sábado, 30 de maio de 2015
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Apenas notas um pouco ácidas...
POR SALVADOR NETO
Reforma ou demolição?
A proposta (?) de reforma política que Eduardo
Cunha (PMDB) enfiou goela abaixo dos colegas deputados esta semana, isso após incinerar
a outra proposta criada por uma comissão especial que ele próprio incentivou,
está mais com cara de demolição da democracia que para um reforma. Como se diz
nos meios políticos, propõe-se mudar tudo para de fato, nada mudar.
Reforma ou demolição? (2)
Cunha fez surgir pelas mãos de seu amigo Rodrigo
Maia (DEM) um projeto forjado para dar ares de mudança a algo que eles não desejam
mudar. Como a um vestibular de múltipla escolha, colocaram lista de votação por
tema. Ao final deste grande teatro, estão mantidos o financiamento privado das
campanhas, agora somente a partidos; o voto proporcional, a manutenção das coligações
para o legislativo, e o fim da reeleição para o executivo.
Reforma ou demolição? (3)
De costas para o povo, aquela massa que em 2013
alguns chegaram a dizer que era o gigante que havia acordado, Eduardo Cunha e a
maioria dos deputados pioraram o que já era ruim. O financiamento privado aos
partidos inviabiliza ainda mais a transparência, porque não se saberão os “preferidos”
de cada presidente de sigla a receber os recursos. Uma jogada de mestre, sob o
ponto de vista de quem não deseja luz no principal motivador da corrupção no
Brasil: o financiamento privado das campanhas eleitorais.
Já em Joinville...
Já na provinciana maior cidade catarinense
continua-se a conviver com o abandono geral das ruas, praças e obras. Buracos
brigam por espaço no asfalto esfarelado, enquanto a gestão Udo Döhler (PMDB)
não consegue fazer andar licitações para pelo menos recapar tais ruas, que dirá
fazer os 300km de asfalto prometidos. Dizem que do estacionamento rotativo,
após quase um mandato inteiro de estudos, agora vai. Há quem acredite, mas o
povão da periferia não. É só dar uma visitadinha como faziam na campanha
eleitoral.
Greve à vista?
Ainda na cidade onde qualquer chuva alaga vias,
casas e escolas por pura falta de manutenção de rios, córregos e bocas de lobo,
voltamos ao filme antigo: embate entre Sinsej e Udo Döhler na questão do
aumento salarial dos servidores municipais. Udo oferecia nada. Depois a
inflação parcelada em oito vezes de pouco mais de 1 ponto percentual ao mês.
Piada de mau gosto até para quem não é servidor. O Sinsej, que no tempo de
Carlito Merss botava prá quebrar, mas agora amansou, diz que vai para a greve
na semana que vem... façam suas apostas!
LOT, lobbyes e vereadores
O prefeito Udo Döhler anunciou, via diários
oficiais do governo, ah, desculpem, os jornais diários locais, que mandará para
os vereadores a tão esperada (por inúmeros lados!) Lei de Ordenamento
Territorial, a LOT. Embates renhidos ocorreram no Conselho da Cidade, na
Justiça, e assim na base do arrasto, ela chega ao legislativo. Veremos momentos
de alta tensão nos próximos meses, capazes talvez de paralisar um governo que
está no ponto morto desde a posse.
E a cassação de Maycon César?
Na mira de vereadores que detestam seu modo de
fazer política, atirando contra o espírito de corpo da Câmara de Vereadores, os
colegas, Prefeito para se promover, o vereador Maycon César conseguiu cessar o
processo de cassação que corria contra ele, pelo menos temporariamente. Agora,
com a LOT na Casa de Leis, quem sabe se voltam a colocar a espada sobre a
cabeça de Maycon?
E o caso Lia Abreu?
