quarta-feira, 26 de junho de 2013

Uma Copa do Mundo das religiões

Igreja Maradoniana: candidata ao título
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Ora, parece que o pessoal não quer mais a Copa do Mundo no Brasil (aliás, já disse que se quiserem mandar para Portugal pode ser uma boa ideia, porque o país está a precisar de dinheiro). Mas acho uma injustiça para o pessoal que gosta de futebol e que certamente estava com muitas expectativas para 2014.

Então fiquei a matutar numa solução para os que gostam de futebol. E foi no dia da aprovação da cura gay, quando os religiosos mostraram toda a força, que a solução veio à mente. Pô, já que o Brasil tem tantos religiosos, talvez devesse pensar em algo nesse plano. Mas foi no domingo, com o sucesso do jogo entre o JEC e os padres de Joinville que repesquei uma ideia: vamos promover uma Copa do Mundo dos religiosos.


Sem falsa modéstia, considero uma ideia divinal, porque o Campeonato Mundial de Futebol Inter-religiões pode levar todos à harmonia. E mais: dava uso para os estádios que já estão construídos. A competição seria exatamente como a Copa do Mundo, realizada a cada quatro anos, com 32 equipes em competição.

O planeta tem um exagero de religiões, o que obrigaria à disputa de eliminatórias. Só poderiam participar os monoteístas, porque não é justo uma equipe ter mais de um deus a dar aquela forcinha. Os ateus comuns, por motivos óbvios, não poderiam disputar o campeonato. Mas os ateus que transformaram o ateísmo numa religião talvez pudessem tentar um lugar.


Para evitar a corrupção de árbitros, eles seriam todos recrutados entre os monges shaolin. Os caras não se interessam por coisas materiais e seria difícil suborná-los (nunca se sabe quando vai aparecer um Moloch para fazer merda). E os shaolin sabem artes marciais, o que sempre dá muito jeito em caso de algum jogador tentar agredir o árbitro.


Os jogos seriam transmitidos pelas rádios e televisões da Igreja do Reino de Deus, com as receitas distribuídas por todos os participantes. É claro que as outras equipes teriam de pagar os 10% do dízimo televisivo. Mas é um preço baixo a pagar só para não ter que aguentar as narrações do Galvão Bueno.


É de prever grandes clássicos quando a bola rolar. Católicos x Protestantes. Mórmons x Islâmicos. Hinduístas x Xintoístas. Ah... e por fim, a grande sacada da competição: o deus da equipe campeã tinha de ser considerado o manda-chuva por quatro anos e todo mundo tinha de respeitar as leis. Sem brigas.

De Salvador a Imperador, tem de tudo

POR GABRIELA SCHIEWE





Voltando a falar de esporte, não que eu entenda mais acerca, mas nesse caso os meus pitacos não são tão furados.

A Seleção está nas graças do povo e graças a quem????? Mais uma vez o "salvador" Felipão é o mais adorado e reverenciado.

A verdade é que, se ele é ou não o maior responsável e se realmente é bom, não tenho bem certeza. Mas foi o cara que deu jeito. O Brasil voltou a ganhar e, principalmente, ganhar das seleções do primeiro escalão.

Existem outros fatores, é claro, e o principal é o fato do tempo conjunto de treino dos jogadores e uma mesma equipe em vários jogos, mas que o técnico está fazendo a diferença, inevitável afirmar que sim.

Pode parecer balela, mas parece que existe um clima mais agradável na Seleção. Vocês não acham? Eu perguntando já no negativo fica difícil responder quem sim... hehehe.

E olha, estou achando que vem um caneco por aí, está com cara de que o Brasil leva a Copa das Confederações. Aí Felipão vira rei.

Agora, mais uma vez, na minha opinião, Julio Cesar destoa. Gente, já passou o momento dele, não me passa segurança alguma e acho que nem pra zaga do Brasil. Mas vamos continuar orando, rezando, pregando, como melhor couber a sua crença.







O que falar do Imperador Adriano, que parece nunca perder a majestade?

Poupe-me. Logo o meu Inter querer contratá-lo? Já estava em parafusos, ainda bem que a negociação rolou escada abaixo.

