segunda-feira, 29 de maio de 2017

Onde está Udowally? Baixe já o seu aplicativo do jogo


POR JORDI CASTAN
O prefeito sumiu, ninguém viu, ninguém vê. Simplesmente evaporou. E com ele desapareceu, também, o pouco que quedava da sua "gestão". O fato é que na verdade gestão mesmo nunca houve. Houve só pirotecnia, muito discurso, pouco conteúdo e nenhuma ação digna do nome.


Os joinvilenses têm procurado inutilmente pela cidade. Circula um mapa de Joinville indicando os locais em que são maiores as possibilidades de encontrá-lo e aqueles pontos em que a possibilidade é mais remota. Eis uma ideia para o pessoal de tecnologias da informação: criar um aplicativo para Apple e Android que permite caçar o prefeito pelas ruas de Joinville. O nome seria "Onde Está Udowally?". Teria a mesma linguagem de outro aplicativo semelhante, aquele que permite caçar pokemons. O jogo é simples, ganha mais pontos quem ache mais vezes o prefeito.

Há lugares em que é difícil, quase impossível que apareça. E, caso aparecesse, o jogador ganharia muitos pontos. Entre os mais conhecidos: as ruas Piratuba, São Paulo, Santos Dumont e Paulo Schroeder. É bom evitar também qualquer rua sem calçamento porque ele nunca aparece por lá. Os moradores da Otto Bohem nunca o viram, nem os da Tuiuti. Uma vez foi identificado no Iririú. Voltava de uma viagem a Brasília e na volta ficou preso no trânsito caótico. Alguns afortunados jogadores conseguiriam faturar muitos pontos.
Outra vantagem do jogo. Quando estiver parado  horas no transito de Joinville, pode aproveitar para  baixar o aplicativo. E a diversão está garantida. A versão "premium" permite jogar em grupos e faz mais emocionante a captura deste elemento elusivo e furtivo que aparece só de quatro em quatro anos e unicamente em período eleitoral, vendendo balões de ar quente, miragens, espelhinhos e miçangas que apresenta com o nome de "Geston"


Outros locais em que a possibilidade de encontrá-lo é remota são museus e eventos culturais. Afinal, os craques do jogo sabem do boato de que é alérgico à cultura e foge de qualquer manifestação cultural como o diabo da cruz .

Boas dicas de onde encontrá-lo, ainda que pontuem pouco, no setor de frutas e verduras do Angeloni. Essa é uma dica quente passa horas escolhendo frutas e verduras, principalmente nos finais de semana. No seu escritório na Prefeitura, essa é também uma boa dica mas quase não se ganham pontos, porque passa horas em estado catatônico naquele ambiente fechado e insalubre. 

Uma outra dica para os aficionados seria procurá-lo nas imediações da Rua Jacob Eisenhut. Os caçadores que mais pontos seriam os que se atrevesse a adentrar-se nas matas da zona sul, nas proximidades da escola Municipal Professora Lacy Luiza da Cruz Flores. Achá-lo nesta região multiplicaria o número de pontos pro três.

Para quem tiver interesse, eis um exemplo do nível iniciantes (fácil).






sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sai da frente, porra! America first!

Durante a reunião de cúpula da OTAN, em Bruxelas, Donald Trump protagoniza um momento embaraçador. Os chefes de estado e de governo caminhavam para fazer a foto de grupo, quando o presiente norte-americano deu um abre alas para cima do primeiro-ministro do Montenegro, Milo Dukanovic. Awkward, Mr. Trump.

O Câmarra das Verreadorres de Xoinville é uma peso morto

POR BARON VON EHCSZTEIN
Guten Morgen, minha povo.

Xente. Sentirrón o meu falta? Eu ainda esdou de férrias no calor do Alemanha e por isso ando meio desaparrecida. Mas tive que escrever por causa das nossas verreadores. O que o Águas de Xoinville anda despexando nos torneiras do Câmara de Verreadores? Nón é água. Só pode ser schnapps. E cachaça daquelas bem brabos, porque os carras parrecem esdar muito doidas. Sich besaufen, sich betrinken. Aprecie com moderraçón.

