quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Mensalão, a memória e o esquecimento

POR CLÓVIS GRUNER
  
Alguns eventos precisam acontecer; outros, precisam não ter acontecido. Eleito pela primeira vez em 1994, FHC chegou ao governo como principal protagonista de um projeto de “20 anos de poder”, nas palavras do então ministro Sérgio Motta. A um ano da eleição de 1998, no entanto, um dilema: como manter-se duas décadas no poder sem um candidato forte para substituir o presidente? Os tucanos enfrentavam o mesmo problema do PT anos depois, porque cometeram exatamente o mesmo equívoco, apostar todas as suas fichas em um único carisma.

A solução encontrada por “Sérjão”, uma espécie de José Dirceu do governo tucano, foi simples. Como a Constituição de 1988 não previa a reeleição, FHC comprou parte do Congresso e aprovou a emenda da reeleição. Em bom português, ao mudar a Constituição em seu benefício, deu um golpe branco que custou aos cofres públicos milhares, talvez milhões de reais. Os detalhes, como em todo caso de corrupção, são sórdidos. Estima-se que foram comprados cerca de 150 parlamentares, pagos em dólares. “O pessoal votava a favor e na saída do plenário já tinha gente esperando para acertar o pagamento junto a doleiros. Não tinha erro”, confidenciou recentemente a um jornalista um dos deputados beneficiados com o “mercado da reeleição”. O resultado da farra? Nenhum. Com maioria no Parlamento, FHC conseguiu barrar a instalação de uma CPI. O procurador Geraldo Brindeiro – não por acaso chamado à época de “Engavetador Geral da República” – encarregou-se de enterrar a denúncia. Sérgio Motta morreu em 1998, poucos meses antes de ver seu chef-d'œuvre concluído, com a reeleição de FHC no final daquele ano, em primeiro turno.

Do roteiro acima, a maioria se lembra apenas da reeleição, como se ela tivesse acontecido em clima de normalidade. O esquecimento, como a lembrança, não é natural. Desde 1997 e ao longo dos anos seguintes, houve um esforço conjunto, orquestrado pelas lideranças tucanas e seus aliados – fora os demos, basicamente os mesmos que hoje apoiam o PT, incluindo José Sarney –, além obviamente dos meios de comunicação, para condenar ao limbo o episódio. Não nego ao governo tucano seus méritos. Esse é um deles: FHC e seus asseclas construíram um “não evento”. Claro, as tentativas de produzir o olvido, por eficientes que sejam, só conseguem resultados provisórios. Há sempre um espírito de porco disposto a lembrar que uma mentira contada mil vezes não se torna uma verdade, mas apenas uma mentira contada mil vezes.

"EU VEJO PESSOAS CORRUPTAS" – Tudo muito diferente de outra narrativa, protagonizada também por um governo envolvido em denúncias e práticas de corrupção. Desde o nome, “Mensalão”, quase toda a trama foi tecida de maneira a produzir um evento que precisava ter acontecido. Um dos pontos altos veio na semana passada, com as primeiras prisões dos condenados. Não me sinto particularmente comovido ao ver presos José Dirceu e José Genoíno: se todo aprisionamento é em si absurdo e violento, esse não deveria me deixar mais ou menos indignado. Por outro lado, não se trata de uma prisão qualquer, e que ela tenha ocorrido no simbólico 15 de novembro e sob os holofotes da chamada grande mídia, é apenas um dos elementos do espetáculo.

Não se trata de uma prisão comum porque Dirceu e Genoíno não são prisioneiros comuns: gostemos deles ou não, ambos são figuras emblemáticas na trajetória da esquerda brasileira e particularmente do PT. Não sei a extensão da responsabilidade de ambos e do PT no processo em que foram condenados – e, pessoalmente, penso que a verdade está em algum lugar intermediário entre o discurso de ódio da direita e a defesa exasperada dos governistas. Mas é notório que o STF e particularmente Joaquim Barbosa, serviram particularmente neste episódio a interesses que não necessariamente os da justiça.

Fosse assim, junto com Dirceu e Genoíno ou mesmo antes deles, outros já teriam sido punidos. Fernando Henrique Cardoso usou dinheiro público para salvar da falência o banco onde seu filho era sócio-diretor. Paulo Maluf está na lista de procurados da Interpol. Eduardo Azeredo, do PSDB, deu início em Minas, e com o mesmo Marcos Valério, ao esquema que condenou Dirceu e Genoíno. Demóstenes Torres, ex-senador Democrata, e seu cúmplice Carlinhos Cachoeira, enriqueceram fazendo da política uma extensão do crime organizado. José Serra, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab impediram que nos últimos anos quase meio milhão de reais entrassem nos cofres do estado de São Paulo. Estão todos livres e, suspeito, continuarão exatamente assim.

