POR RAQUEL MIGLIORINI
Discutir a reforma do Ensino Médio é chorar sobre o leite derramado. Vale refletirmos sobre os acontecimentos recentes como um pacote. A aprovação da PEC 55 pelos Senadores mostra bem o que se espera da colônia. Temos um arrocho nos investimentos na Educação que impedirá maior acesso ao Ensino Superior e melhorias na Educação Básica. Como colônia, temos o péssimo hábito de desprezar a História, menosprezar os acertos e repetir os erros.
As décadas de 70 e 80 nos dão excelentes exemplos sobre o exposto. Cursos Técnicos em escolas de excelência despontaram em diversos estados. A carga horária era maior, laboratórios equipados e professores capacitados começaram a formar escolas que se destacavam em meio educacional. E é importante frisar que a indústria bancava tudo isso. As empresas recebiam mão-de-obra qualificada e pronta para o trabalho. Problemas nesse sistema? Nenhum.
A menos que o estudante não quisesse parar nisso, no que lhe tinha sido imposto. Muitas famílias e estudantes começaram a usar essa excelência como trampolim para a Universidade. Problemas? Para os estudantes não, mas as empresas rapidamente entenderam o processo e, gradativamente, foram cortando os financiamentos. A decadência iniciou e muitas escolas técnicas fecharam as portas. Nos últimos 10 anos, os institutos federais começaram, com incentivo do Governo Federal, a formar novos cursos técnicos.
Poderíamos ficar tempo discutindo somente esse ponto. Se todas as escolas tivessem excelência, os alunos não precisariam fazer o curso técnico como meio de acesso ao superior. Mas a realidade é outra e tiraram a possibilidade de escolha: se fez técnico, vai morrer assim. E é aqui que faço o link com a nova reforma. Os bons observadores já notaram duas propagandas recentes. Uma delas com um “aluno” branco, bem falante, que vai para a frente da sala e discursa para “alunos” negros e mulheres sobre a reforma do Ensino Médio. A outra é com o presidente da FIESP falando sobre o sucesso que a pessoa terá se fizer curso técnico.
Tudo isso mostra que precisamos acertar o rumo. A escolha sobre o futuro do estudante tem que ser dele e da família. Digo isso porque, o que a FIESP e demais entidades afins esperam é que o aluno que fizer técnico, morra assim (porque aposentar não vai, não é mesmo?). Isso não pode ser imposição. Em Joinville temos esse modus operanti com famílias inteiras que fizeram curso técnico, começaram a trabalhar cedo, aposentaram na mesma empresa e ninguém cogita sair do sistema. Promoção apenas para supervisor de área. Cargos com maior remuneração apenas para quem tem curso superior.
A pessoa quer fazer curso técnico, continuar os estudos e fazer doutorado? Ótimo. Quer parar de estudar no curso técnico? Ótimo também. A opção tem que ser do cidadão. A colônia não deveria mais aceitar a formação de mão-de-obra manipulada e sem capacidade para pensar. Mas aí vem a reforma do Ensino Médio e coloca como optativo disciplinas que fazem pensar. E voltamos à década de 70.
BOLINHO DE CHUVA
ResponderExcluirINGREDIENTES
2 ovos
1 xícara de açúcar
1 xícara de chá de leite
2 xícaras e 1/2 de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de canela
MODO DE PREPARO
Misture todos os ingredientes até ficar uma massa mole e homogênea, numa panela com o óleo bem quente com uma colher va colocando as bolinhas de bolinho ate dourarem.
Muitas questões, entre elas o perigo dos Institutos Federais que além de boa formação técnica investem em formação humana o que gera cidadão mais cientes de seus direitos e obrigações. Esses cidadãos são um perigo para o governo, vide ocupações ocorridas em todo o país neste ano contra a PEC 55.
ResponderExcluirTroque "formação humana" por "desinformação humana", pois dou o meu mindinho que aqueles que invadiram a FIESP e depredaram bens públicos mal sabem ler, muito menos interpretar uma medida provisória.
ExcluirEsse artigo sim é insípido, inodoro e incolor.
ResponderExcluir