Tem umas verreadorres que querrem transformar as terminal dos ônibus em capelas mortuárrios. Das ist Wahnsinn. Esdá tudo louco? Mas se é loucurra, vamos em frente. Eles também podiam transferrir o prefeiturra parra o terminal, porque o pessoal lá parrece que anda se finxindo de morto. Ninguém aparrece, ninguém diz nada, ninguém faz nada. Xoinville até parrece um citade fantasma.

E foceis xá imaginarón o sistema de som da terminal? A locutor diz: “Sai agorra, do capela 15, a senhor Tot Faultier, com destino ao citade dos pés xuntos”. Faz sentido. É igualzinho o licitaçón dos transportes públicos. Uma assunto morto e enterrado. Por falar nisso, os empressas de ônibus podem inofar e lançar um nofo tipo de passaxem: de ida e volta parra as vivos e só de ida para as mortos.

Serrá que posso dar um ideia? Que tal fazer um associaçón e transformar as carros funerrárrias em táxi? Os ambulâncias podiam ser Uber. O loucurra nón tem horra parra acabar. Tem uma verreador propondo a “Dia da Atleta das Esportes Eletrônicas”. Perra aí que engasguei de tanto rir. Carramba. Eu gasto mais calorrias quando levanto a braço parra beber cerveja. O nossa Xoinville é um citade sérria, xente.

E quando focê acha que não pode piorrar, aparrece outra verreador querrendo criar a “Dia da Encontro e Exposiçón de Carros Rebaixados, Preparrados e Customizados”. Quatsch! Que absurdo! Quando eu achava que não tinha coisa mais idiota que uma carro rebaixada, aparrece um coisa pior: a dia das carros rebaixadas. Mas não vai funcionar. Com o tantão de burracos nos ruas, como é que essa xente fai chegar no exposiçón?”. Pode demorrar messes.


É cada proxeto que faiz favor, viu. Alle Tassen im Schrank. Esdá tudo forra do casinha? Mas de um coissa eu tenho certeza: o Câmarra das Verreadorres é uma peso morto.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

A crônica de um dia incomum... entre as 6 e as 10

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O dia amanhece ensolarado nesta manhã de primavera em Lisboa. Tomo o pequeno almoço (café da manhã) e, enquanto passo a manteiga no pão, ouço o apresentador do telejornal a falar de um país onde manifestantes invadem e queimam prédios de ministérios. É a Venezuela, penso. Não. É o Brasil. Um país onde um presidente continua acantonado e se recusa a renunciar. É um morto político. Nunca foi um governo, mas agora virou uma versão classe c do “the walking dead”.

No trem, a caminho do trabalho, um cartaz das Conferências do Estoril. O painel de conferencistas é formado por pessoas que “mudaram o mundo”. Gente de peso. Madeleine Albright, ex-secretária de Estado de Bill Clinton, é a cabeça de cartaz. O time conta ainda com quatro ganhadores do Nobel da Paz e figuras como Oliver Stone, Nigel Farage ou Edward Snowden (por videoconferência). Num cantinho, aparece a foto de Sérgio Moro. Não dá para conter o riso com o erro de casting.

A viagem deve durar uns 20 minutos. Aproveito para entrar no Twitter, que é onde encontramos a informação em primeira mão. Tenho uma notificação. É uma mensagem de uma pessoa cujo maior mérito na vida foi nascer de pais ricos, a me apontar o dedo e a falar em “corrupto de estimação”. Podia encetar uma discussão, mas o cara é um seguidor de Jair Bolsonaro. Quer dizer, não tem os dois dedinhos de testa necessários para construir uma frase com sentido. Em frente...

As notícias são muito más, todos sabemos. Vejo a foto de um policial com uma arma na mão ameaçando atirar em manifestantes. Talvez seja mesmo melhor chamar o Exército. Mas para tirar as armas desses policiais mal preparados. Que perigo. Uma pessoa fala em Aécio e sobre ameaças de suicídio. Outra diz que Aécio teria sido preso, mas não tem certeza. Um jornalista fala na briga pelo poder entre a PF e a PGR. E o líder de movimento popular diz que “é o roteiro da queda de Temer”.

Mas nem tudo é tensão. De volta a Joinville, alguém republica um post onde um “jênio” local tinha feito uma promessa. “Vou deixar bem claro, se eu flagrar black brocks, vândalos pseudos esquerdistas e outros movimentos, destruindo bens públicos e ou privados, não vou assistir passivamente. Aproveito para informar que tive excelente treinamento militar, com especialização em armadilhas de selva e urbana. Estão avisados”. É isso. Mal escrito assim mesmo. Você podem dormir sossegados, joinvilenses.

