Caros leitores e eleitores de Joinville, até o momento pouco ou quase nada tratei acerca do embate político no que tange o esporte joinvilense.
No entanto, amanhã é dia de decisão e agora não haverá mais possibilidade de se adiar tal escolha entre Kennedy (Clarikennedy) x Udo.
Não vamos elencar aqui propostas que dá ou ná pra fazer, até por que tem tantas tão estapafúrdias que me julgo totalmente incapaz de tecer qualquer comentário.
Mas vamos falar sobre o que nos interessa nesse espaço, o Esporte. O que foi falado pelos candidatos à Prefeitura de Joinville para o albergamento do esporte joinvilense, assim como de seus atletas?
Praticamente nada, a não ser o que vimos nesses últimos diasd a discussão de que Udo é apoiador do JEC há anos e que Kennedy só "ajudou" o Avaí e nada para Joinville.
Gente, em primeiro lugar, o esporte de Joinville não se resume ao JEC (tudo bem que é o de maior notoriedade), entretanto é o que mais possui patrocínios e ajudas tanto da iniciativa privada como da pública (por mais pífia que seja).
A grande verdade é que Joinville a anos está abandonada por seus gestores no que diz respeito o esporte e seus atletas. A base do esporte tem e precisa ser nas escolas, na iniciação escolar, como já houve um projeto valioso a respeito mas abandonado pelo atual Governo, em que mirava crianças de escolas, com renda inferior.
Apoiar os que já alcançaram nível de competição de alto rendimento, até eu cara pálida. Quero projetos de maneira maciça para aqueles que não detem condições, que estão na iniciação escolar e física, o que poderá acarretar grandes atletas e, caso assim não for possível, com certeza seres humanos muito melhores.
As propostas de Udo Doehler para o esporte, conforme seu Palno de Governos, são as que seguem:
O Esporte é uma das ferramentas mais eficazes na formação do caráter, na preparação física e na manutenção de uma sociedade saudável. Não pode ficar de fora das prioridades de uma administração preocupada com o social.
- Concluiremos a Arena Joinville, de acordo com o projeto original.
- Dotaremos praças de quadras poliesportivas e de areia, pistas de skate e de caminhada e palco de eventos.
- Reformaremos e modernizaremos os ginásios Abel Schulz e Ivan Rodrigues.
- Basearemos a gestão esportiva em cinco pilares:
Já as do candidato Kennedy (tive que pesquisar muito para achar as suas propostas), são as seguintes:
- Desporto educacional: inclui toda a estrutura escolar e milhares de jovens entre 12 e 17 anos.
- Desporto comunitário: com realização de miniolimpíadas interbairros e o fortalecimento de modalidades tradicionais, como Bolão, Tiro-seta, Bocha, Futebol de Salão, Vôlei, Handebol, Judô, Atletismo e Ciclismo, entre outros.
- Desporto de rendimento: preparação de equipes para os Jogos Abertos de Santa Catarina e convênios com ligas de esporte amador.
- Desporto de participação: valorizaremos a participação da Terceira Idade e o paradesporto.
- Qualificação de equipamentos esportivos.(http://www.udo15.
com.br/propostas/esporte)
- Aumentar a oferta de programas complementares, como microcrédito, capacitação profissional, alfabetização de adultos, cooperativismo e ações de educação, cultura, esporte e lazer para famílias em situação de vulnerabilidade social.
- Ampliar o acesso e a infra-estrutura de esporte e lazer municipal. (Plano de Governo, localizado no site do TSE)
É, se for pela forma que as propostas para o esporte foram apresentadas, o peemedebista foi bem mais claro e específico no que pretende (e esperamos que faça) pelo esporte joinvilense. De outra ponta Kennedy Nunes foi bastante conciso e abrangente nas suas parcas propostas pelo esporte de Joinville. Nesse caso fica até difícil cobrar e esperar algo na área, sendo tão breve e alheio. Vamos torcer que, se eleito for, dê pra fazer!
O que não poderemos aceitar, eleito qual deles for, com mais ou menos propostas, que realmente se faça, que esse abandono dos espaços poliesportivos (se assim é possível se denominar) que Joinville já possui sejam resolvidos e verdadeiramente aproveitados, assim como projetos nas escolas, apoio aos atletas em ascenção etc.
E, também, não se pode deixar de falar no abandono político das próprias equipes de alto rendimento da cidade, como o Krona Futsal ter que disputar, possivelmente, a Taça Brasil no ginásio da Univille, já que o Centreventos já está locado para outros eventos, como formaturas e afins. E, pior, o basquete que, provavelmente jogará seus primeiros jogos em outra cidade por não haver disponibilidade de local apropriado em Joinville.
Que palhaçada, acho isso lamentável, enojante e por horas até parece piada da atual gestão.
