo publicados ao longo da semana, mas hoje reunimos todos eles, de forma a oferecer uma ideia geral das propostas. É um tema difícil. E para que o leitor e a leitora entendam do que estamos a falar, fica abaixo um filme a mostrar um robô que já existe e que em breve vai ocupar o lugar de seres humanos, nos trabalhos que não exigem especialização. 




Marco Tebaldi: Joinville é celeiro de startups de tecnologia
















POR MARCO TEBALDI


Já estamos vivendo a nova revolução industrial. Diariamente surgem novidades na era da informação. A quarta revolução industrial ou econômica já começou e anda a passos largos. Nos últimos 20 anos surgiram muitas empresas que da noite para o dia tornaram-se bilionárias.

Muitos garotos com uma idéia na cabeça, perseverança e muita vontade de fazer acontecer criaram grandes corporações. Um das primeiras e que se tornou uma gigante mundial é a Microsoft, criada há apenas 41 anos. Sim, é um tempo muito pequeno. Outros vieram como Yahoo, Google, Apple, enfim muitas dessas empresas.

Nosso município é celeiro de muitas startups de tecnologia, geradoras de emprego e renda. Percebemos isso há 12 anos, quando fizemos o Planejamento Estratégico de Joinville e definimos a vocação de desenvolvimento e as diretrizes de crescimento.

O governo municipal pode e deve criar condições de sermos um pólo tecnológico e incentivar o surgimento de empresas de tecnologia.

Para enfrentar estes desafios da posteridade temos de estar preparados e antever o futuro. Vai demandar um novo currículo educacional, que abandone a memorização de fatos e fórmulas para focar mais em criatividade e comunicação, coisas que as universidades brasileiras, em sua grande maioria, não estimulam.

No caso do ensino fundamental, responsabilidade do município, vamos implantar gradativamente a educação em tempo integral com um forte programa de incentivo e ensino de inglês, informática e empreendedorismo. Precisamos preparar Joinville para estes impactos que vão ocorrer em pouco tempo.

No Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça, especialistas apontam que 5 milhões de empregos serão destruídos, porém milhares de outros serão criados nas novas profissões. Por isso precisamos antever o futuro e criar políticas de enfrentamento contra as crises econômicas que são cíclicas.

Além da melhoria do ensino, podemos criar legislação que incentive novos empreendimentos, dotar a cidade de redes de internet públicas, atração de empreendedores eventos de incentivo para a busca de apoiadores de startups, entre outras iniciativas. São muitas as situações que um governo municipal pode incentivar, implementar para os desafios da Quarta Revolução Industrial.

E para finalizar, parabéns ao Chuva Ácida pelos cinco anos de existência.


Marco Tebaldi, deputado federal e candidato a prefeito de Joinville.

Carlito Merss: incentivos para a instalação de empresas de tecnologia


POR CARLITO MERSS

Este é um assunto importante para o futuro de Joinville. Mas é um futuro que já está acontecendo agora! É a chamada nova economia.

Todo se lembram que a gente pagava torpedo de celular pra mandar recado? Hoje tem o whatsapp, skype... de graça. As grandes locadoras tipo Blockbuster já nem existem mais por aqui. Foram substituídas pelo Youtube, Netflix, Now! E outros aplicativos de vídeos on demand. Tem muitas pessoas alugando sua casa aqui e em viagens pelo mundo via AirBnb.
O Facebook e o Google já fazem parte do dia a dia da gente. E, mais cedo ou mais tarde, o Uber chegará em Joinville e nenhum dos candidatos poderá fugir dessa discussão.

Pois é, o futuro já chegou. Todas estas empresas tem algo em comum: a inovação. O pensamento disruptivo faz parte do DNA de todas elas. E para que isso aconteça elas precisam de profissionais qualificados, geram emprego e renda. Uma nova economia digital que gira bilhões. Nós temos que nos preparar para acompanhar essa revolução.

Pensando nisso criamos o projeto Joinville 2020. A Prefeitura tem que ser a líder desse processo. Ela tem que fomentar a criação e facilitar a instalação de toda essa indústria da tecnologia por aqui. A Prefeitura vai chamar todo esse setor para conversar e tomar decisões em conjunto.

Que tal uma incubadora pública poderosa, um ninho de startups com acompanhamento técnico e de gestão? Que tal incentivos para instalação de empresas de tecnologia em nossa cidade. Não podemos negar nossa base industrial, porém precisamos ir adiante, enxergando novas matrizes de desenvolvimento.

Eu sei que a Prefeitura precisa primeiro fazer o básico, tapar os buracos e garantir remédio nos postos de saúde. Mas também sei que não podemos tapar os olhos e deixar esse novo mundo passar sem fazer nada. A gente precisa pensar diferente, ir além do comum.

E eu quero ser prefeito para fazer a diferença na vida de Joinville.