QUEM CONTROLA O PRESENTETodo mundo tem o direito de aplaudir a prisão dos dois Zés do PT, mas daí a acreditar que se está a combater a corrupção vai uma distância: nunca se prendeu corruptos nesse país, e o reality show dirigido pelo Ministro Barbosa mantém a tradição. Ao prender Dirceu e Genoíno, não se pretendeu dar uma “lição aos corruptos”, como afirmou outro ministro do STF, fazendo coro à capa de uma revista semanal. O alvo era outro, o PT. Mas com que propósito?

Tenho dúvidas se os fins são exatamente eleitorais. Em 2006, ano em que explodiu o escândalo, o máximo que a oposição conseguiu foi levar a eleição para o segundo turno, e amargou o vexame de ver Geraldo Alckmin ganhar menos votos do que no primeiro. No ano passado, e apesar do providencial ajuste na agenda do STF para fazer coincidir o julgamento com a campanha eleitoral, o PT conseguiu eleger Fernando Haddad, o que parecia ainda mais improvável que a eleição de Dilma Rousseff. E embora seja muito cedo para prognósticos seguros, pesquisas indicam que ela mantém hoje larga vantagem sobre seus virtuais opositores.

Na falta de um projeto para o país, a oposição pode continuar a apostar no discurso moralizante, embora ele já não convença muita gente vindo de onde vem. Particularmente, acho que o propósito é outro. Em uma passagem emblemática de “1984”, de George Orwell, o personagem O'Brien afirma, a um impotente Winston Smith, que “quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado”. O que está em jogo não são apenas as eleições presidenciais, mas qual interpretação sobre os acontecimentos políticos passados e coevos prevalecerá. Na “novilingua” forjada pela oposição e por parte da mídia nativa, seus colunistas e blogueiros, a urgência não é moral a nenhum deles interessa combater a corrupção e os corruptos, nenhum deles está preocupado com a coisa pública –, mas narrativa. Fazer o acontecimento e produzir o não acontecido. E ao menos por enquanto, quem continua a escrever a história são os vencedores.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dedos na calculadora


Fac-simile do jornal Dinheiro Digital falar em prejuízos

POR JOSE ANTÓNIO BAÇO

É disto que eu venho falando. De um lado tem gente batendo na tecla de que a Copa do Mundo em 2014 é um erro. Do outro tem gente já com os dedos nas calculadoras para ver o quanto vai faturar com a competição.

Portugal conquistou ontem uma vaga, ao vencer a Suécia por 3 a 2, e hoje já sabemos o quanto a presença da seleção na Copa do Mundo pode de impacto em termos de entrada de dinheiro para a economia nacional.

As informações são do IPAM – The Marketing School, baseadas num modelo já usado em outros países. E ficamos a saber que o encaixe para a economia portuguesa será de 438 milhões de euros. Se a seleção chegar à final, o número  sobre para 609 milhões de euros.

E tem gente que quer atrapalhar a competição. É caso para lembrar o velho ditado: “quando surgem os ventos, alguns erguem muros… outros constroem moinhos. De que lado você está?

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ISS


A vereança e a ignorância

POR JORDI CASTAN

Bromélias, plantas ornamentais e dengue parecem ter se convertido na cabeça de alguns vereadores de Joinville numa ameaça mortal e para salvar a sociedade do risco que representa a dengue, bromélias e vasos de plantas devem ser proscritos da cidade das flores.

O vereador Rodrigo Fachini, é o autor de um projeto de lei que prevê em nome de promover o combate a dengue, legislar sobre o que não conhece, alias essa é uma tendência cada vez mais frequente na Câmara de Vereadores, em que pessoas até ontem leigas ou pouco versadas na maioria dos temas que tem a ver com a cidade, se convertem de uma hora para outra em doutos mestres e discursam tantas sandices por minuto, que superam de longe, os maiores ignorantes, mas o fazem com empáfia e palavreado que iludem até aqueles que os superam em estultice.

Discorre o projeto de lei, sobre o numero dos buracos que devem ter os vasos de plantas utilizados no município, que de acordo com a sapiência do nobre vereador, deve ser de três. Faltam ainda ao projeto de lei algumas emendas que determinem o horário de voo autorizado para os mosquitos do gênero Aedes Aegypti, e outras sandices do gênero, para que o projeto possa participar de algum premio a inutilidade.

Faria melhor o vereador, que é do mesmo partido do prefeito, em dedicar seus esforços a promover a volta da vigilância epidemiológica, que por aqui faz tempo que não tem aparecido. Seria também recomendável que conhecesse o trabalho do Instituto Osvaldo Cruz sobre a relação entre bromélias e dengue. Assim evitaria passar a imagem de alguém estulto. Que legisla sobre o que não conhece suficientemente. Correndo o risco de causar mais malefícios que os benefícios que imagina promover com o seu projeto de lei.