Então leitor, faça a sua análise, tire suas próprias conclusões e VOTE, isso mesmo, não deixe de votar, não se exima da sua responsabilidade e depois ainda ficar garganteando aos quatro cantos que o esporte de Joinville está isso ou aquilo. Por pior que seja, sempre devemos fazer uma escolha, eis que vivemos num país democrático de direito que depende de seus cidadãos para a manifestação concreta da democracia e sua atuação de fato.
Cidadãos vamos à urna elotrônica e escolham, diante das propostas apresentadas e das suas conclusões, Kennedy ou Udo e tecle Confirma.
domingo, 28 de outubro de 2012
Kennedy ou Udo, faça a sua escolha!
Em defesa do voto nulo
POR ÍCARO ENGLER
Sofro de esquizofrenia. Não teria doença melhor para definir a minha visão e divisão do mundo social. Por um lado,sou cientista político e esta profissão me responsabiliza de entender o campo político, suas práticas e leis; seus padrões e recursos; sua profissionalização e símbolos. Assim, entender o campo político como ele é, a realidade, e não como ele deveria ser, no sentido típico ideal (utópico).
A partir da teoria do campo político, construída pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, corrente na qual me filio como pesquisador (Sim, não sou marxista, como já fui acusado, por esquizofrenia – desta vez dos acusadores), compreendo que os profissionais da política, vivem mais da do que para apolítica, e uma vez que perdem seus mandatos, estão desempregados. E aí se basearia a explicação para várias atitudes na política que me deixam perplexo, como eleitor.
Pois nesta condição de cidadão, tenho ideologias, anseios, vontades! Procuro votar de forma consciente, analisar as propostas, partidos, pessoas e delegar meu poder a quemacredito que faria o que eu considero melhor para minha cidade, estado e país.
Por partir destas premissas, não delego o meu poder ao menos pior! Este é o discurso que vejo na cidade onde nasci efui criado. Nela moram meus familiares e amigos. Os sujos falando dos mal-lavados. Acusações de coligação enormes, em que numa temos seis partidos, desde o 1º turno, e na outra sete, com as alianças para o 2º turno. Falam de fisiologismo, onde todos são profissionais da política.
Daí vão me dizer: “Mas o Udo é empresário, nunca foi político. É renovação!” Renovação aliada ao PMDB?! Com o seu padrinho Luiz Henrique da Silveira?! E se ele nunca foi político, como se enquadra ao argumento de “experiência”? O discurso de gestor esvazia a política de dentro da política e isso só serve pra legitimar uma lógica que simplesmente não se aplica a este campo. A prefeitura não é uma empresa! É um órgão político do poder executivo municipal (aqui opina ocientista político). Não considero um empresário o porta-voz dos meus interesses (aqui o cidadão). Clarikennedy Nunes, muito menos! Por todas as questões que estão aí, mais freqüentes nas redes sociais, concordando em boa parte com os textos com as críticas ao Kennedy, publicados aqui no blog nestas últimas duas semanas.
O que fazer? Voto nulo! Não vou delegar o meu poder ao menos pior. Vou anular meu voto conscientemente como forma de protesto. Como um recado que diz: “vocês não me representam.” Alguns vão argumentar que 50% mais um de votos nulos não anulam as eleições. Verdade! Está bem claro isso na lei. Agora pense um minuto, 50% mais um dos eleitores de uma cidade votam nulo e uma lei é que vai dizer o peso e o significado que uma manifestação social como essa tem?
Meu voto nulo está muito longe de ser uma abstenção. Seria se eu fosse para a praia e justificasse, mas não. Vou sair da cidade onde moro atualmente para, no dia 28 de outubro de 2012, anular meu voto na eleição municipal de Joinville. Ademocracia me permite isso! O regime democrático é muito mais do que eleições a cada quatro (ou dois?) anos.
Não delegue o seu poder ao menos pior. Isto sim é se abster de propor um debate maior e uma mudança real.
Icaro Gabriel da Fonseca Engler – Joinvilense e doutorando em Ciência Política(UFRGS)
sábado, 27 de outubro de 2012
Siga o sapo!
POR ET BARTHES
Se você não entende inglês vai perder alguma compreensão deste filme. Se entende provavelmente vai gostar. Siga o sapo.sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Nudez verdadeira, mensagem falsa
POR ET BARTHES
O comercial aí, cheio de peladões, foi retirado do ar pelas autoridades britânicas. Mas não é por causa da nudez. É que eles dizem que o presunto é o único com ingredientes 100% naturais. E não é. Mensagem falsa, filme fora do ar.A vitória de Udo Döhler pode estar próxima
POR GUILHERME GASSENFERTH
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Udo conta voto a voto :P |
A estreia de Udo Döhler nas urnas, com de mais de 85 mil votos, calou muita gente. Para quem amargava o quarto lugar durante boa parte do processo, a votação de Udo foi surpreendente e demonstrou a força que possuem na cidade o PMDB, LHS e o próprio empresário.