Troco de rede. O Facebook é mais ilustrativo. Há fotos da marcha sobre Brasília, de manifestantes ensanguentados, de gente a apanhar da polícia e outros num choro forçado pelo gás. Imagens do Buzzfeed mostram a cavalaria a avançar sobre a multidão e, logo a seguir, a multidão a avançar sobre a cavalaria. Outro vídeo mostra que lá dentro, no plenário, deputados decidiram partir para a porrada. Mas a imagem mais impressionante é a de um dedo extirpado e abandonado na grama (espero que não seja verdadeira).

Já no trabalho, recebo mensagem de um amigo que vai com a família de férias para o Brasil e tem as passagens compradas. Quer saber se corre algum risco. Não sei o que responder, limito-me a dizer que é melhor esperar pelos próximos acontecimentos. Uma amiga vem até a minha mesa e diz que viu o noticiário da noite anterior. Ficou assustada com o que se passa e pergunta por que o presidente insiste em não renunciar. Digo apenas que talvez ele queira sair, mas está amarrado por muitos interesses.

Daqui a pouco tenho uma reunião de trabalho. Enquanto espero, fico a pensar: “Desrespeitar a democracia é uma coisa fodida. É como estar numa escada e perder o equilíbrio. Porque se erra um degrau, erra todos”. Eis o caminho para o caos. E são apenas 10 da manhã em Portugal (6 horas no Brasil).

É a dança da chuva.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Joinvilenses não ligam para Santa Catarina

POR FELIPE SILVEIRA
O bairrismo joinvilense é impressionante. A cidade catarinense tem no governo estadual Raimundo Colombo, alvo de diferentes pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa. O principal secretário do governo caiu, depois de aparecer, junto ao chefe, na delação da JBS. Também apareceram na caguetagem os senadores Paulo Bauer (PSDB) e Dário Berger. Mas qual é o joinvilense que liga pra isso? Não sei se tem 10 em 500 mil.

Mas fala qualquer coisa de Joinville pra ver? “Fora, forasteiros”. Ou pior: faça uma crítica ao bairro do cidadão para ver. Recentemente criamos um movimento para mudar o nome do bairro Costa e Silva, que faz uma homenagem, bizarra, ao general-ditador. A reação tem sido violenta. Tem gente que nem sabe o que é, mas abraçou a defesa da ditadura com unhas e dentes.

O povo daqui não gosta de discutir muito as coisas. Estamos sendo explorados por duas empresas sem licitação que operam o transporte? “Sim, mas olha o tamanho de Joinville, a maior do estado blá blá blá”.

Não que Joinville não fale dos seus problemas. Porém, problema para joinvilense é buraco de rua e falta de policial. Gravidez na adolescência? Crescimento dos números da AIDS? Falta de oportunidades para os jovens? Déficit habitacional gigante? Especulação imobiliária? Gentrificação? São temas que não viralizam, que nem chega a ser pauta no debate.

O bairrismo tacanho leva a uma preguiça intelectual que nos impede o desenvolvimento social e nos leva a tomar decisões ruim. Tanto é que, se dependesse de Joinville, Aécio Neves seria eleito, assim como foram Raimundo Colombo, Paulo Bauer, Marco Tebaldi...

Vale lembrar:

Agora é hora de FORA, TEMER e DIRETAS JÁ!

Um problema sério, um conselho diferente

POR ET BARTHES
Câncer de mama? Eis uma boa forma de mostrar como se faz. É usar um homem. Uma forma divertida de tratar um assunto sério.



terça-feira, 23 de maio de 2017

Mito.


Cabeça vazia é a oficina do tinhoso (sim, aquele com a faixa presidencial)

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O Brasil já foi considerado o país do futuro. O problema é que na prática insiste em ser um país sem futuro. Se tivesse que fazer um diagnóstico meio à pressa, diria que há uma explicação muito razoável: é que o país tem uma das piores direitas do planeta (talvez a pior). No Brasil, a direita é mais burra, mais intolerante e tem maior tendência para o irracionalismo.