Carlito Merss é professor e candidato a prefeito de Joinville 


Ivan Rocha: base para o desenvolvimento é a igualdade





POR IVAN ROCHA

Há um certo tempo o mundo vem falando em uma quarta revolução industrial. Trata-se de uma forte mudança de paradigma, com uma realidade que leva a sociedade e as empresas de vez para o mundo digital, mudando processos, comportamentos e a maneira como se dão as relações entre pessoas e organizações. O potencial de tudo isso é enorme. Novos modelos de negócio devem surgir, produtos e serviços podem ser aperfeiçoados e o desenvolvimento tecnológico ganhará ainda mais força, provocando uma transformação sem precedentes.

Porém, como um militantes de um partido socialista, acreditamos que todo esse potencial precisa ser utilizado para transformar a vida das pessoas de maneira positiva. Nós entendemos que a desigualdade social é um empecilho fundamental para o salutar desenvolvimento das sociedades contemporâneas e que as novas tecnologias precisam ter uma vocação para oferecer soluções para problemas antigos e não para servir apenas aos interesses do grande capital. 

Joinville é uma cidade extremamente desigual e não há futuro sem combater a desigualdade. As duas Joinvilles, a rica e pobre, lutam entre si, limitando o desenvolvimento pleno de seus habitantes. Enquanto uma pequena parte da cidade usufrui dos lucros de uma economia desigual, outra sofre apertada no ônibus, na fila do hospital e no trabalho exaustivo. Sofre para pagar o aluguel, a mensalidade da faculdade e os remédios caros que faltam no posto de saúde.

Portanto, nossa primeira medida é o combate à desigualdade, ao monopólio do transporte público, à especulação imobiliária e às máfias da saúde. O resultado disso é uma cidade que vai atrair investimentos e estimular a permanência de talentos, ao contrário de expulsá-los, como faz hoje. Inúmeros artistas e intelectuais nasceram em Joinville, mas não puderam desenvolver seus talentos aqui porque a cidade é hostil ao pensamento e à diversidade.

Nosso projeto também prevê uma escola diferente, inspirada em grandes experiências nacionais e internacionais que tornaram a escola um lugar alegre, divertido, cheio de experiências enriquecedoras. Estes serão valores ensinados na escola. Entendemos que é um passo largo em direção a um futuro melhor.

Também vamos cobrar a instalação de cursos públicos de diversas áreas na UFSC e na Udesc, pois entendemos que as universidades são polos de desenvolvimento da economia e da sociedade. Nossas universidades não podem ser mero mecanismo de formação de mão-de-obra para as indústrias da região. Universidades são bem mais do que isso. Soluções acessíveis para a saúde, educação, meio ambiente existem e estão nas faculdades, nos centros de pesquisa e como objetos de estudo dos universitários. Vamos intensificar uma parceria saudável entre a Prefeitura e as universidades, criando polos de pesquisa avançada.

Defendemos que espaços públicos, como parques e praças, sejam locais de encontro e troca de experiências da população. Isso nos leva a investir em estrutura adequada para reuniões, apresentações e feiras. Estes espaços precisam ter banheiros adequados, internet livre e outras ferramentas que facilitem para os cidadãos que utilizarem os espaços.

Queremos incentivar, com tais medidas, o empreendedorismo a partir de uma lógica mais humana, com as novas empresas pensando em produtos e serviços que contribuirão para uma cidade e um mundo melhor. Para isso, investiremos na educação para o empreendedorismo, com formação continuada e cursos de capacitação promovidos pelo município.

Nossa candidatura propõe uma cidade aberta, livre, com oportunidades para todas e todos. Vamos diversificar a economia, com incentivo ao turismo, aos negócios sociais, ambientais e culturais. Vamos promover novas formas de usufruir a cidade e também novas oportunidades de negócios, com atenção ao design, à tecnologia, à cultura e à ciência . Vamos estimular a criação de cooperativas, que geram emprego e desenvolvimento para a cidade, sem exploração dos trabalhadores.

Parece-nos muito fácil prometer um espaço e alguma estrutura voltada para as famosas “startups”, mas sabemos que a tentativa de reproduzir um novo Vale do Silício é ilusória, tão propagandeado pelos gurus de revistas. A experiência californiana tem características únicas que não podem ser reproduzidas com salas ligadas à internet. A política de inovação implementada de modo mais direto desde 2004 no Brasil não surtiu os resultados desejados em grande medida devido a essas diferenças que aludimos: a estrutura produtiva e social brasileira simplesmente não pode reproduzir modelos de desenvolvimento dos países centrais, pois isso resulta em uma emulação fracassada.

Nós acreditamos que podemos ter a nossa própria experiência na construção de um cidade arejada, que produza avanços sociais e econômicos para todos, sem ficar para trás de qualquer outra cidade do mundo. Mas para isso precisamos superar o atraso de um século e meio de desigualdade e as amarras que o sustentam.

