terça-feira, 20 de junho de 2017

A internet dos objetos vai mudar a sua vida. E muito...


POR LEO VORTIS
A Internet dos Objetos (IoT- Internet of Things) é o casamento do objeto material com a tecnologia imaterial das plataformas digitais. Ou seja, as tecnologias de informação tomam corpo físico. É um processo pelo qual os objetos estão ligados em redes digitais, seja em casa, no trabalho ou na rua. Não se trata apenas de ligar pessoas a objetos, mas também de ligar objetos a objetos.

Os países desenvolvidos trabalham no desenvolvimento dessas soluções. A Comissão Europeia, por exemplo, há anos desenvolve um programa nessa área, o Internet of Things Europe130, que se apresenta sob o slogan “Part of Our Future” e anuncia aplicações infinitas, sempre com a promessa de um mundo melhor.

A campanha de publicidade desenvolvida para divulgar a ideia mostra exemplo práticos de como seria o mundo se tudo estivesse em rede. Fazer uma melhor gestão do dia a dia. Fugir da confusão do tráfego. Não perder tempo na fila do médico. Ter uma geladeira que avisa quando falta algum produto. Ter um carro que, quando sofre um acidente, avisa imediatamente os serviços de socorro. Um personal trainer no celular para melhorar o desempenho desportivo. Ou mesmo uma bengala capaz de indicar o caminho a um cego.

Muitas dessas coisas já existem, apesar de não estarem popularizadas. Esse mundo idílico prometido pelos objetos de alta tecnologia e em rede não gera contestação. O otimismo é tanto que alguns pesquisadores preferem falar num Segundo Renascimento. É apenas uma questão de tempo até que essas soluções estejam presentes nas nossas vidas. E muita coisa vai mudar. Fiquem ligados. O filme a seguir mostra situações práticas que serão comuns dentro de pouco tempo.



segunda-feira, 19 de junho de 2017

Árvores são um perigo e devem ser exterminadas

POR JORDI CASTAN

Há uma alergia (eu disse alergia) crescente a árvores. Em Joinville, há uma guerra declarada a tudo o que seja verde. Árvores tem sido as vítimas preferidas de uma política que vê no concreto o símbolo do progresso. Não apenas não plantam mais árvores, mas perseguem com sanha furibunda as poucas que insistem em sobreviver num ambiente tão hostil como o urbano. Uma imagem vale por mil palavras? Se depender da foto fica evidente que sim. 



O que leva alguém a concretar árvores? Nem precisa explicar muito. É só ver a imagem. Ou não há projeto, ou não há fiscalização, ou não há bom senso. O que não há é conhecimento técnico, porque concretar árvores é garantia de morte. Ou será que a Joinville dos próximos 30 anos, será também uma cidade sem árvores?

A destruição do patrimônio verde da cidade é sistemática e permanente. Conta com a colaboração do poder público que se omite a maior parte do tempo e aprova leis que estimulam a supressão das árvores que ainda sobrevivem. O rebaixamento indiscriminado de calçadas é uma das leis que mais há causado a supressão ilegal de árvores públicas. Há ainda a falta de um inventário detalhado de toda a arborização da cidade. E, por fim, a inexistência de um plano diretor de arborização.

Esses são outros dos problemas que Joinville enfrenta. Mas a pior de todas as ameaças para as árvores de Joinville é a inépcia do poder público, a sua inoperância e a sua incompetência para tratar dos temas relacionados com as decisões atuais que incidirão o futuro da cidade.

É quase unanimidade que Joinville está uma bagunça. Só não é unanimidade porque há uma parte da população que parece conviver bem com a situação. Os causadores ou os autores ou, em última instância, os responsáveis pelo desastre que tomou conta da cidade. Uma cidade que, lembremos, outrora foi organizada, bem administrada e orgulhosa do seu espírito e identidade.


Fazer, fazer bem feito, entregar no prazo e pelo preço combinado eram num passado recente valores desta cidade e dos seus cidadãos. Agora isso não só não acontece mais, como virou parte do imaginário da população. Toda uma geração de joinvilenses nunca viu uma obra bem projetada, bem executada e entregue no prazo, não sabem o que isso possa vir a ser e não acreditam que tal coisa exista.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Os órfãos do golpe viraram almas penadas

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Vamos falar em almas penadas. Quem? É claro que estou a falar dos órfãos do golpe. Depois das revelações dos últimos tempos, quando os seus heróis foram caindo um a um, os caras andam mais perdidos que cego no meio de tiroteio. Uns se dizem surpreendidos. Outros se sentem traídos. E há também os que ainda estão em fase de negação. Dá uma peninha.