Ninguém discorda que a dengue tem se convertido em um problema de saúde pública. Que os responsáveis por esse descalabro devem ser buscados entre as autoridades responsáveis pela saúde e que se os legisladores exercessem com mais afinco o seu papel de fiscais do poder executivo é provável que a situação não tivesse chegado a esse ponto. Ajudaria mais o vereador se passasse a exigir que o executivo, a traves da secretaria de saúde faça o que tem a obrigação de fazer, seja diretamente ou via convenio. Teria assim mais possibilidades de dar resultado que promover uma lei que puna ao cidadão e o penalize por algo sobre o que ele não tem plena responsabilidade.

Para quem tiver interesse em conhecer mais sobre a relação entre bromélias e dengue recomendo que de uma olhada nos links seguintes. Entre eles recomendo o postado no site da Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais, que divulga conhecido estudo, elaborado pelo prestígioso e pouco suspeito Instituto Osvaldo Cruz do Rio de Janeiro, estudo este amplamente divulgado entre os profissionais do setor de floricultura em todo o país.

http://www.sbfpo.com.br/noticias/gerais/bromelia-e-dengue/15/

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

21 questões que Joinville precisa resolver o quanto antes

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Provavelmente a maior dificuldade do ser humano é saber o momento certo para criticar, construir e trocar opiniões e ideias sobre as coisas do mundo. São mais de dois anos escrevendo para o Chuva Ácida, doando para um certo "mundo" - o virtual -, um pouco do meu tempo, e da lente que me faz enxergar a sociedade. Lembro exatamente do primeiro convite para ajudar a criar o blog, o primeiro texto, e a primeira crítica proferida pelo submundo do anonimato, o qual sempre fui contra, mas sempre respeitando a decisão coletiva. Foi um ótimo caminho, pois cresci, amadureci e pude reforçar ainda mais aquilo que eu sempre gostei de fazer: falar, estudar e debater sobre Joinville.

Tive várias oportunidades para estudar longe desta cidade. Talvez fosse até o melhor caminho a seguir, visto que a cidade não é muito amistosa com pessoas que estudam nas áreas de humanas. Por questões familiares, de enraizamento com a cidade, e também pessoais-intelectuais eu preferi continuar morando aqui, e viajando para cidades vizinhas a fim de continuar meus estudos. Diariamente por 4 anos até Itajaí. Semanalmente desde 2010 para Florianópolis (mestrado) e Porto Alegre (doutorado).

Tive a maravilhosa oportunidade de conhecer pessoas diferentes, de lugares diferentes, moradores de cidades diferentes. E estes contatos influenciaram diretamente os meus textos aqui neste blog, creio eu. As viradas conceituais que tive nestes últimos anos foram incríveis, mesmo que isto prejudicasse amizades, imagem político-profissional e, também, o meu próprio nome. Mas o essencial, que era o contato com Joinville, eu nunca perdi. Pelo menos foi isso que eu tentei passar nos 129 textos que escrevi para este espaço.

Reconheço que não sou perfeito, muito menos um grande sociólogo, como grandes mestres que tive ao longo desta jornada que está apenas começando. Tentei, ao menos, ser o melhor cidadão possível, cumprindo com uma função coletiva de dar subsídios ao debate, mesmo que o leitor estivesse pré-determinado a não concordar. Eis a minha função social que encontrei ao aceitar o convite para integrar este grupo.

Denúncias de corrupção, debates sobre política, economia, cultura, educação e principalmente planejamento urbano. Foi tudo o que fiz por aqui. Repito, não com o mesmo brilhantismo de meus colegas, mas sempre na tentativa de acertar. Eu não sei o porquê desse vínculo todo com um lugar que diariamente tenta me extirpar, juntamente com meus colegas de militância e atuação social. Uma cidade onde o rico é totemizado, um semideus, e que seus mandos e desmandos influenciam diretamente as vidas das pessoas "comuns", mesmo sem elas saberem. Um grupo que já tentou me calar, me influenciar, me comprar, e minar todas as possibilidades que eu poderia ter em Joinville. A resistência é forte, e foi expressa aqui semanalmente.

Muitas pessoas passaram a respeitar a função de socíólogo, graças ao Chuva Ácida. Estas, em uma considerável maioria, nunca souberam qual era a função deste profissional dentro de uma sociedade. Por outro lado, muitas pessoas me acusam de ser um obcecado pela crítica em si, sem querer construir ou propor coisas diferentes. Como já falei por aqui em várias oportunidades, estar escrevendo fez parte da minha construção particular, e, consequentemente, da construção da minha função enquanto um ser que faz parte de uma coletividade. Se porventura minha posição não lhe agrada, caro leitor, peço as minhas sinceras desculpas, mas Joinville precisa aprender a respeitar pessoas que se dispõem a mostrar o contraponto, por mais incoerente que ele possa ser em alguns momentos. Se o Chuva Ácida conseguir contribuir para a construção deste sentimento na sociedade, é uma vitória e tanto.