A maior expressão desse estado de indigência mental está, por exemplo, nos heróis que ela escolhe. É só gente inútil do ponto de vista intelectual. Para evoluir qualquer país precisa de inteligência, bom senso e massa crítica. É tudo o que falta a essa direita. E onde os neurônios são preguiçosos, opera o besteirol. Quer exemplos práticos? Então, vamos ver alguns highligths mais recentes. Tem para todos os (des)gostos.

- Rachel Sheherazade diz que Hitler fundou o PT na Alemanha. Ah... que falta fazem umas aulinhas de história.
- Marcelo Madureira diz que foi apanhado de surpresa pela ligação de Aécio à corrupção. Zeus! Ele nunca tinha ouvido falar em Furnas, no aeroporto nas terras do tio ou nos milhões da saúde mineira?
- Lobão sai em defesa de Temer e assume a tese das gravações fraudadas. Mais alguém, além dele e do próprio Temer, acredita?
- Janaína Paschoal diz que “prometi a Tancredo Neves que olharia pelo país e confesso que acreditei que os netos dele também tinham esse sentimento”. Será que também vai ter áudio?
- João Doria rejeita Aécio Neves. “É estarrecedor um senador da República utilizar essa linguagem. Palavras de baixíssimo calão. É absolutamente lamentável”. Uai! Palavrão é corrupção.
- Diogo Mainardi dá um furo jornalístico: Joesley comprou deputados com o objetivo de impedir o impeachment de Dilma. É... pelo visto a coisa funcionou direitinho.
- Roberto Jefferson, em prisão domiciliar, mas “miraculosamente” convertido em oráculo dessa direita apatetada, diz que o PT quer diretas já porque pode ainda contar com a ajudinha das urnas eletrônicas. Hã!?
- Alexandre Frota diz que “o açougueiro da JBS é sócio de Lulinha tem Lula por trás de tudo isso”. Qual dos dois é Lulinha? O Joesley ou o Wesley?
- Carlos Bolsonaro, o filho mais atrapalhado de Jair Bolsonaro, elogia o talento do pai como gestor: “a JBS faz o maior trambique já visto com o seu dinheiro com todos os governos, via BNDES, e você falando que Bolsonaro não manja nada de economia”. Putz. Bolsonaro para ministro da Economia já!

O problema dessa direita no Brasil é não ser uma força convencional, com a pretensão de ocupar lugar no arco político. Pelo contrário, essa gente está totalmente fora do eixo. É uma direita, em muitos casos extrema, que não está disposta a contribuir com soluções. É gente que gosta do fuzuê, de bagunça, de anarquia (não confundir com os anarquistas, por favor). Tudo o que pretende é impor a agenda do atraso. Enfim, cabeça vazia é a oficina do tinhoso (sim, aquele com a faixa presidencial).

É a dança da chuva.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Segurança pública: soluções simples diminuem ambiente de guerra


POR JORDI CASTAN

O tema que proponho é segurança.
No Brasil, a média é de 32,4 assassinatos por 100 mil habitantes. A ONU considera que o índice de normalidade seria de 10 a cada 100 mil. Santa Catarina apresenta uma média percentual de 7.5 mortes a cada 100 mil habitantes. Entre os números divulgados, destaque para Joinville que, com uma taxa de 7,7 por 100 mil habitantes, é a campeã do Estado. E nem tivemos maior repercussão desta noticia, que nós deixa tão malparados e apreensivos.

Destaque também para a vizinha Jaraguá do Sul, com a menor taxa de homicídios entre os municípios de maior porte, com 1.2 a cada 100 mil habitantes. A diferença entre os dois valores é tão significativa que não há nada a acrescentar. É importante destacar que os dados não se referem ao total de homicídios. Neste caso, a liderança de Joinville seria o resultado lógico de ser a cidade mais numerosa do estado. Como os dados se referem a mortes por cada 100 mil habitantes, é possível comparar alhos com alhos e bugalhos com bugalhos.

O tema da segurança - ou melhor dizendo, a falta dela - é grave. E com frequência é o principal motivo pelo qual os turistas desistem ou desconsideram o Brasil como destino turístico. A pergunta que me fizeram nestes dias, de passagem pela Colômbia: como vocês fazem? Essa pergunta vindo de um colombiano, que viveu durante mais de 50 anos uma guerra cívil no seu pais, não deixa de ser irônica.