Embora Colombo tenha vencido ainda no primeiro turno, foi da mesma forma nas eleições de 2010. Largou lá de trás e veio crescendo, até suplantar as duas candidatas favoritas ao título. Por que a comparação com o governador? Porque a capacidade de crescimento e de virar o jogo são aspectos que caminham juntos dos vencedores.
No primeiro turno, a campanha peemedebista foi Udinho Paz e Amor, numa louvável postura de evitar ataques e de apresentar propostas - o que deve ter sido um dos fatores do seu sucesso. Mas no início do segundo turno, Döhler estava muito atrás nas pesquisas. A maior parte delas apontava cerca de 65% para Kennedy e 35% para Udo, numa diferença gritante e que parecia carimbar o passaporte pessedista para o gabinete ocupado hoje pelo Carlito Merss. Ao perceber a disparidade, Udo partiu para o ataque, promovendo quase que táticas de blitzkrieg contra o seu oponente, que em muitas vezes ficou atordoado com a inesperada artilharia.
Udo 'kennedyzou' no segundo turno. Usou os mesmos expedientes que seu adversário, lançando mão de vídeos acusativos (pelo menos sem denúncias anônimas), ataques diretos e bombardeando as redes sociais. Quem não curtiu, compartilhou ou pelo menos viu alguma das ilustrações da cômica série "Dá Pra Fazer"? É uma alusão às sandices que Kennedy promete mesmo sem qualquer nível de realidade maior que a do "mundo de Bobby". Teve também o vídeo que mostra Kennedy afirmando: "isto é compromisso, nós vamos baixar o valor da água em Joinville". Alguns meses depois, o mesmo Kennedy diz: "eu nunca disse que iria baixar o valor da água em Joinville". Pegou mal e certamente tirou votos do Kennedy e deu pra Udo.
Além disso, a postura de Udo passou a se aproximar da demagogia que parece encantar o povo. Abrir mão do salário é uma dessas iniciativas. Embora o cardápio sirva política a la Kennedy, parece que é neste restaurante que os eleitores gostam de comer. E talvez Udo tenha acertado nas estratégias. Doar seu salário de prefeito significará um milhão de reais no bolso de entidades beneficentes da cidade. O povo, que acha que os políticos emprestam suas carinhas para as fotos da urna eletrônica só em troca de altos salários e poder, vê com bons olhos um candidato que abra mão de um salário polpudo como este. Mais um pontinho na caderneta do 15.
Há de se considerar o inesperado - pelo menos por mim - apoio dos sindicatos de trabalhadores à campanha de Udo. Invalidou o discurso de que Udo é o candidato dos patrões, uma vez que quase 30 sindicatos aderiram à sua candidatura, inclusive o sindicato dos trabalhadores em indústrias têxteis. Este apoio é o mais simbólico de todos, porque demonstra que a relação de Udo (presidente do sindicato patronal) com o sindicato laboral é, no mínimo, respeitosa. "São pelegos", alguns dirão. Pode ser, acredito que há sindicatos pelegos. Mas 29 pelegos? Aí dificulta um pouco. A propósito, o vice do Kennedy é de uma das quatro associações empresariais mais importantes da cidade, a ACOMAC. Ele não é patrão?
Outra fonte de votos importante para Döhler é a coligação-ornitorrinco formada na cidade, por Kennedy, Carlito e Tebaldi. Assim como Tebaldi saiu de mais de 40% dos votos para 15%, a população não ficaria impassível diante dos programas de TV que mostram que votar Kennedy representa fazer voltar Tebaldi e continuar Carlito, os dois candidatos mais rejeitados. Tem gente de que tanto nojo desta súcia junção resolveu abandonar a orientação partidária e votar Udo.
Não se deve deixar de considerar as pessoas que estavam inclinadas a anular o voto mas, diante das circunstâncias e do medo da vitória do Kennedy, sufragarão Udo para evitar o mal maior. Não é em quem gostariam de votar, mas entendem que um dos dois vencerá as eleições de qualquer forma e pretendem passar a atuar para que o PSD não vença. Disse Max Weber: "neutro é quem já se decidiu pelo mais forte".
Todos estes fatores somados mostram que o número de eleitores de Döhler está crescendo muito. Informações extraoficiais recebidas na noite passada demonstram que Udo e Kennedy entraram num empate técnico, o que corrobora esta tese. Mas se antes Kennedy e Udo tinham uma diferença gritante e agora colaram, é porque há forte viés de queda de Kennedy e ascensão de Udo. Desta forma, diferentemente do que vinham pensando algumas pessoas, Udo não só está no páreo como é possível que neste momento já tenha ultrapassado Kennedy e esteja a dois dias de sagrar-se prefeito da maior cidade de Santa Catarina!
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