Darci de Matos: indústria 4.0 está chegando

















POR DARCI DE MATOS

O avanço tecnológico da humanidade está acontecendo a uma velocidade crescente nos últimos 200 anos. Hoje, um operário que não se recicla ao longo de sua vida profissional corre o risco de perder o emprego mais rapidamente. Grande parte disso acontece por causa da informática. E a maior novidade nesta área já tem um nome: indústria 4.0. 

A explicação está ligada às etapas desta revolução: a primeira aconteceu com o uso do vapor para mover as máquinas de produção; a segunda com a produção em massa com ajuda da eletricidade e a terceira com a introdução da robotização. A quarta ainda é um conceito, mas pretende mudar completamente a rotina do chão de fábrica.

A indústria 4.0 engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis. Com as fábricas inteligentes, novas formas aparecerão na elaboração de produtos manufaturados.

Neste mundo supercompetitivo quem não se adequar aos novos tempos corre o risco de desaparecer. Joinville é o terceiro maior polo industrial do Sul do País e há necessidade da cidade estabelecer planos para 2050. Não basta apenas a empresa decidir se adequar à nova realidade. Em primeiro lugar há que se pensar na formação da mão-de-obra. E aí temos que trazer o ensino para o século 21. As avaliações do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) mostram que o nível de aprendizagem dos estudantes está muito abaixo do recomendável. Este gargalo prejudica enormemente a indústria que vai contar com tecnologias de alto nível que exigem conhecimento profundo.

Portanto, o gestor que quiser manter a cidade no rumo do progresso deve interagir com os empresários para oferecer condições propícias para o seu desenvolvimento. O crescimento econômico interessa a todos. Por isso, a comunidade deve se preparar para a revolução da indústria 4.0. Uma mão ajudará a outra nos preparativos para as mudanças que se anunciam.
 
 Darci de Matos é deputado estadual e candidato a prefeito

Rodrigo Bornholdt: qualificar Joinville como centro de inovação
















POR RODRIGO BORNHOLDT

Joinville sempre teve uma vitalidade impressionante, mas hoje está apequenada, diminuída, sem rumo, sem futuro. E isso porque não foram criadas as ferramentas institucionais para canalizar toda essa energia. O resultado são milhares de empreendedores emergentes órfãos de uma liderança, sem saber o que fazer com os seus sonhos.

A Prefeitura, a maior empregadora do município, não pode se omitir. Precisa se adaptar, se antecipar às mudanças, simplificando seus processos, desburocratizando para acompanhar este tsunami que se avizinha. Já há quem diga que “vivemos não mais uma época de mudanças, mas uma mudança de época”, um momentum disruptivo.

A quarta revolução industrial já está em nossos calcanhares, pronta para gerar ganhadores e perdedores. Hoje, a ameaça aos empregos já não está mais na indústria. Os softwares inteligentes estão chegando ao comércio e aos serviços.

Por isso, é preciso ousar fazer diferente, com audácia e coragem para liderar esse novo tempo. É preciso ter ousadia, criatividade e coragem para afastar os riscos presentes em toda crise e buscar as oportunidades que ela traz. E é o que pretendo fazer: redirecionar as nossas potencialidades, redefinir o nosso futuro.

Vamos fomentar inovações institucionais que atraiam novas práticas produtivas.
Temos de abrir espaço para a nova economia criativa, formada por empresas ou startups focadas no design, softwares, games, aplicativos, inteligência artificial, impressão 3D, nanotecnologia, biotecnologia, estocagem de dados e de energia, internet das coisas... 

Vamos proporcionar as condições para a expansão do ecossistema criativo da nova economia e qualificar Joinville como centro internacional de inovação, criatividade e conhecimento.

Não podemos nos render ao ditado inexistente, mas real: “em terra de cego quem tem um olho emigra”.

Para isso vamos criar o Moinho do Silício, incubadora criativa que aglutinará empresas de excelência, evitando a fuga dos nossos melhores cérebros criativos e atraindo novas mentes voltadas para esse futuro conectado e criativo.

Vamos articular parcerias privadas e público-privadas para alavancar o desenvolvimento desses setores de ponta, seja na cultura, seja na tecnologia, estimulando o empreendedorismo e o cooperativismo com isenções parciais e articulando um processo de redes produtivas entre as indústrias tradicionais já instaladas e os novos negócios.

Rodrigo Bornhodt é advogado, professor universitário e candidato a prefeito de Joinville


Dr. Xuxo: agilidade versus morosidade
















POR DR. XUXO

A maior característica dessa nova revolução tecnológica é a agilidade. Enquanto a principal característica da máquina pública, hoje, é a morosidade. Está claro. Precisamos desburocratizar os processos e criar um ambiente favorável à criação de novos negócios. Isso casa com as nossas ações de longo prazo pensando em uma mudança real na Joinville de 200 anos.


Só assim a Prefeitura deixa de ser âncora e se transforma em motor para os empreendedores. Além disso, se eu tivesse certeza absoluta, já estaria dando palestra no Vale do Silício.

Dr. Xuxo é médico e candidato a prefeito de Joinville