A servidora Lia Abreu, fiscal da Vigilância
Sanitária em Joinville (SC), que foi afastada de suas funções no final de janeiro
deste ano pelas acusações de desapreço no recinto da repartição, conduta
escandalosa, abuso de poder e assédio moral, está pronta para falar. A tal sindicância
foi prorrogada, mas o prazo finda este mês. Gente poderosa está por trás da
medida, porque ela era uma pedra no sapato ao interditar escolas a cada momento
por pura falta de manutenção das mesmas. Lia, em breve, vai falar tudo sobre o
caso. Talvez até seja aqui no Chuva e para este jornalista. Leia o que escrevi
no artigo “Lia Abreu, cadê você?”.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Descaso político

POR MÁRIO MANCINI
Joinville possui o maior
colégio eleitoral de Santa Catarina, o suficiente para decidir uma eleição,
tanto que os políticos sabem disso, quando em campanha são totalmente dedicados
à cidade e, principalmente, a seus eleitores.
Passada a eleição, o
descaso aparece, promessas (há quem acredite nelas) são esquecidas, junta-se a
isso a participação pífia dos representantes locais nos governos Federal e
Estadual.
Temos alguns exemplos para
justificar a premissa acima. Comecemos pela Arena. Enquanto a local vive a
míngua, à espera de recursos, enquanto as “lideranças” políticas locais trocam
“elogios” pelas redes sociais, a de Chapecó está pronta, com todo respeito que
a cidade merece, não tem comparação, em tamanho, habitantes, economia, etc., só
que possuem representação mais ativa.
A duplicação da avenida
Santos Dumont foi transformada em uma colcha de retalhos, trocada pelos famosos
binários, um paliativo de duração limitada. A desculpa de sempre, o custo das
desapropriações. Pergunto: fosse em Florianópolis já não estaria pronta?
A elevação da rua Minas
Gerais, a duplicação da Rua Dona Francisca, a UFSC e seu acesso, o Hospital da
Mulher, BR 280, etc.
Já passou do momento de
cobramos dos nossos políticos o retorno dos votos neles depositados. Chega de
sermos “vaquinhas de presépio”, cobrar resultados faz parte da democracia.
Sabemos que sem projetos
não há dinheiro, e que projeto não é o forte da atual administração, nem
licitações, pois cobremos deles.
Ano que vem tem eleição. Façamos a lição de casa, ou melhor, comecemos a arrumar a casa, mudando, se
necessário, e assim sucessivamente, até acertar. Ou não?
***
JEC
O que está acontecendo com
o time? Excesso de respeito é sinônimo de medo e em futebol é técnica suicida. Não é este o perfil do time.
Coragem, pois poderemos até
perder, mas perder de cabeça erguida. Fica a dica...
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Planejar e investir em cidades médias pode ser uma solução?
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Bilbao, na Espanha, tem cerca de 350 mil habitantes Olhando assim, até que se parece com Joinville |
POR FELIPE SILVEIRA
Talvez seja desconhecimento, mas nunca vi ninguém propor ou defender que uma das maneiras de resolver os problemas das cidades grandes é justamente diminui-las. Não sei o que geógrafos, sociólogos e urbanistas dizem, mas gostaria de saber, e também não vi a proposta no campo da esquerda, até porque ela bate de frente com outra.
Cidades com milhões de pessoas não fazem sentido. Muito menos quando estes números chegam a 6 ou 12 milhões, como Rio de Janeiro e São Paulo. Algumas comunidades nessas cidades têm 100 mil pessoas, muito mais populosas que milhares de cidades do país.
O que imagino como ideal é o investimento em cidades menores/médias de modo que possam atrair a população sem gerar um grande impacto. Imagino que o aumento moderado e planejado de certas cidades possa gerar um aumento do número de empregos principalmente nos setores do comércio e de serviços. Cidades médias precisam ou comportam mais jornais, restaurantes, lojas, médicos, advogados etc.
Cidades com 100, 200 ou até 500 mil pessoas são possíveis (não fáceis) de administrar e de planejar. Não vou dizer manter a ordem (vade retro), mas vocês entendem o que quero dizer. É claro que não se pode deixar de investir nas comunidades super-populosas que não contam com nenhum investimento do Estado que não seja tiro, porrada e bomba. Mas também é preciso pensar em outras maneiras de evitar e resolver o problema.
Pode ser que a conta não feche, que a premissa esteja errada, que eu tenha falado uma bobagem. Mas tenho pensado há algum tempinho nisso e não tive nenhum motivo ainda para "despensar". Alguém tem um?
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