Na minha opinião, isso não passa de jogada de marketing dos empresários do Adriano, pois de tempo em tempo, desde que ele saiu do Corinthians e teve aquela passagem ridícula pelo Flamengo, vemos notícias de que ele está sendo sondado por tal clube e termina no mesmo lugar.

Salvo engano, teve até um bafafá que ele iria para o Madureira para recuperar a forma física.

O Adriano não quer mais saber de jogar futebol e os seus empresários, para continuar ganhando uns "troquinhos" com o seu pupilo, tentam, a qualquer custo, mantê-lo na mídia.







É, parece que dessa vez a Krona está no caminho do ouro (vai ver bateu um papo com o Udo).

A primeira fase da Liga Nacional terminou na segunda-feira última e a equipe tricolor ficou no primeiro lugar e com o recorde de pontuação na primeira fase que, até então era do Santos de 2011.

Parabéns, Krona Futsal, que tem alegrado sobremaneira a torcida joinvilense, fazendo belos espetáculos no "palco da dança"!






E a Seleção Espanhola leva o seu apelido a ferro e fogo. La Fúria foi de streap-poker a controle voando pelas suas "garotas".

A "furiosa" do Salgueiro fica no chinelo diante desta fúria de castanholas!

Os espanhóis podem economizar nos gols dentro de campo, mas no extra-campo, pelo jeito, são matadores.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O povo saiu às ruas. E agora?

POR JORDI CASTAN

Fora a beleza do espetáculo que os brasileiros ofereceram, com bandeiras, cartazes e faixas criativas na tomada das ruas, é muito provável que nada mude, mesmo depois da prova de força destes dias. Mesmo que os R$ 0,20 ou R$ 0,10 dos descontos (dependendo da cidade) proporcionados pela redução dos impostos federais PIS-Cofins, talvez sejam reincorporados à planilha de custos que compõe a tarifa, em momento eleitoral ou político mais oportuno.

Sem lideranças e sem objetivos claros há um risco elevado que todo o esforço tenha sido inútil. Puro desabafo travestido de manifestação popular que, se não fosse pela presença policial violenta, pareceria mais com uma alegre quermesse, festa junina ou a celebração de alguma vitória esportiva, observada na ausência dos tradicionais bêbados e de musica estridente, que sinalizavam a importância e transcendência do momento.

É preciso muito mais para mudar o país, mas foi um bom começo. Tirar o joinvilense da zona de conforto numa tarde chuvosa tem muito mérito. Apesar da falta de prática. Há gerações que não sabem o que é uma manifestação de tal dimensão. Quantos guardam na memória o correr da polícia? Terem ido para a rua reivindicar. Ou até mesmo de ter vivenciado tal momento? Especialmente em Joinville isso tem um significado adicional.

A pergunta que muitos fazemos: e agora que acontecerá? Qual é o passo seguinte? O nosso histórico recente faz pensar em quem aposte que nada vai mudar, terá muitas mais chances de acertar.

O único ponto claro, e que deveria merecer análises melhores é o silêncio ensurdecedor dos políticos que, num misto de perplexos ou amedrontados, colocaram suas barbas de molho. Sua desaparição do cenário é prova concreta que alguma coisa mudou, inclusive a suposição que possam ter culpa no cartório.

A maior mudança pode ainda a vir acontecer se a mobilização se mantiver crescente. Mas político é por natureza um animal oportunista, com enorme capacidade de adaptação. Não deverá demorar muito para que alguns tentem capitalizar este movimento, cujo maior mérito reside, justamente, na sua aparente anarquia, falta de liderança e no amalgama de vários setores da sociedade e a variedade de reivindicações que aglutina. É bom lembrar que a classe media não tem muita prática, é nova nisso. Justamente a turma do MPL, com mais experiência e mais calejados, estava nadando de braçada,

O curioso será se for justamente essa nova classe media que surgiu nos últimos anos no país, que acabe por promover, com a sua ida as ruas, as reformas que o Brasil tanto precisa e que demoram. Seria irônico que a classe média criada a partir do seu acesso ao consumo insista em querer, além de tela plana, carro e viagem ao exterior. Indica um novo “arranjo hierárquico das necessidades humanas e vêm à tona impulsos mais elevados”, como o fim da corrupção, serviços públicos de qualidade, uma reforma política entre outras reivindicações. Justamente essa classe média que está, aos poucos, descobrindo que além de ser uma força econômica pelo seu peso no mercado é também uma força política.


