POR ET BARTHES
Há muitos produtos que fracassam no mercado. Alguns são óbvios. Se alguém lhe perguntasse se esta boneca ia ser um sucesso de vendas, o que você diria? Quando você coça a barriga do boneco, ele tem uma espécie de ereção e mija na cara das pessoas. Quem compraria um brinquedo desses? O que é pior, o boneco ou o comercial de televisão?sábado, 5 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
A forma de trabalhar no Canadá
POR ET BARTHES
Se você gosta das coisas do tal primeiro mundo, então vai achar interessante esta forma de trabalhar lá no Canadá.
Feliz 2013, e boa sorte
POR FELIPE SILVEIRA
Sempre que penso no futuro (não o meu, mas o da humanidade, e consequentemente o meu), visualizo dois cenários: o catastrófico e o otimista. Vejo, diariamente, sinais de que vamos por estes dois caminhos. Assim, vivo entre a frustração e a esperança. Vou escrever aqui sobre alguns destes sinais.Em meu cenário de esperança, por exemplo, vejo muita gente ir de bicicleta para o trabalho. Não acho que isso resolva os problemas em relação à mobilidade, mas resolve parte dele e muda a vida de quem faz essa opção. Neste mesmo cenário, vejo muito mais cidades que decidiram extinguir a tarifa de ônibus, promovendo o direito de ir e vir da população. As primeiras já existem, e como elas estão aí para provar que dá certo, é questão de tempo até a ideia de espalhar e as pessoas perceberem que têm este direito.
Por outro lado, também há sinais de um futuro tenebroso neste quesito. Quando entrevistei o atual prefeito Udo Döhler, ainda durante a campanha, perguntei sobre mobilidade, ele não teve dúvidas em responder que dentro de pouco tempo todas as pessoas terão um carro e era preciso preparar a cidade para isso. Pior que a tendência é notável no dia a dia, quando vemos famílias com dois, três e até quatro carros na garagem. Fora isso, pra que sinal maior de um futuro maluco do que o congestionamento nosso de cada dia? As pessoas estão se habituando a passar uma, duas, três e até quatro horas dentro de carros, indo e voltando para casa. É normal?
Mas, voltando para o cenário otimista, destaco a vida em comunidade. Mundo afora, há diversas iniciativas de pessoas que decidem cada vez mais dividir o que tem e compartilhar o trabalho, a comida, os bens culturais. Vejo também que cada vez mais gente trabalha pelo compartilhamento do conhecimento, pela abertura de códigos, pelo acesso à cultura.
No entanto, voltando novamente para o cenário trágico, há de se dizer que o individualismo e a ignorância nunca estiveram tão fortes quanto nos tempos atuais. Um bom exemplo da ignorância são os comentários anônimos deste blog, que procuram atacar os autores ou outras pessoas que comentam de maneira séria. Simplesmente, não dá pra entender qual é a pira dessa gente. Infelizmente, essa ignorância está em todos os lugares, desde os bancos escolares e universitários até a tribuna da Câmara de Vereadores (onde é abundante).
Enfim, neste primeiro texto do ano, gostaria de compartilhar esta reflexão acerca do futuro, já que nesta época do ano é tão comum. Espero que cada leitor pense também sobre o futuro que deseja e qual caminho vai seguir. E quem quiser compartilhar mais impressões acerca do futuro, fique à vontade no espaço dos comentários. Será um prazer dialogar, e, dessa forma, trabalhar na construção de um lugar melhor.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Racistas provocam fim do jogo
POR ET BARTHES
O jogo era amistoso, mas alguns torcedores eram idiotas racistas. Prince Boateng deixou o jogo - Milan versus Pro Patria - após ouvir insultos por causa da sua cor. O time do Milan decidiu se retirar de campo. Como diz o locutor italiano sobre os racistas... é gentalha.As mortes no culto da IURD
POR ET BARTHES
Em Angola, 16 mortos (até agora). Será que os culpados vão aparecer? É preciso ter fé...O equivocado subsídio proposto por Clarikennedy
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
Após a ressaca do réveillon, Joinville vai voltando aos poucos a sua normalidade. Caos, trânsito, acidentes, economia vibrante e excludente, pessoas nas ruas e discussões políticas acaloradas. Udo Dohler assumiu e viu de camarote Carlito Merss assinar dias antes um decreto que aumentaria a passagem de ônibus para R$ 3,00. O deputado Clarikennedy Nunes, derrotado nas últimas eleições, não perdeu a oportunidade e soltou vários outdoors pela cidade com um recado a Udo, reproduzindo uma das suas bandeiras de campanha:
"Prefeito Udo, passagem a R$ 3,00 é uma vergonha! Com o subsídio dá pra fazer R$ 2,40".
Pois bem, Udo revogou o decreto de Carlito, determinou que a passagem será R$ 2,90 e os outdoors mudaram quase que num passe de mágica:
Independente do ato de Udo, levar o cidadão joinvilense a acreditar que o subsídio, da forma proposta pelo deputado, é a melhor alternativa, torna-se uma forma equivocada de conduzir o debate. Afinal, o cidadão pagará duas vezes pelo serviço (ou o subsídio não viria dos nossos impostos?). Mas, do jeito que está no outdoor, o joinvilense pode ser levado a achar que "vai pagar menos pelo transporte coletivo". Ou estatiza-se todo o serviço, ou não se propõe um debate equivocado como este. Quem usa o serviço pagará duas vezes achando que paga apenas uma? Ah, esqueci... "colocaria frango na mesa das pessoas" mas, por outro lado, comprometeria parte do salário direto para pagamento de impostos.