O aumento descontrolado da violência é resultado de uma longa série de elementos e listá-los aqui não é o objetivo deste texto. Mas interessa citar exemplos que têm dado bons resultados no sentido de reduzir ou conter a violência. Exemplos simples, econômicos e que funcionam.

No Equador, todos os taxis estão equipados com duas câmaras de vídeo internas e dois botões de pânico, um para o passageiro e outro para o motorista. Como resultado, os assaltos a motoristas de táxi reduziram sensivelmente. O ultimo homicídio de um taxista em Quito foi resolvido em menos de 72 horas e os culpados presos. Tanto os taxistas como os usuários se sentem seguros e aprovam o sistema. As câmaras pertencem à municipalidade, que as instala em todos os táxis. As câmaras transmitem constantemente imagens para a central de segurança unificada. 





A ideia de unificar as policias é outro tema tabu aqui por estes lados. As imagens são projetadas na central do 911, o número da polícia no país. Se houver uma emergência, tanto o motorista como o passageiro podem acionar o botão de pânico, que dispara o alarme na central. O táxi, localizado por um sistema de GPS, a mesma tecnologia que utiliza o UBER e outros aplicativos semelhantes, informa a posição de cada carro em cada momento e permite que a polícia possa intervir.

Simples e efetivo. Aliás, vendo este exemplo lembrei de quando a Conurb administrava a rodoviária e propusemos instalar câmaras de monitoramento na área de embarque dos táxis. O objetivo evidente era o de aumentar a segurança dos taxistas. Pouco tempo antes um taxista tinha sido brutalmente assassinado. Estações rodoviárias são pontos vulneráveis de segurança. Há movimentação de passageiros honestos e também de outros passageiros que tem outros interesses e objetivos. O curioso foi a oposição dos taxistas a instalação das câmaras, na época fiquei pensando por que motivo seriam contrários a instalação de sistemas de segurança pensados para melhorar a sua e a dos passageiros.  

Segurança é um tema complicado no Brasil, em que cada vez temos menos claro quem está de que lado. É possível melhorar. Sim.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Marcelo Madureira: de humorista a motivo de piada

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Os eventos dos últimos anos fizeram (re)surgir uma série de personagens lamentáveis. Gente com limitações intelectuais, valores éticos maleáveis e, em alguns casos, que se orienta por comportamentos agressivos. E há um ponto comum a muitos: são pessoas que tiveram alguma projeção mediática e hoje estão no limbo.

Lobão, Roger ou Alexandre Frota, por exemplo, são ícones dessa lista de inutilidades artísticas e políticas, entre outros menos cotados. Há uma tentativa de voltar aos holofotes pela via da política. Mas a gestão de carreira parece não ser o forte dessa gente. Porque acabam sempre acantonados em discursos reacionários e intolerantes (passe a redundância). 

Mas poucos são tão patéticos quando Marcelo Madureira, que teve os seus dias no Casseta & Planeta e hoje se arrasta por aí a fazer figuras tristes. Eis o estilo do discurso: “Seu vagabundo, Lula da Silva, nós não temos medo! Sua ladrona, sua vagabunda, mentirosa, Dilma Rousseff, nós não temos medo! Seu Gilmar Mendes, nós não temos medo (…) Vagabundo!”. Zeus!!!

O problema com Marcelo Madureira é que virou motivo de piada. Isso é a morte do artista, ainda mais do humorista. E agora, depois da revelação, com provas, da corrupção de Aécio Neves, ele vem posar de “velhinha de Taubaté”: era, talvez, a única pessoa no país que não sabia dos problemas do “Mineirinho” com a corrupção.

Os filmes abaixo mostram dois momentos na vida do ex-humorista. No primeiro, defende a candidatura de Aécio Neves, sob o argumento de que o tucano “reúne todos os requisitos para ajudar a colocar este país de novo nos trilhos”. Num segundo momento, fala da decepção e da surpresa por ver Aécio Neves envolvido em problemas de corrupção.

Diz o ex-casseta: “para mim é chocante ver o candidato que eu apoiei, a pessoa que eu acreditei, estar envolvido nessas negociatas”. Pobre Marcelo. Ficou decepcionado. E surpreendido. E eis que enfim temos uma piada. Mas é o próprio Madureira o motivo. Pois então tenho um surpresa ainda maior para ele: existe uma coisa chamada Google. É só ir até lá e pesquisar “Aécio Neves corrupção”. São apenas 860 mil entradas como resultado...