Sendo assim, escrever aqui fez abrir os olhos para aquilo que eu já enxergava, mas não observava. Escancarou coisas que, quase sempre, os patrulheiros de plantão não percebiam, pois se atentavam apenas para as críticas, em uma atitude promíscua e casuística de perseguir para a manutenção de interesses particulares, e não pela promoção de um debate. Analisando rapidamente tudo o que já postei, faço um seguinte resumo das situações que pude elencar neste espaço, alertando para a resolução urgente destas. A não observância disto, ao meu ver, levará Joinville ao caminho do abismo da desigualdade social extrema, da inexistência do "direito à cidade" e da perda coletiva em todos os setores que formam o conjunto social. Entretanto, como poucos enxergaram, faço o exercício de um novo alerta, talvez de forma mais visível, com a esperança de que haja um despertar, seja lá de quem for:

Fonte: http://farm9.staticflickr.com/8163/7405503404_154a519b5b_o.jpg
1 - Joinville (e seus políticos) precisa entender que crescer a economia não é, necessariamente, crescer a cidade;
2 - A mídia deve ser independente, absorvendo as demandas sociais como pauta, ao contrário do clientelismo e patrimonialismo que assolam as TVs, rádios e jornais locais;
3 - Os investimentos públicos devem ser distribuídos da maneira mais homogênea possível pela cidade, considerando a particularidade de cada bairro e também as diferentes posições relativas ao rendimento médio dos cidadãos;
4 - O Plano Diretor precisa ser respeitado, e não servir apenas para as demandas que surgirem ao longo dos anos;
5 - Uma cobrança e vigilância mais efetiva nos representantes estaduais e federais (deputados, senadores, etc);
6 - Abolição da "cultura do trabalho" que corrói esta cidade nas últimas décadas, ceifando oportunidades de trocas entre os cidadãos de Joinville;
7 - Uma educação pública que contemple todas as áreas do conhecimento, e despreocupada de formar profissionais de acordo com as demandas de mercado;
8 - Uma sociedade que respeite o diferente, em todos os níveis (religião, sexualidade, gênero, posicionamento político, etc);
9 - Menos Bisonis e mais professores;
10 - Uma saúde em que as pessoas não precisem de correntes para vislumbrarem atendimento;
11 - Uma Joinville onde as pessoas passem a olhar para as calçadas em péssimas condições, ao invés do buraco nas ruas;
12 - Uma cidade que pare de se espraiar, evitando assim a especulação imobiliária a qual é a responsável por loteamentos horizontais reprodutoras de um sistema nocivo de urbanismo baseado no automóvel;
13 - Sem monopólio de Gidion e Transtusa afirmado por uma caneta e vários colarinhos brancos;
14 - Uma maciça presença popular nas ruas e nas instâncias participativas;
15 - Uma juventude que se preocupe mais em ajudar os seus semelhantes ao invés de pensar exclusivamente em qual balada ir no final de semana;

Fonte: http://ndonline.com.br/uploads/global/materias/2013/07/06-07-2013-16-12-50-policiais-area-.jpg
16 - Cultura nas periferias da cidade, não somente nos bairros centrais e para os ricos;
17 - Governantes que pensem exclusivamente em diminuir a distância entre o mais rico e o mais pobre desta cidade;
18 - O fim da subserviência de uma cidade às entidades empresariais e todos os seus interesses e negociações ilícitas, imorais, ou particularistas;
19 - Profissionais que sejam profissionais, creditando seu sucesso ao seu trabalho, ao invés de suas redes de relações, "camarotes sociais" ou "puxasaquismo" alheio;
20 - Uma cidade de menos champas com sushi e mais suco com arroz e feijão;
21 - Uma Joinville em que todos possam vivê-la de uma maneira igualitária, humana e justa, sempre.

Como você leitor talvez pôde perceber, estou em clima de despedida deste blog. Todos na vida necessitam de um momento de pausa para, após isto, voltar a cumprir as suas funções sociais com uma maior força. Esta etapa de minha vida eu cumpri. Agora parto para outra etapa, tão gratificante quanto esta que pratiquei por aqui. Quem sabe eu volte - pode ser uma saída temporária - mas o sentimento de gratidão é permanente com todos: os colegas de blog, os leitores, os críticos, e os que querem uma cidade melhor, independente da sua história, visão de mundo, ideologia ou militância. É assim que todos saem ganhando.

Por enquanto a maioria é que está perdendo, em detrimento da vitória de poucos. É a mudança deste cenário que me faz levantar da cama todos os dias. O meu objetivo está traçado. E o seu?