POR JORDI CASTAN
Continua imperando em Joinville a velha política, aquela que por
caminha no limite da legalidade e à margem da ética e da moral. A dos velhos
políticos que fazem de conta que são honestos. A dos que se vangloriam de ter
as mãos limpas. Os que posam de paladinos da moral. Os que iludem o eleitor se
apresentando como os donos exclusivos do monopólio da honestidade. Há coisas que são imorais. E se é imoral não é honesto.
Nesse cenário é difícil o eleitor achar errado que o
prefeito use do seu direito legal de indicar para ocupar cargos de livre
nomeação a cinco presidentes e diretivos de partidos políticos que formam parte
da coligação “Juntos no Rumo Certo”.
- Nomeou como Secretário da Assistência Social, por Decreto Municipal no 26.882, o Sr. VAGNER FERREIRA DE OLIVEIRA, Presidente do Partido PROS.
- Nomeou como Diretor Executivo da Fundação Cultural de Joinville, mediante Decreto MunicipaL no 27073, o Sr. EVANDRO CENSI MONTEIRO, sendo este Sr. Presidente do Partido PTC.
- Nomeou Secretário da Habitação, por Decreto Municipal no 27074, o Sr. ROMEU DE OLIVEIRA, sendo este Presidente do Partido PTB.
- O Sr.NATAL DE FREITAS foi nomeado para o cargo de Coordenador I da Área de Manutenção de Veículos e Equipamentos, por Decreto Municipal Municipal no 27.242, sendo este Presidente do Partido Comunista do Brasil.
Assim o prefeito comprou apoio politico do PC do B, do PTC, do PTB e do PROS e praticamente dobrou o tempo de televisão na campanha politica.
- Nomeou como Secretário da Assistência Social, por Decreto Municipal no 26.882, o Sr. VAGNER FERREIRA DE OLIVEIRA, Presidente do Partido PROS.
- Nomeou como Diretor Executivo da Fundação Cultural de Joinville, mediante Decreto MunicipaL no 27073, o Sr. EVANDRO CENSI MONTEIRO, sendo este Sr. Presidente do Partido PTC.
- Nomeou Secretário da Habitação, por Decreto Municipal no 27074, o Sr. ROMEU DE OLIVEIRA, sendo este Presidente do Partido PTB.
- O Sr.NATAL DE FREITAS foi nomeado para o cargo de Coordenador I da Área de Manutenção de Veículos e Equipamentos, por Decreto Municipal Municipal no 27.242, sendo este Presidente do Partido Comunista do Brasil.
Assim o prefeito comprou apoio politico do PC do B, do PTC, do PTB e do PROS e praticamente dobrou o tempo de televisão na campanha politica.
TEMPO DE MIDIA PARTIDÁRIA EM BLOCOS MAJORITÁRIA - 2016
PTB – 00:49
PROS – 00:24
PC do B – 00:21
PTC – 00:11
TOTAL DE TEMPO: 1 minuto e 45 segundos.
TEMPO DE MIDIA PARTIDÁRIA EM INSERÇÕES PROPORCIONAIS - 2016
PTB – 03:22
PROS – 01:32
PC do B – 01:17
PTC – 00:33
TOTAL DE TEMPO: 6 minutos e 44 segundos.
A tabela mostra o total de tempo eleitoral agregado após a
concretização do acordo de compra de apoio politico.
Todos ganharam cargos na Prefeitura em troca de apoio à reeleição do prefeito. Esse apoio se traduz em precioso aumento de tempo para a campanha no rádio e na televisão. Isso poderia ser apenas imoral e, portanto “simplesmente” desonesto. Mas é muito mais que isso: o prefeito está pagando tempo de televisão para a campanha da sua reeleição com dinheiro público. O candidato se apresenta ao eleitor como o prefeito de mãos limpas, usando o tempo de TV que comprou com dinheiro público. Isso é trágico. Mas há algo ainda pior: nenhum deles é especialista no cargo que ocupa, em consequência, prestam um mau serviço ao público.
A lei permite que os políticos coloquem seus apadrinhados em
cargos públicos para ganhar eleições. Não é ilegal, mas tampouco são as
atitudes de alguém que depois possa presumir de ter as mãos limpas. O prefeito
tem se convertido num funâmbulo da legalidade, vive caminhando à margem da
moral, ultrapassando uma linha que para ele é cada dia mais elástica. Ao trocar
cargos por apoio, o prefeito usou dinheiro público para comprar mais tempo de
televisão. Dinheiro público que é bom que se diga é dinheiro nosso, de todos os
que pagamos impostos.
Nesse flertar constante com o lado de cá da legalidade e do
lado de la da ética, o prefeito usa de dinheiro público para cooptar entidades.
A sua ausência de princípios se traveste de doação. O prefeito doa o seu
salário a entidades beneficentes e sociais de Joinville. Aparentemente não há
nada de ilegal na doação. Mas se o objetivo fosse mesmo desinteressado o
caminho correto seria o de renunciar ao salário, ou reduzir o seu salário, se
legalmente essa não fosse a melhor opção porque fosse difícil de aplicar, o
caminho republicano de agir seria o de devolver o salário ao caixa da Prefeitura como doação e este dinheiro passaria a compor o orçamento municipal.
Quando escolheu doar o dinheiro a algumas entidades, há um direcionamento que deixa de ser impessoal e passa a privilegiar a unas em detrimento de outras passou a fazer uma doação com dinheiro público. É ilegal? Há quem ache que o prefeito esta cooptando estas entidades e que possa haver uma ilegalidade. O que com certeza é imoral. Mas o prefeito tem demonstrado que sua visão do que é ético e moralmente correto é subjetiva. Mais que subjetiva ela é flexível, maleável, se adapta convenientemente às suas necessidade. E tão maleável que o qualifica para que possa se apresentar como o segundo homem mais honesto do universo. Se tudo isso for mesmo legal, nos deparamos com o desafio de reconsiderar o próprio conceito de honestidade.
Quando escolheu doar o dinheiro a algumas entidades, há um direcionamento que deixa de ser impessoal e passa a privilegiar a unas em detrimento de outras passou a fazer uma doação com dinheiro público. É ilegal? Há quem ache que o prefeito esta cooptando estas entidades e que possa haver uma ilegalidade. O que com certeza é imoral. Mas o prefeito tem demonstrado que sua visão do que é ético e moralmente correto é subjetiva. Mais que subjetiva ela é flexível, maleável, se adapta convenientemente às suas necessidade. E tão maleável que o qualifica para que possa se apresentar como o segundo homem mais honesto do universo. Se tudo isso for mesmo legal, nos deparamos com o desafio de reconsiderar o próprio conceito de honestidade.