Uma disfunção cognitiva causa dificuldades para lidar com a realidade. Imaginem que muitos dizem ter sido apanhados de surpresa pelo envolvimento de Aécio Neves em falcatruas. “A culpa não é minha. Eu votei no Aécio”, diziam antes. Mas nos últimos dias o que tivemos foi um corre-corre às redes sociais para apagar elogios ou fotografias com o líder dos tucanos.

Ora, até uma pessoa que esteja a viver em Plutão já teria informações suficientes para saber que era a crônica de uma queda anunciada. “O primeiro a ser comido vai ser o Aécio”, disse Machado a Jucá. Quem não se lembra? E agora dizem que foram apanhados de surpresa? Aliás, não parece estranho que apenas depois de três décadas muita gente tenha descoberto que há corruptos no PSDB?

Ah... sou do tempo em que a corrupção era “monopólio” de outro partido. Lembram? Nada como um dia atrás do outro. Mas é aí que mora o perigo. Essas pobres alminhas andam a vagar perdidas e à procura de novos heróis. O problema é que o critério é pouco apertado e as opções não são muitas: basta antagonizar o PT para conquistar esses pobres coraçõezinhos. E assim só encontram heróis com pés de barro.

À falta de Aécio Neves e os outros golpistas do seu entorno, essas alminhas começam a se agarrar à raspa do tacho. Gente sem história, sem liderança, sem cultura. Talvez um dos exemplos mais divertidos seja o de Roberto Jefferson, condenado por corrupção, mas agora convertido em oráculo dessa gente. Enfim, dizem que são contra a corrupção mas são apenas contra um partido. Pensam que enganam quem?

Para que os leitores tenham uma noção exata do tema, temos uma coleta de posts de redes sociais que permite pintar o retrato dessas almas penadas. São contra o PT, mas também odeiam o PSOL. Defendem a obscurantista Escola sem Partido. Acreditam que Janaína Paschoal é uma heroína. Querem o fim dos sindicatos. Muitos estão numa onda anticientífica. E ainda há quem tenha a lata de defender Aécio Neves.

É a dança da chuva.

A ilustração a seguir é feita a partir dos retuítes dessa gente. Enfim, é um pitéu. Veja:

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Gestores, vereadores e empresários: Joinville ainda pode ser uma cidade próspera e sustentável.

POR RAQUEL MIGLIORINI
Basta uma breve caminhada pelo Centro de Joinville para constatarmos uma triste realidade: lojas fechadas, prédios históricos abandonados, calçadas estragadas, patrimônio degradado.

O abandono aumenta a criminalidades, desvaloriza imóveis e desperdiça todo equipamento público daquela região. A revitalização e reurbanização das áreas centrais não deixa a cidade somente mais bonita. Resgata a economia, a história, o orgulho e a gratidão dos moradores.

Temos muitos exemplos mundo afora e alguns aqui no Brasil que mostram como os investimentos retornam em curto prazo. Desnecessário dizer que, quanto mais tempo demora, mais caro fica.

Em tempos de aprovação da LOT (Lei de Ordenamento Territorial) e algumas revisões desta, cabe perguntarmos por que tantas pessoas defendem a expansão urbana  e, ainda, por que novos loteamentos não investem em equipamentos que melhorem  a qualidade de vida dos moradores.

Tratar da revitalização de áreas antigas e da criação de novos loteamentos parecem assuntos distintos mas não são. Vou usar como exemplo um novo loteamento no Bairro Vila Nova. Passando pelas ruas principais, observamos áreas enormes com ruas asfaltadas, rede coletora de esgoto e...só. Como a forma de pensar a cidade é mais tradicional que caixa de maisena, nem se cogita o uso de asfalto ecológico, ou de borracha, usado há mais de 40 anos nos Estados Unidos e feito com pneus velhos. A fiação não é subterrânea, o que, além de feio, impede uma arborização bem feita nas calçadas. Praças e áreas verdes?? Nem pensar. Embora a legislação seja clara nesse quesito, o que vemos é um terreninho abandonado, sem a mínima condição de uso.

A ONU-Habitat considera que uma cidade bem planejada tem a proporção 1:1 em áreas construídas e espaços públicos com áreas verdes. Essa equação é simplesmente desprezada em lugares onde a especulação imobiliária e o lucro de alguns esmaga qualquer possibilidade de vida digna.

Ao permitirmos que a cidade se degrade do Centro para os Bairros e vice-versa, tornamos  o processo de revitalização complexo e caro. A urbanização bem feita cobre qualquer custo do processo, gera empregos, tributos e novos investimentos. Bons investidores não olham para cidades que não apresentam um futuro sustentável e próspero. A forma como empresários têm olhado para Joinville é como quem enxerga apenas um Eldorado a ser explorado até o fim.

Cabe aos bons gestores, vereadores e cidadãos responsáveis, que devem se fazer  presentes nos Conselhos Municipais, mudarem essa situação.