Se Clarikennedy fosse tão fã do subsídio assim, estaria propondo a estatização do serviço (ou um sistema misto) para o processo licitatório. Entretanto, ele não falou nada em nenhuma das duas audiências públicas que a Prefeitura fez em 2012 para tratar sobre este tema. Muito menos citou o plano de mobilidade em sua campanha, instrumento previsto no plano diretor de 2008 e que ainda não foi confeccionado.
E ainda: se o deputado quisesse investir o dinheiro que "sobraria do gabinete do Prefeito" em algum subsídio, poderia muito bem colocar nas reformas emergenciais das escolas interditadas pela Vigilância Sanitária ou investir na construção de ciclovias por toda a cidade. Fazer jogo político com isto é feio e se tornou constrangedor ao mudar tão rapidamente os outdoors hoje de manhã.
Graças a estes debates enganosos e esdrúxulos, é notório que o planejamento urbano deve ser a principal pauta da cidade de Joinville. Várias questões surgem por todos os lados. O transporte coletivo é apenas um dos exemplos e demonstra a cara do modelo de desenvolvimento de uma cidade. Se ele é eficiente, a cidade visa um desenvolvimento urbano equilibrado. Se ele é caro, fruto de jogo partidário, ineficiente e excludente, é retrato de uma cidade segregadora que visa o desenvolvimento econômico em detrimento do urbano. Qual o modelo de cidade que nossos representantes querem?
Quase ia esquecendo: Feliz 2013 para todos!
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Onça brasileira ganha o mundo...
ET BARTHES
Uma imagem do Mato Grosso que está correndo o mundo. Uma onça ataca uma capivara.Foi encenação?
O blog Chuva Ácida é o resultado do trabalho
dos seus articulistas, dos colaboradores e, principalmente, da intervenção dos
seus leitores que, com seus comentários, apoiam, questionam e alertam para
alguns fatos.
Quando houve textos no blog a abordar o tema
do aumento da passagem de ônibus, concedido pelo agora ex-prefeito Carlito
Merss, um leitor fez o comentário muito interessante: dizia que tudo não
passava de uma encenação. Será?
Eis o comentário: “só eu acho que
fizeram um teatrinho com o Carlito: passagem a 3 reais, acima da inflação, aí
chega o Salvador da Pátria ( O Sassá Mutema ALemon) e baixa para 2,90 ; valor
este esperado por todos !!! pra mim foi armação !!! Carlito
sempre disse que daria inflação pq deu a mais ??? Aí o salvador chega e começa
bem o governo , por cima , se dizendo ESSE CARA SOU EU !!! hehehe e ganha
crédito por alguns meses !!!
du grego”
A impressão que ficou,
e que hoje também está nas redes sociais, é que tudo foi uma armação bem
arquitetada. O silêncio do prefeito Udo Dohler sobre o tema, até a revogação
hoje do aumento, que passou de R$ 3,00 para R$ 2,90, reforça a ideia que pode
ter sido um jogo de cartas marcadas.
E você, leitor, o que
acha?
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Esperanças renovadas, problemas de sempre.
POR JORDI CASTAN
Final de um ano e
início de outro é a época certa para renovar as esperanças. Se reviramos um
pouco nos arquivos de um ano ou dois atrás, encontraremos a mesma situação.
Acreditamos, não sei se não seria mais correto dizer, gostamos de acreditar que
por arte de mágica todos os problemas serão resolvidos. Os mesmos problemas que
nos acompanham por anos, lustros, décadas ou até por séculos, se resolverão
rapidamente e de forma fácil.
No caso de Joinville, o
início de um novo governo dá novas esperanças, as mesmas que já tivemos em 2009
e que pouco a pouco foram ficando esquecidas e abriram espaço para as
frustrações de hoje. Há uma relação direta entre a renovação das esperanças de
hoje e as frustrações de amanhã. Quanto maiores e mais desproporcionais sejam
umas, maior o risco que as nossas frustrações aumentem.
Encerramos o ano
acreditando que o próximo será melhor. Fazemos pouco para que seja
verdadeiramente melhor, no máximo torcemos para que seja, mas é pouco o que
acabamos fazendo para que melhore. Se listássemos os problemas que afetam Joinville, nem precisaríamos ser muito criativos, porque são os mesmos de sempre,
eles se alastram através do tempo e permanecem firmes e fortes.
Continuamos com índices
de saneamento básico inadmissíveis, as carências em infraestrutura já são um
freio ao desenvolvimento da cidade. Parques e áreas de lazer que mereçam este
nome, ainda são uma exceção por aqui. Escolas públicas de qualidade são difíceis
de encontrar. Museus e espaços culturais interditados são uma ferida aberta na
Joinville do Pibão. Uma saúde que trate as pessoas como seres humanos e não
como gado ou mercadoria é uma dívida que Joinville não consegue pagar a pesar
dos custos crescentes e dos recursos carimbados.
É fácil acreditar que
o novo governo vai resolver todos estes problemas e todos os que nem foram aqui
citados. Que o choque de gestão de que tanto se falou na campanha vai fazer desta
cidade outra Joinville. O certo é que a cada novo ano renovamos as nossas
esperanças numa Joinville melhor e mais justa. A cada final de ano ao olhar
para o ano que conclui ficamos com o sentimento que enfrentaremos de novo os
mesmos problemas uma e outra vez.
Feliz ano novo e que o
ano que agora inicia seja melhor que o que acaba. Acreditemos nesta Joinville
melhor e, mais que torcer, vamos fazer um esforço para que o futuro nos proporcione
mais prosperidade e qualidade de vida que o presente e ainda mais que o passado
que hoje se encerra.
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