POR JORDI CASTAN
O tema que proponho é segurança.
No Brasil, a média é de 32,4 assassinatos por 100 mil
habitantes. A ONU considera que o índice de normalidade seria de 10 a cada 100
mil. Santa Catarina apresenta uma média percentual de 7.5 mortes a cada 100 mil
habitantes. Entre os números divulgados, destaque para Joinville que, com uma taxa de 7,7 por 100 mil habitantes, é a
campeã do Estado. E nem tivemos maior repercussão desta
noticia, que nós deixa tão malparados e apreensivos.
Destaque também para a vizinha Jaraguá do Sul, com a menor taxa de homicídios entre os municípios de maior porte, com 1.2 a cada 100 mil habitantes. A diferença entre os dois valores é tão significativa que não há nada a acrescentar. É importante destacar que os dados não se referem ao total de homicídios. Neste caso, a liderança de Joinville seria o resultado lógico de ser a cidade mais numerosa do estado. Como os dados se referem a mortes por cada 100 mil habitantes, é possível comparar alhos com alhos e bugalhos com bugalhos.
Destaque também para a vizinha Jaraguá do Sul, com a menor taxa de homicídios entre os municípios de maior porte, com 1.2 a cada 100 mil habitantes. A diferença entre os dois valores é tão significativa que não há nada a acrescentar. É importante destacar que os dados não se referem ao total de homicídios. Neste caso, a liderança de Joinville seria o resultado lógico de ser a cidade mais numerosa do estado. Como os dados se referem a mortes por cada 100 mil habitantes, é possível comparar alhos com alhos e bugalhos com bugalhos.
O tema da segurança - ou melhor dizendo, a falta dela - é grave. E com frequência é o principal motivo pelo qual os turistas desistem ou
desconsideram o Brasil como destino turístico. A pergunta que me fizeram nestes
dias, de passagem pela Colômbia: como vocês fazem? Essa pergunta vindo de um colombiano, que viveu durante mais de 50 anos uma guerra cívil no seu pais, não deixa de
ser irônica.
O aumento descontrolado da violência é resultado de uma
longa série de elementos e listá-los aqui não é o objetivo deste texto. Mas interessa citar exemplos que têm dado bons resultados no sentido de reduzir ou conter a violência. Exemplos simples, econômicos e que funcionam.
No Equador, todos os taxis estão equipados com duas câmaras de vídeo internas e dois botões de pânico, um para o passageiro e outro para o
motorista. Como resultado, os assaltos a motoristas de táxi reduziram
sensivelmente. O ultimo homicídio de um taxista em Quito foi resolvido em menos
de 72 horas e os culpados presos. Tanto os taxistas como os usuários se sentem
seguros e aprovam o sistema. As câmaras pertencem à municipalidade, que as instala em todos os táxis. As câmaras transmitem constantemente imagens para a central de segurança unificada.
A ideia de unificar as policias é outro tema tabu aqui
por estes lados. As imagens são projetadas na central do 911, o número da
polícia no país. Se houver uma emergência, tanto o motorista como o passageiro
podem acionar o botão de pânico, que dispara o alarme na central. O táxi, localizado por um sistema de GPS, a mesma tecnologia que utiliza o UBER e
outros aplicativos semelhantes, informa a posição de cada carro em cada
momento e permite que a polícia possa intervir.
Simples e efetivo. Aliás, vendo este exemplo lembrei de
quando a Conurb administrava a rodoviária e propusemos instalar câmaras de
monitoramento na área de embarque dos táxis. O objetivo evidente era o de
aumentar a segurança dos taxistas. Pouco tempo antes um taxista tinha sido
brutalmente assassinado. Estações rodoviárias são pontos vulneráveis de
segurança. Há movimentação de passageiros honestos e também de outros
passageiros que tem outros interesses e objetivos. O curioso foi a oposição
dos taxistas a instalação das câmaras, na época fiquei pensando por que motivo
seriam contrários a instalação de sistemas de segurança pensados para melhorar
a sua e a dos passageiros.
Segurança é um tema complicado no Brasil, em que cada vez
temos menos claro quem está de que lado. É possível melhorar. Sim.