Se fosse político teria muito medo. Porque se a sociedade descobrir a força que tem de verdade, muita coisa poderia mudar rapidamente e os políticos poderiam ser transformados no inimigo público número um. Representam, salvo honrosas exceções, “o pior do pior”. Aquilo contra o que as pessoas estão dispostas a ir à luta.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A rua NÃO é a maior arquibancada do Brasil

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Ao contrário do que muitos podem pensar, a rua não é a maior arquibancada do Brasil. O comercial de uma montadora de automóveis que diz "vem pra rua porque a rua é a maior arquibancada do Brasil", utilizando-se da música do grupo "O Rappa", apenas transfigura e esconde uma realidade vista por nós, brasileiros, todos os dias. Talvez influenciados por estas intervenções na grande mídia, e também pelo espírito de torcedor inflamado com a Copa das Confederações, muitos levaram a ideia de arquibancada para as últimas caminhadas passivas (travestidas de manifestações), as quais ainda acontecem por todo o país. Necessitamos desconstruir esta lógica e mostrar que a rua é o maior palco do Brasil.

Antes de continuarmos, faz-se necessária a disposição do significado da palavra arquibancada e da palavra palco:


arquibancada
sf (arqui+bancada) 1 Bancada principal. 2 Série de assentos dispostos em fileiras, em diversos planos, empregados em estádios e circos, para acomodar, com boa visibilidade, grande quantidade de espectadores.

palco
sm (ital palco) 1 Estrado, tablado. 2 Lugar, no teatro, onde os atores representam. 3 Lugar onde sucede algo dramático, impressionante ou solene; cenário.


Em qualquer espetáculo, seja ele de qual ordem for, temos "os que fazem a coisa acontecer" e "os que assistem à coisa acontecendo". No futebol, por exemplo, a arquibancada acompanha os 22 jogadores correrem atrás da bola, respeitando regras pré-estabelecidas, conduzidas por juízes. Só assiste à coisa acontecer. Quando o jogo acaba, o resultado não muda e o torcedor que está na arquibancada é obrigado a aceitar pacificamente ordeiramente passivamente aquilo que aconteceu no palco, pois a sua função é apenas assistir e dar apoio moral, gritando, xingando, levando cartazes, etc. Levando isto em consideração, não podemos ir para a rua com a lógica da arquibancada.

Precisamos entender que a rua é o espaço para fazermos as transformações que queremos. Na rua como palco, somos os jogadores, decidimos sobre tudo e construímos a nossa vida. É nela que as desigualdades sociais tornam-se evidentes (e por muitas vezes fechamos os olhos). O mais desastroso nisso tudo é que as pessoas que foram para as ruas nas últimas semanas, em sua grande maioria, não acostumadas a encarar a rua como palco e como aquelas "que fazem a coisa acontecer", levaram todo o sentimento que possuíam da arquibancada consigo. É notório que o palco se tornou lugar de movimentos difusos, nacionalistas ao extremo (do jeito que o pensamento ditatorial adora), com palavras de ordem motivacionais como "o gigante acordou", e pedindo pra alterar aquele jogador que supostamente não estaria bem na partida, só porque o comentarista pediu para tirar (vide o "Fora Dilma"). Ao final das partidas, torcedores reclamam dos seus times, dizendo que "está tudo errado" e que "tudo" precisa ser mudado.

Por outro lado, a rua precisa ser o espaço das manifestações fortes, pontuais, e que visem acabar com as desigualdades provenientes das mais diversas ordens. A rua, no fim das contas, não deve ser espaço de "um bando de desocupados" para ser um "espaço democrático". A rua deve ser um "lugar de todos", e não apenas "lugar dos automóveis". Muito menos o lugar de comemorações. A rua é o cenário para afirmarmos aquilo que queremos ser enquanto sociedade.

sábado, 22 de junho de 2013

Melhor comentário da semana







...o que será instalado é um crematório, não uma churrascaria de carne humana. Você já viu um crematório em funcionamento? Não tem nada de fumaça saindo, não é uma fornalha onde jogam um cadáver no fogo e fica um tiozão vestido de gaúcho cuidando do assado... Informe-se melhor sobre o assunto, não caia nas balelas emitidas pelo senso comum. em Momentos filosóficos dos leitores